Relembrando Muhammad Hassan [ O lutador com uma ascensão meteórica mas que tombou perante o racismo ]
Hoje quero vos falar de uma antiga estrela da WWE que à partida o seu futuro parecia ser promissor antes de ser atingida pela controvérsia. Se vocês não estiveram atentos, vocês não o viram. Falo-vos de Muhammad Hassan....
A carreira de Hassan na WWE foi curta mas eficiente e que criou um novo padrão de racismo no wrestling profissional e é um exemplo de como os responsáveis da WWE deixaram cair um lutador que vinha a prometer.
Muhammad Hassan fez a sua estreia na WWE no final do ano de 2004 nomeadamente no RAW e onde juntamente com Daivari era frequente interromper outras estrelas. Ironicamente o termo “Hassan” é agora usado como uma gíria para definir “interrupção”.
A sua técnica de fazer uma promo nas várias vezes que interrompia as estrelas da WWE fez com que ele fosse ganhando cada vez mais heat junto do publico de cada vez que fazia uma promo. Convém realçar que esta sua estreia surge pouco tempo depois dos ataques do 11 de Setembro e sendo uma pessoa do Médio Oriente o heat era quase que instantâneo
Hassan fez a sua estreia no ringue ao derrotar Jerry Lawler no New Years Revolution 2005. Em menos de um mês, Muhammad Hassan tornou-se a estrela mais odiada do RAW a comprovar isso está o facto de ter sido destruído no Royal Rumble 2005 por cada lutador que estava no ringue.
Muhammad Hassan teve o seu único momento na WrestleMania quando na Wrestlemania 21 atacou Eugene para somente Hulk Hogan fazer o seu pomposo regresso para fazer o save. Isto levou a que Hassan fizesse equipa com Daivari e perder para Hogan e o seu parceiro Shawn Michaels no mês seguinte no Backlash.
A sua exposição começava a crescer e teve a sua maior vitória na carreira ao vencer o então World Heavyweight Champion Batista por desqualificação no RAW. Com isso, Hassan ganhou uma shot ao título da WWE na posse de John Cena embora tenha sido squashado em dois minutos.
Em Junho, Hassan e Daivari seriam draftados para o Smackdown e aí começaria literalmente o princípio do fim de Muhammad Hassan.
Hassan chegou com hype e logo desafiou Undertaker para um combate no Great American Bash indo contra a decisão de General Manager Teddy Long. Muhammad Hassan contrataria cinco “terroristas” para atacarem Undertaker após o seu combate contra Daivari.
Ironia ou não, os ataques terroristas em Londres tinham acontecido horas antes de o SmackDown ser emitido e assim as criticas dos meios de comunicação social logo se fizeram sentir. O incidente teve até honras de ser destacado no conceituado New York Post e foi algo a que Hassan fez referência na semana seguinte numa promo no RAW.
Devido a este incidente, a UPN que era o canal que transmitia o SmackDown ordenou que Muhammad Hassan fosse retirado imediatamente da televisão. A sua última presença na WWE foi num combate contra Undertaker no Great American Bash e onde este foi metido pelo stage a dentro com um last ride e a sua carreira terminaria ali.
A nível criativo, Muhammad Hassan estava bookado para ser uma das grandes estrelas da WWE pois iria derrotar Undertaker no Great American Bash e derrotar Batista pelo título mundial no SummerSlam. Mas devido ao racismo da estação de televisão, esses planos foram por água abaixo.
Isso mesmo, uma estação de televisão de segunda linha que neste momento já nem sequer está em funcionamento terminou com a carreira de um lutador devido ao seu abuso de poder e racismo.
Nem só o canal de televisão tem culpas no cartório pois os ressonáveis da WWE também o têm pois foram eles que bookaram Hassan. Não só a carreira de Hassan foi terminada como a WWE perdeu muito dinheiro e um possível main-eventer que neste momento poderia estar ano nível de Sheamus.
Original de Graham Matthews via BleacherReport com tradução de Wolve