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American Dragon #2 - Procuram-se Jobbers!


Aqui chega a segunda edição do 'American Dragon', espaço editorial semanal estreado por mim na semana passada. Um grande agradecimento a quem ajudou no debate dando a sua opinião, não esperava tão boa receção! Na edição desta semana fala-se sobre uma vertente fulcral no Wrestling: os Jobbers! Normalmente muito odiados pela CWO, podem até ser mais importantes do que parecem. Vamos então começar isto!

Em primeiro lugar, vamos começar pela consciência quanto à palavra 'Jobber'. Este é entendido como um wrestler que perde constantemente combates, muitas vezes com o objetivo de elevar um outro wrestler. Em norma, caem neste tipo de situações os atletas que já estiveram na luz da ribalta mas que, por algum motivo ou outro, não vingaram. Isto engloba narizes torcidos do tio Vince (Mr. Anderson, a gente não se esquece de ti), pode significar muito vacilar onde não se pode vacilar (Sín Cara, para não ficares com ciúmes) ou mesmo problemas externos ao Wrestling (sim, R-Truth e Jack Swagger, não se preocupem) ou então porque simplesmente não têm o que é preciso para dar o próximo passo.

Como referi no início, poucos são os que gostam deste 'tipo' de wrestler, se é que se pode dizer desta forma. Porquê? Porque normalmente são as gimmick's mais irritantes, mesquinhas, estúpidas e insignificantes que podem haver. Imagine-se o típico fã de Wrestling que vai ver uma Raw à espera de combates como Punk vs. Jericho, Bryan vs. Barrett (e por aí adiante) ser deparado com um Santino Marella da vida a fazer 'palhaçadas' no ringue, roubando tempo de antena a muitos outros! Pode ser irritante, muito irritante, mas no fundo existe uma razão pela qual eles estão lá.

Simplesmente, é necessário ter alguém que valorize os novos talentos. E nem sempre é possível colocar os novos talentos a dominar 'bichos-bravos' (atletas consolidados na indústria e que são muito úteis nesta tarefa, como Kane e Chris Jericho) todas as semanas na Raw e na SmackDown, pois o público tem um limite de saturação. Nem que não seja apenas para os 'meninos de ouro' terem alguém para vencer naquele show semanal para no fim fazerem uma promo contra o adversário no tal PPV, os jobbers estão lá para fazer o seu trabalho.

Mas vamos ao ponto central: será que alguém gosta dos jobbers? E mais, será que os jobbers se importam de o ser? A resposta é positiva para as duas perguntas. Se existe alguém que gosta dos jobbers (ou melhor, do trabalho que eles fazem) é quem comanda a valorização de novos talentos que vão-se estreando no roster principal (Curtis Axel, Bray Wyatt, Damien Sandow, Antonio Cesaro, todos estes estão nessa fase). Portanto, gostando ou não desta vertente do Wrestling, tem que se respeitar quem põe um pouco over os homens do futuro na WWE. E, obviamente, ser jobber é um dos piores castigos que se pode ter dentro da WWE ou de qualquer outra federação de Wrestling.

Poderia aproveitar este espaço para enumerar os vários jobbers de serviço na WWE. Mas não o vou fazer, penso que seja um pouco óbvio de mais. Os 3MB que ilustram este bonito artigo, o Santino Marella, o pobre do Sín Cara... enfim, wrestlers esquecidos no que ao spotlight diz respeito. E não significa necessariamente que não tenham o talento necessário para saírem do poço, mas cada vez mais o Wrestling se está a tornar uma fonte de entretenimento em detrimento do Wrestling no seu estado mais puro. É assim que as coisas se dão através da evolução natural e temos que nos consciencializar disso mesmo.

Enfim, o que nos resta é ficar do lado de fora a ver a WWE tentar valorizar as suas novas pérolas à custa de jobbers e, apesar de que alguns mereçam bem o estatuto que têm, outros podiam estar na posição inversa, isto é, ser valorizado em vez de valorizar. Por tudo isto, penso que quando alguém diz que quer ver Ezequiel Jackson, Great Khali (eu sei que mal pode andar mas já pouco precisa disso, afinal a tarefa dele é só levar), Sín Cara, Heath Slater, Jinder Mahal e tudo mais fora da WWE, está errado. A WWE precisa deles, parecendo que não. Por vezes temos de nos colocar no lugar dos bookers e entender a necessidade de certas coisas que, vistas por fora, parecem inúteis. Por hoje, é tudo, deixem a vossa opinião sobre a necessidade de jobbers na indústria do Wrestling e até para a semana que vem!
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