MMA: Cage Fighters 3 - Reportagem [ Casa cheia e grandes lutas em Matosinhos ]
No passado fim de semana aconteceu mais um grande evento de MMA em Portugal, o Cage Fighters 3. Nesta terceira edição doe vento que aconteceu no Pavilhão de Desportos e Congressos de Matosinhos foram treze as lutas que brindaram o público com um grande espetáculo. Eis a reportagem do evento.....
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Casa cheia e grandes lutas no Cage Fighters 3
Mais uma noite de gala para o Cage Fighters e para o MMA Nacional com o público a comparecer em massa e a lotar o Pavilhão de Desportos e Congressos de Matosinhos que estava ruidoso e vibrante no apoio ensurdecedor aos seus lutadores preferidos mas também a mostrar que estão lá pelo Desporto e a manifestarem-se ao sabor dos bons momentos que todos os combates proporcionaram. À sua terceira edição – a juntar a dois Challengers – o Cage Fighters prova que é uma força em crescimento constante no mercado Nacional, com uma base de fãs já bastante sólida, e que brevemente conseguirá furar a barreira mainstream e fechar patrocínios de marcas generalistas – dentro do target do MMA – que permitirão ter uma promoção e produção ainda maiores.
Sinais positivos desse crescimento já existem tais como o patrocínio da 20th Century Fox Portugal, promovendo o filme Wolverine no evento, ou a presença da conceituada publicação Norte-Americana Vice, a cobrir esta terceira edição com uma equipa no terreno. Nota positiva para toda a organização e agentes associados pela excelente coordenação e realização de tão colossal evento – que brindou os fãs com 13 (!) lutas – e para todas as equipas e atletas que, independentemente dos resultados, se apresentaram com grande profissionalismo e organização e colaboraram de forma irrepreensível na promoção do evento com sessões de filmagens e acções de promoção – realizadas pela Combat Sports Solutions – que ajudaram de forma vital a criar todo o hype em volta desta terceira edição do CF.
Sinais positivos desse crescimento já existem tais como o patrocínio da 20th Century Fox Portugal, promovendo o filme Wolverine no evento, ou a presença da conceituada publicação Norte-Americana Vice, a cobrir esta terceira edição com uma equipa no terreno. Nota positiva para toda a organização e agentes associados pela excelente coordenação e realização de tão colossal evento – que brindou os fãs com 13 (!) lutas – e para todas as equipas e atletas que, independentemente dos resultados, se apresentaram com grande profissionalismo e organização e colaboraram de forma irrepreensível na promoção do evento com sessões de filmagens e acções de promoção – realizadas pela Combat Sports Solutions – que ajudaram de forma vital a criar todo o hype em volta desta terceira edição do CF.
A tarde arrancou de forma espectacular e com boas notícias para o futuro do MMA em Portugal uma vez que todas as contendas amadoras foram de grande nível com todos os atletas a demonstrarem boas valências técnicas e psicológicas e a apresentarem boa postura e capacidade para a execução de gameplans: A primeira luta colocou frente-a-frente um bem mais experiente Ivo Furtado, da De La Riva Centro, com uma luta amadora no Challengers e uma profissional contra Helson Henriques (derrotado em ambas), ao debutante da VS Team Vando “El Loco” Wilson. Tratou-se de uma contenda bem disputada, e a bom ritmo, onde Vando mostrou estar à altura da estreia num palco tão lotado e que alimentou ainda mais a discussão Mundial que existe em relação ao sistema e critérios de pontuação.
Se é certo que Ivo conseguiu mais takedowns, também é verdade que Wilson esteve mais acutilante no striking e, a partir daqui, coloca-se em questão um factor que parece vir a ser negligenciado – especialmente pelos jurados do UFC que hiper-valorizarem o controlo posicional e as quedas no sentido da tradição Americana de Wrestling – que é o dano efectivo causado e nesse capítulo, pareceu-nos que El Loco imprimiu maior castigo. De qualquer modo, tratou-se de um luta muito bem disputada por ambos os lutadores que deixaram uma decisão bem difícil na mão dos jurados que têm, obviamente, visões díspares, não só, em relação à análise da luta mas também no que respeita aos critérios que usam (e à importância individual que lhes dão) que se traduziu numa decisão divida a favor de Ivo Furtado. Tratou-se de uma vitória muito importante na carreia do lutador da De La Riva mas Vando Wilson provou que tem tudo para continuar a treinar e fazer uma boa carreira, caso mantenha o foco. Se há derrotas que quase não o são esta é uma delas pois El Loco mostrou que o seu lugar é dentro da cage. Ivo, depois de sucessivas descidas de peso, parece que encontrou o seu espaço nas divisões mais leves onde não parte em desvantagem;
O poderoso welterweight da RS Team Hugo Peixoto regressava ao CF depois de uma vitória espectacular na estreia no Challengers onde havia finalizado o cotadíssimo atleta do ADC Pedro Pranto com uma guilhotina, e essa parece ser a sua arma de eleição pois nesta segunda luta, contra o estreante e também forte lutador da Kleber Jiu Jitsu Hyago Batista, Peixoto procurou por várias vezes encaixar esse método de finalização, especialmente no primeiro assalto, mas Hyago respondia com bons golpes em pé que travavam as investidas do atleta Vimaranese que, no entanto, conseguiu levar para baixo mesmo no término do round e acabar por cima. No segundo assalto. ambos, os lutadores começavam a mostrar alguns sinais de fadiga e Hugo conseguiu voltar a levar para o solo, com um double leg takedown, voltando a terminar por cima. Em ritmo algo lento, o terceiro assalto foi morno e o colectivo de jurados deu a vitória para Hugo Peixoto que elevou o seu record de amador para 2-0-0.
Hyago mostrou bons pormenores e garra e certamente regressará mais forte para uma futura edição do Challengers; O já experiente (no circuito amador) Deiby Lima, da SMD, participou nos dois Challengers e apresentava-se em Matosinhos para tentar recuperar da derrota por decisão para Pedro Carvalho (que lutava no card principal), depois de uma estreia com uma convincente vitória por TKO, e encarava o debutante atleta da Evolution Fight Team, com provas dadas no Jiu Jitsu, Diogo Barros que começou muito confiante e criterioso a conseguir levar para baixo e imprimir algum castigo mas Deiby levanta e consegue um estrondoso slam acabando o assalto com forte troca em pé e Diogo, ainda, a tentar uma chave na perna.
Excelente espectáculo por parte de ambos os atletas que provaram estar à altura de um pavilhão lotado. No segundo round Deiby surgiu mais acutilante e conseguiu acertar uma sequência, seguida de takedown, que o fez castigar e conseguir montar sendo que Diogo deu as costas e Deiby finaliza com um rear naked choke. Grande vitória para Deiby sobre mais um oponente que demonstrou ter grande potencial para crescer e ter uma grande carreira no MMA; O último confronto amador colocava em rota de colisão o stand out do ADC, representante da Top Team MMA, Paulo Fonseca – que se estreava na cage – ao promissor atleta da VS Team Patrick Ndayambaje, que vinha de grande vitória no Challengers, onde se superiorizou a Ivo Furtado e os jovens competidores fizeram uma grande luta com três rounds a bom nível técnico e excelente ritmo onde Paulo conseguiu mais quedas e acertar mais golpes certeiros, com bons pontapés, acabando o terceiro assalto por cima o que levou os jurados a atribuir-lhe a vitória por decisão unânime. Excelente luta que prova a qualidade de ambos e que serão caras presentes em futuros eventos, certamente.
Se é certo que Ivo conseguiu mais takedowns, também é verdade que Wilson esteve mais acutilante no striking e, a partir daqui, coloca-se em questão um factor que parece vir a ser negligenciado – especialmente pelos jurados do UFC que hiper-valorizarem o controlo posicional e as quedas no sentido da tradição Americana de Wrestling – que é o dano efectivo causado e nesse capítulo, pareceu-nos que El Loco imprimiu maior castigo. De qualquer modo, tratou-se de um luta muito bem disputada por ambos os lutadores que deixaram uma decisão bem difícil na mão dos jurados que têm, obviamente, visões díspares, não só, em relação à análise da luta mas também no que respeita aos critérios que usam (e à importância individual que lhes dão) que se traduziu numa decisão divida a favor de Ivo Furtado. Tratou-se de uma vitória muito importante na carreia do lutador da De La Riva mas Vando Wilson provou que tem tudo para continuar a treinar e fazer uma boa carreira, caso mantenha o foco. Se há derrotas que quase não o são esta é uma delas pois El Loco mostrou que o seu lugar é dentro da cage. Ivo, depois de sucessivas descidas de peso, parece que encontrou o seu espaço nas divisões mais leves onde não parte em desvantagem;
O poderoso welterweight da RS Team Hugo Peixoto regressava ao CF depois de uma vitória espectacular na estreia no Challengers onde havia finalizado o cotadíssimo atleta do ADC Pedro Pranto com uma guilhotina, e essa parece ser a sua arma de eleição pois nesta segunda luta, contra o estreante e também forte lutador da Kleber Jiu Jitsu Hyago Batista, Peixoto procurou por várias vezes encaixar esse método de finalização, especialmente no primeiro assalto, mas Hyago respondia com bons golpes em pé que travavam as investidas do atleta Vimaranese que, no entanto, conseguiu levar para baixo mesmo no término do round e acabar por cima. No segundo assalto. ambos, os lutadores começavam a mostrar alguns sinais de fadiga e Hugo conseguiu voltar a levar para o solo, com um double leg takedown, voltando a terminar por cima. Em ritmo algo lento, o terceiro assalto foi morno e o colectivo de jurados deu a vitória para Hugo Peixoto que elevou o seu record de amador para 2-0-0.
Hyago mostrou bons pormenores e garra e certamente regressará mais forte para uma futura edição do Challengers; O já experiente (no circuito amador) Deiby Lima, da SMD, participou nos dois Challengers e apresentava-se em Matosinhos para tentar recuperar da derrota por decisão para Pedro Carvalho (que lutava no card principal), depois de uma estreia com uma convincente vitória por TKO, e encarava o debutante atleta da Evolution Fight Team, com provas dadas no Jiu Jitsu, Diogo Barros que começou muito confiante e criterioso a conseguir levar para baixo e imprimir algum castigo mas Deiby levanta e consegue um estrondoso slam acabando o assalto com forte troca em pé e Diogo, ainda, a tentar uma chave na perna.
Excelente espectáculo por parte de ambos os atletas que provaram estar à altura de um pavilhão lotado. No segundo round Deiby surgiu mais acutilante e conseguiu acertar uma sequência, seguida de takedown, que o fez castigar e conseguir montar sendo que Diogo deu as costas e Deiby finaliza com um rear naked choke. Grande vitória para Deiby sobre mais um oponente que demonstrou ter grande potencial para crescer e ter uma grande carreira no MMA; O último confronto amador colocava em rota de colisão o stand out do ADC, representante da Top Team MMA, Paulo Fonseca – que se estreava na cage – ao promissor atleta da VS Team Patrick Ndayambaje, que vinha de grande vitória no Challengers, onde se superiorizou a Ivo Furtado e os jovens competidores fizeram uma grande luta com três rounds a bom nível técnico e excelente ritmo onde Paulo conseguiu mais quedas e acertar mais golpes certeiros, com bons pontapés, acabando o terceiro assalto por cima o que levou os jurados a atribuir-lhe a vitória por decisão unânime. Excelente luta que prova a qualidade de ambos e que serão caras presentes em futuros eventos, certamente.
A fasquia estava elevada, pela fantástica prestação dos amadores, e era a vez dos profissionais continuarem a animar as hostes com mais bons combates.
Filipe Braga (Core Fight) vs Fred “Flash” Correia (Romana Jiu Jitsu) | Welterweight
O debutante Fred Correia aceitou substituir José Lopes em cima hora e apresentou-se na sua estreia contra Filipe Braga, que depois de duas vitórias, sem derrotas, em amador se havia estreado em profissionais com derrota, no Cage Fighters 2 procurando, por isso, regressar ao trilho vitorioso. Fred começou bem conseguindo um takedown, levando o combate para o seu ambiente de eleição, o Grappling, mas Filipe consegue-se levantar e trocam alguns golpes até se envolverem de novo no clich que terminou com Filipe na meia-guarda onde conseguiu lançar alguns hammer fists, tendo melhorado a posição e castigado com forte ground and pound que obrigou o árbitro a interromper e a dar-lhe a vitória por TKO, no início do primeiro assalto. Braga regressa às vitórias e volta a entrar no mapa da contenção enquanto Fred terá de afinar estratégias para, como Filipe fez, se tentar recuperar da derrota na estreia.
Aires Benrois (Nóbrega Team) vs Mark Lishuk (Core Fight) | Middleweight
O invicto lutador Nacional Aires Benrois tentava a quarta vitória profissional da carreira contra o perigoso striker Ucraniano Mark Lishuk, que se encontra a treinar na equipa Portuense Core Fight, e a estratégia do Português ficou bem patente no primeiro round onde assumia o centro da cage, fechando a distãncia (especialmente) contra a rede, de onde tentava levar para baixo para castigar no ground and pound.
Lishuk ainda começou a fazer um bom trabalho a evitar as quedas e, até, a levantar quando foi ao solo da primeira vez mas o gameplan de Aires estava bem montado e executado e com um single leg conseguiu ficar na meia-guarda de onde evoluiu para a montada e acabou o primeiro assalto em cima. Sem conseguir soltar o seu Muay Thai, Lishuk foi levantado por Aires para um poderoso takedown que o voltou a colocar na meia-guarda de onde voltou a progredir para a montada e a soltar algum castigo. Ainda tentou variar para um armlock mas Lishuk defendeu bem.O terceiro round voltou a trazer a mesma dinâmica com mais uma projecção forte de Aires e controlo em baixo e contra a rede que lhe valeram a decisão unânime, tendo evoluído o seu recorde para 4-0 começando-se a assumir como main seed da divisão. Lishuk batalhou bem mas terá de melhorar o seu all-around game para, pelo menos, ter espaço para imprimir o seu temível striking.
Lishuk ainda começou a fazer um bom trabalho a evitar as quedas e, até, a levantar quando foi ao solo da primeira vez mas o gameplan de Aires estava bem montado e executado e com um single leg conseguiu ficar na meia-guarda de onde evoluiu para a montada e acabou o primeiro assalto em cima. Sem conseguir soltar o seu Muay Thai, Lishuk foi levantado por Aires para um poderoso takedown que o voltou a colocar na meia-guarda de onde voltou a progredir para a montada e a soltar algum castigo. Ainda tentou variar para um armlock mas Lishuk defendeu bem.O terceiro round voltou a trazer a mesma dinâmica com mais uma projecção forte de Aires e controlo em baixo e contra a rede que lhe valeram a decisão unânime, tendo evoluído o seu recorde para 4-0 começando-se a assumir como main seed da divisão. Lishuk batalhou bem mas terá de melhorar o seu all-around game para, pelo menos, ter espaço para imprimir o seu temível striking.
Artur Lemos (Nóbrega Team) vs Pedro Carvalho (RS Team) | Lightweight
Já uma certeza no cenário Nacional, Artur Lemos regressava ao CF, depois de uma espectacular vitória na segunda edição do evento contra o (até então) invicto João Simões, para tentar melhorar o seu fight record para 5-0 mas pela frente teria um dos jovens em maior crescimento do nosso cenário, Pedro Carvalho, que depois de brilhar nas duas edições do Challengers venceu de forma categórica no Showfight 14, no Casino Estoril. Esta seria a luta de afirmação definitiva de Artur como top contender nos leves ou do assumir completo de Pedro como a the next big thing.
A contenda começa com os lutadores a medirem a distância com low e high kicks mas na primeira investida Artur transita de uma tentativa de single leg para um impactante slam mas quando Pedro consegue voltar a subir Artur volta a conseguir outra queda forte e vai procurando a melhor posição, passando da meia-guarda quer para as costas quer para a montada, havendo mesmo um momento em que tentou a armbar. Alvo de algum castigo no rosto, Pedro ainda conseguiu levantar junto à rede mas Artur volta a levar para baixo e ganha as costas onde fechou um rear naked choke que “apagou” o seu oponente. Mais uma grande vitória de Artur que deixa bem vincada a sua grande forma. Pedro não conseguiu impor o seu jogo neste combate mas com a sua tenra idade, 18 anos, e todo o seu potencial facilmente dará a volta por cima e regressará a posições cimeiras da divisão, numa subida mais gradual, enquanto desenvolve naturalmente as suas capacidades.
A contenda começa com os lutadores a medirem a distância com low e high kicks mas na primeira investida Artur transita de uma tentativa de single leg para um impactante slam mas quando Pedro consegue voltar a subir Artur volta a conseguir outra queda forte e vai procurando a melhor posição, passando da meia-guarda quer para as costas quer para a montada, havendo mesmo um momento em que tentou a armbar. Alvo de algum castigo no rosto, Pedro ainda conseguiu levantar junto à rede mas Artur volta a levar para baixo e ganha as costas onde fechou um rear naked choke que “apagou” o seu oponente. Mais uma grande vitória de Artur que deixa bem vincada a sua grande forma. Pedro não conseguiu impor o seu jogo neste combate mas com a sua tenra idade, 18 anos, e todo o seu potencial facilmente dará a volta por cima e regressará a posições cimeiras da divisão, numa subida mais gradual, enquanto desenvolve naturalmente as suas capacidades.
Luís Pinho “WA” (RS Team) vs Hélio Teixeira (Core Fight) | Light Heavyweight
Este combate colocava frente-a-frente dois poderosos strikers que vinham de derrotas e precisavam desta vitória para voltarem à alta roda. Depois de duas vitórias por TKO, Hélio vinha de derrota para Filipe Silva por submissão e de um No Contest no CF 2 enquanto Luís Pinho tinha perdido com Vitor Pinto no CF 2, pese embora tenha feito uma excelente exibição, e havia sido derrotado por Elvire Mujanovic, na Suiça. Talvez por sentirem esse desejo de vitória a luta começou a um ritmo frenético com ambos os atletas em troca franca com potentes socos e pontapés até que Pinho conecta um forte high kick que leva Hélio para baixo e finaliza no ground and pound, pouco passava dos dois minutos do primeiro assalto. Vitória muito importante para Pinho que mostrou estar em boa forma e motivado e Hélio arriscou mas não foi a sua noite, embora já tenha mostrado o seu potencial e seja notório que tem todas as condições para regressar às vitórias.
Vitor Pinto (Kombat Klub) vs Bruno Silva (RS Team) | Middleweight
Com cinco vitórias profissionais e duas amadoras, sem derrotas, Vitor Pinto figura entre os grandes prospects do nosso cenário já tendo demonstrado grande capacidade de sacrifício e durabilidade (como no combate com Luís Pinho), potente striking e apurado jogo de submissão (tendo finalizado o headliner Marco Lança, o ano passado) mas esta noite teria pela frente um experiente veterano com 18 lutas profissionais em países como Espanha, Estados Unidos, Suécia e Portugal na pessoa de Bruno Silva, que já defrontou o lutador Sueco do UFC Tor “The Hammer” Troeng.
Tratou-se de um combate muito bem movimentado, quer em pé, quer no solo, com Vitor Pinto a soltar pontapés muito fortes mas Bruno a também conseguir encaixar alguns golpes, alguns deles bem certeiros, e com Vitor Pinto a conseguir levar para baixo mais vezes (incluindo um forte slam no primeiro assalto) mas Bruno conseguia subir, por vezes pagando por isso com joelhadas ao rosto, e também teve oportunidades na guarda do adversário. Ainda no primeiro assalto Bruno tentou levar Pinto a bater com uma armbar mas este conseguiu projectar o adversário e soltar-se. O combate manteve-se nesta bom ritmo até ao início do terceiro assalto, altura em que Bruno tenta levar para baixo mas Vitor reverte o movimento e acaba na montada castigando com alguns golpes que levam o árbitro a interromper a contenda e a dar a vitória por TKO a Vitor Pinto, a sexta da carreira que o coloca nas posições cimeiras na categoria e um embate com Aires Benrois poderia descobrir um contender para o cinturão de Médios do CF. Bruno Silva mostrou um jogo sólido e bastante experiência e estará sempre apto para novos desafios.
Tratou-se de um combate muito bem movimentado, quer em pé, quer no solo, com Vitor Pinto a soltar pontapés muito fortes mas Bruno a também conseguir encaixar alguns golpes, alguns deles bem certeiros, e com Vitor Pinto a conseguir levar para baixo mais vezes (incluindo um forte slam no primeiro assalto) mas Bruno conseguia subir, por vezes pagando por isso com joelhadas ao rosto, e também teve oportunidades na guarda do adversário. Ainda no primeiro assalto Bruno tentou levar Pinto a bater com uma armbar mas este conseguiu projectar o adversário e soltar-se. O combate manteve-se nesta bom ritmo até ao início do terceiro assalto, altura em que Bruno tenta levar para baixo mas Vitor reverte o movimento e acaba na montada castigando com alguns golpes que levam o árbitro a interromper a contenda e a dar a vitória por TKO a Vitor Pinto, a sexta da carreira que o coloca nas posições cimeiras na categoria e um embate com Aires Benrois poderia descobrir um contender para o cinturão de Médios do CF. Bruno Silva mostrou um jogo sólido e bastante experiência e estará sempre apto para novos desafios.
Wanderson Silva (Nóbrega Team) vs Patrick Kincl (Core Fight) | Welterweight
Duelo Internacional entre dois lutadores muito experientes, Wanderson Silva um veterano do cenário Português e Brasileiro, já em fase avançada da carreira, contra o Checo Patrick Kincl, um jovem já com larga experiência no cenário Europeu de Leste. O combate começa com alguma troca mas era notório que ambos pretendiam encurtar distância e tentar levar para baixo.
Wanderson encostou Kincl na rede e batalhou muito para levar para baixo com um single leg takedown mas o seu adversário resiste e consegue mesmo levar para baixo onde factura algum castigo, na meia-guarda. Depois de mais algumas movimentações em pé, Wanderson consegue, finalmente, levar para baixo mas o Checo consegue encontrar espaço na guarda do Brasileiro e encaixa uma kimura, obrigando o adversário a bater. Num cartaz recheado de atletas Nacionais e muitos jovens, é sempre positivo ter um duelo Internacional entre lutadores experientes para solidificar o card.
Wanderson encostou Kincl na rede e batalhou muito para levar para baixo com um single leg takedown mas o seu adversário resiste e consegue mesmo levar para baixo onde factura algum castigo, na meia-guarda. Depois de mais algumas movimentações em pé, Wanderson consegue, finalmente, levar para baixo mas o Checo consegue encontrar espaço na guarda do Brasileiro e encaixa uma kimura, obrigando o adversário a bater. Num cartaz recheado de atletas Nacionais e muitos jovens, é sempre positivo ter um duelo Internacional entre lutadores experientes para solidificar o card.
Manel Kape “Prodígio” (VS Team) vs Marco Santos “Facas” (Romana Jiu Jitsu) | Bantamweight
Este prometia ser um combate electrizante desde o seu anúncio, depois passou a gerar ainda mais expectativa após a difusão do vídeo promocional onde Kape prometeu dar KO e, por fim, aqueceu ainda mais no dia das pesagens e a verdade é que nenhum fã saiu desapontado com este grande confronto de pesos-galos onde os atletas deram tudo o que tinham (soube-se hoje que Facas sofreu um traumatismo interno olho esquerdo, com um golpe no primeiro assalto) e presentearam os fãs com um vibrante confronto onde Kape, naturalmente por estar a jogar em casa, era ovacionado por um (quase) pavilhão inteiro em pé a cantar o seu nome.
O primeiro assalto foi o mais equilibrado com Kape a mostrar o seu bom jogos de pés, em constante movimento, e a medir melhor a distância e a encontrar mais aberturas no striking. Quando foi para baixo Kape tentou uma guilhotina mas Facas acabou por ficar na sua guarda onde Manel ainda tentou usar a rede a seu favor para fechar um armbar e Facas tentava castigar com alguns golpes mas o seu oponente defendia-se bem, amarrando. No segundo assalto voltam a trocar em pé, com Kape a assumir o centro, e a encaixar mais golpes fazendo uso do seu excelente sprawl para defender as tentativas de queda de Marco. Nesta fase Facas já chamava o seu adversário Nortenho para a sua guarda mas, invariavelmente, a contenda seguia em pé onde Kape já encaixava mais sequências e low kicks.
No terceiro assalto Kape consegue um fantástico takedown junto à rede e usa-a para encurralar o seu adversário e castiga-lo, puxando pelo público e provocando o seu oponente quando regressam em pé. Há medida que o tempo ia passando as trocas de golpes iam diminuindo com Kape a conseguir prever e a fintar as tentativas de takedown do seu adversário e a jogar seguro na distância até a sineta tocar e os jurados atribuírem-lhe a vitória por decisão unânime seguindo-se um excelente momento de desportivismo com os atletas a abraçarem-se e a congratularem-se pelo fantástico combate que disputaram.
Kape já vinha pedindo o cinturão desde os Challengers, pelo seu gesto quando trepa a cage depois das vitórias, e agora parece que a organização não terá outra opção se não coloca-lo como number one contender. Facas provou ser guerreiro e quis dar espectáculo e o melhor de si a todo o público presente e aos seus apoiantes e, certamente, que os fãs Nortenhos quererão vê-lo novamente no CF, numa divisão de peso que tem muitos jovens a querem-se afirmar e, na qual, haverá muito “barulho”, ainda.
O primeiro assalto foi o mais equilibrado com Kape a mostrar o seu bom jogos de pés, em constante movimento, e a medir melhor a distância e a encontrar mais aberturas no striking. Quando foi para baixo Kape tentou uma guilhotina mas Facas acabou por ficar na sua guarda onde Manel ainda tentou usar a rede a seu favor para fechar um armbar e Facas tentava castigar com alguns golpes mas o seu oponente defendia-se bem, amarrando. No segundo assalto voltam a trocar em pé, com Kape a assumir o centro, e a encaixar mais golpes fazendo uso do seu excelente sprawl para defender as tentativas de queda de Marco. Nesta fase Facas já chamava o seu adversário Nortenho para a sua guarda mas, invariavelmente, a contenda seguia em pé onde Kape já encaixava mais sequências e low kicks.
No terceiro assalto Kape consegue um fantástico takedown junto à rede e usa-a para encurralar o seu adversário e castiga-lo, puxando pelo público e provocando o seu oponente quando regressam em pé. Há medida que o tempo ia passando as trocas de golpes iam diminuindo com Kape a conseguir prever e a fintar as tentativas de takedown do seu adversário e a jogar seguro na distância até a sineta tocar e os jurados atribuírem-lhe a vitória por decisão unânime seguindo-se um excelente momento de desportivismo com os atletas a abraçarem-se e a congratularem-se pelo fantástico combate que disputaram.
Kape já vinha pedindo o cinturão desde os Challengers, pelo seu gesto quando trepa a cage depois das vitórias, e agora parece que a organização não terá outra opção se não coloca-lo como number one contender. Facas provou ser guerreiro e quis dar espectáculo e o melhor de si a todo o público presente e aos seus apoiantes e, certamente, que os fãs Nortenhos quererão vê-lo novamente no CF, numa divisão de peso que tem muitos jovens a querem-se afirmar e, na qual, haverá muito “barulho”, ainda.
Helson Henriques (Nóbrega Team) vs Paulo Durão (Kleber Jiu Jitsu) | Lightweight
Uma das lutas mais aguardadas da noite com duas das maiores promessas Nacionais na divisão de pesos-leves sendo que Helson Henriques vinha de duas fantásticas vitórias no primeiro round por KO e Paulo Durão havia alcançado, no Showfight 14, a sua primeira vitória profissional contra o duríssimo Bruno Borges, depois da sua estreia profissional nos EUA contra o atleta da conceituada American Top Team J. P. Reese.
A luta acabou por ser rápida sendo que Paulo Durão entrou melhor pois depois de alguma troca, e de se levantar depois de um takedown inicial, conseguiu levar para baixo com um single leg e ficar na guarda de Helson que, no entanto, consegue espaço para encaixar e ir ajustando um arm triangle choke que leva o seu oponente a bater aos dois minutos e dezassete segundos do primeiro assalto. Uma palavra para Paulo Durão que já provou ser um atleta muito forte nesta categoria e que com, apenas, 19 anos terá todo o tempo do mundo para melhorar ainda mais o seu jogo e consolidar-se ainda mais no nosso cenário. Helson Henriques provou estar na crista da onda, num momento fantástico, e criou uma enorme dor de cabeça à promoção Nortenha pois será muito pouco provável que seja casada uma luta para o cinturão com o seu rival natural (depois desta noite Artur Lemos seria o adversário lógico).
Dos nomes que já passaram pelo CF talvez Adenir Araújo ou mesmo Sori Djaló, possam ser escolhas lógicas, num futuro a breve prazo. Mais uma palavra para Helson Henriques que devido ao seu carisma e à sua persona forte com seu habitual taco de baseball já conquistou os fãs Nortenhos e depois de ter lutado nas três edições do evento conseguiu contrariar algumas vaias da bancada ao dizer que adora lutar para os fãs Nortenhos, transformando os “boos” em aplusos.
A luta acabou por ser rápida sendo que Paulo Durão entrou melhor pois depois de alguma troca, e de se levantar depois de um takedown inicial, conseguiu levar para baixo com um single leg e ficar na guarda de Helson que, no entanto, consegue espaço para encaixar e ir ajustando um arm triangle choke que leva o seu oponente a bater aos dois minutos e dezassete segundos do primeiro assalto. Uma palavra para Paulo Durão que já provou ser um atleta muito forte nesta categoria e que com, apenas, 19 anos terá todo o tempo do mundo para melhorar ainda mais o seu jogo e consolidar-se ainda mais no nosso cenário. Helson Henriques provou estar na crista da onda, num momento fantástico, e criou uma enorme dor de cabeça à promoção Nortenha pois será muito pouco provável que seja casada uma luta para o cinturão com o seu rival natural (depois desta noite Artur Lemos seria o adversário lógico).
Dos nomes que já passaram pelo CF talvez Adenir Araújo ou mesmo Sori Djaló, possam ser escolhas lógicas, num futuro a breve prazo. Mais uma palavra para Helson Henriques que devido ao seu carisma e à sua persona forte com seu habitual taco de baseball já conquistou os fãs Nortenhos e depois de ter lutado nas três edições do evento conseguiu contrariar algumas vaias da bancada ao dizer que adora lutar para os fãs Nortenhos, transformando os “boos” em aplusos.
Falco Lopes (VS Team) vs Marco Lança (Markito Fight Team) | Middleweight
Numa classe de peso que talvez seja a mais forte em Portugal (com nomes como Rafael Silva, Vitor Nóbrega ou mesmo Nelton Pontes ou Domingos Mestre que ainda não se estrearam no CF) esta contenda animava toda uma divisão tendo gerado enorme expectativa por se tratarem de dois atletas explosivos e emocionantes que já travaram muitas batalhas nos primórdios do cenário Portuense de MMA, nomeadamente nas promoções Arena Warriors e Fight Planet.
Esta era a luta da noite e notava-se a tensão no ar e o entusiasmo dos fãs, especialmente quando o ídolo local, Falco Lopes, entrou no recinto. Depois de fechada a porta da jaula a contenda começa com Lança a tentar levar para baixo mas Falco fica na guarda e disfere alguns golpes, tentando depois encaixar uma kimura, sem sucesso, sendo que Lança consegue reverter e ficar por cima. Quando o combate volta em pé Lança surpreende o seu adversário com alguns golpes que levam Falco para baixo onde Lança disfere mais alguns socos que obrigam o árbitro, Rodrigo Pereira, a interromper a contenda.
O atleta Lisboeta sai, em grande alegria, para celebrar com a sua torcida esta grande vitória mas o árbitro, e bem, fá-lo regressar à cage para se prosseguir com a cerimónia de entrega do resultado. Tratou-se, obviamente, de uma vitória muito importante para Lança que consegue, assim, um impulso enorme para relançar a sua carreia, depois de algum tempo afastado mas Falco Neto também está de parabéns porque só um grande atleta conseguia transformar esta luta de main event no espectáculo que foi e criar a enorme expectativa nos fãs que gerou. Nunca há dois vencedores e é nas derrotas que os grandes têm a possibilidade se re-erguerem e de se tornarem melhores e Falco já provou que tem a força mental e as capacidades técnicas para regressar em grande e voltar a apaixonar todos os fãs de MMA com, até quem sabe e até pelo término prematuro da contenda, um rematch com Lança.
Esta era a luta da noite e notava-se a tensão no ar e o entusiasmo dos fãs, especialmente quando o ídolo local, Falco Lopes, entrou no recinto. Depois de fechada a porta da jaula a contenda começa com Lança a tentar levar para baixo mas Falco fica na guarda e disfere alguns golpes, tentando depois encaixar uma kimura, sem sucesso, sendo que Lança consegue reverter e ficar por cima. Quando o combate volta em pé Lança surpreende o seu adversário com alguns golpes que levam Falco para baixo onde Lança disfere mais alguns socos que obrigam o árbitro, Rodrigo Pereira, a interromper a contenda.
O atleta Lisboeta sai, em grande alegria, para celebrar com a sua torcida esta grande vitória mas o árbitro, e bem, fá-lo regressar à cage para se prosseguir com a cerimónia de entrega do resultado. Tratou-se, obviamente, de uma vitória muito importante para Lança que consegue, assim, um impulso enorme para relançar a sua carreia, depois de algum tempo afastado mas Falco Neto também está de parabéns porque só um grande atleta conseguia transformar esta luta de main event no espectáculo que foi e criar a enorme expectativa nos fãs que gerou. Nunca há dois vencedores e é nas derrotas que os grandes têm a possibilidade se re-erguerem e de se tornarem melhores e Falco já provou que tem a força mental e as capacidades técnicas para regressar em grande e voltar a apaixonar todos os fãs de MMA com, até quem sabe e até pelo término prematuro da contenda, um rematch com Lança.
RESULTADOS:
Profissional
Marco Lança (4-3-0 | Markito Fight Team) derrotou Falco Lopes (4-5-0 | VS Team) | TKO (socos) R1 01:13m
Helson Henriques (6-1-0 | Nóbrega Team) derrotou Paulo Durão (1-2-0 | Kleber Jiu Jitsu) | Submissão (triângulo) R1 02:17m
Vitor Pinto (6-0-0 | Kombat Klub) derrotou Bruno Silva (5-11-1 | RS Team) | TKO (socos) R3 01:21m
Manel Kape “Prodígio” (2-0-0 | VS Team) derrotou Marco Santos “Facas” (2-4-0 | Romana Jiu Jitsu) | Decisão (unânime)
Luís Pinho “WA” (5-8-1 | RS Team) derrotou Hélio Teixeira (2-2-0 | Core Fight) | TKO (socos) R1 02:04m
Artur Lemos (5-0-0 | Nóbrega Team) derrotou Pedro Carvalho (1-1-0 | RS Team) | Submissão (rear naked choke) R1 03:25m
Patrick Kincl (10-7-0 | Core Fight) derrotou Wanderson Silva (8-12-0 | Nóbrega Team) | Submissão (kimura) R1 04:42m
Aires Benrois (4-0-0 | Nóbrega Team) derrotou Mark Lishuk (0-1-0 | Core Fight) | Decisão (unânime)
Filipe Braga (1-1-0 | Core Fight) derrotou Fred “Flash” Correia (0-1-0 | Romana Jiu Jitsu) | TKO (socos) R1 03:33m
Amador
Deiby Lima (SMD) derrotou Diogo Barros (Evolution Fight Team) | Submissão (rear naked choke) R2 01:41m
Hugo Peixoto (RS Team) derrotou Hyago Batista (Kleber Jiu Jitsu) | Decisão (unânime)
Paulo Fonseca (Top Team MMA) derrotou Patrick Ndajmbadje (VS Team) | Decisão (unânime)
Ivo Furtado (De La Riva Centro) derrotou Vando “El Loco” Wilson (VS Team) | Decisão (dividida)