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American Dragon #3 - Cody e Dustin, A História Perfeita...


Sempre ouvi dizer que grão-a-grão enche a galinha o papo e cada vez essa expressão faz mais sentido! A ritmo de conta-gotas, já vamos na terceira sexta-feira pintada pelo American Dragon aqui, no Wrestling Notícias, a nossa casa do Wrestling. Para esta semana escolhi um assunto pendente nas últimas semanas: a entrada na TV da família Rhodes, nomeadamente os dois irmãos Cody e Goldust. Uma vez mais obrigado pelo feedback construtivo que têm dado e vamos começar o nosso filme!

Quando Cody foi despedido e Dusty Rhodes, o 'American Dream', aviou malas com ele saindo das rédeas do comando do NXT, ninguém pensava que os bookers estavam a preparar algo grandioso envolvendo esta storyline. Era suposto ser apenas uma guerra de ego e orgulho entre duas famílias e o acontecimento maior que poderia ocorrer seria voltarem tanto Cody como Dusty à TV. Sim, à TV, porque na WWE sempre estiveram e esta história dos despedimentos serviu para dar blocos de construção à storyline que ainda estava por vir.

Eventualmente, Goldust entra em cena. Antes de mais, de salientar o meu iminente e honroso respeito por este homem, Dustin Rhodes, mais conhecido por Goldust. Tudo nele é fantástico. É um prazer vê-lo dentro do ring. Mostra que ainda está aí para as curvas e os mais distraídos poderão bem ter ficado boquiabertos ao saberem que o homem que surge pintado e vestido de preto e amarelo tem, na realidade, 44 anos. 

A sua gimmick é inovadora e algo de novo para se ver no wrestling, o que é sempre bem-vindo. Não é algo de agora - aliás, os anos de maior destaque de Goldust na WWE já são longínquos - porém, tem sempre um grande pop cada vez que sobe novamente à luz da ribalta da empresa de Stanford e os fãs ganharam grande aderência com a sua personagem. Desde aqueles suspiros nunca antes vistos até ao seu attire completamente fora-de-série, Goldust elevou-se na indústria do wrestling exatamente por causa disso - ser um conceito completamente original. Pelo menos, original dentro dos seus parâmetros.

Voltando ao tema em si. No Battleground Goldust e Cody lutavam pelos seus empregos contra os sempre entusiasmados e extrovertidos Seth Rollins e Roman Reigns, os então Tag Team Champions. Na verdade, a minha ideia era de que os Shield iriam sair vitoriosos e a WWE iria ter alguma carta escondida na manga, isto é, trazer os irmãos Rhodes de volta de um forma com maior índice de impacto.

No final de contas, conseguiram criar esse impacto e nem precisaram de lhes dar os títulos no PPV. No fim do Battleground, pareceu-me claro que o plano da WWE era manter os Shield como campeões (medida que apoiava a pés juntos) e colocar Goldust e Cody como um dos principais destaques na TV. Mas não, eventualmente Vince McMahon tem uma vontade espontânea (passe-se a expressão) de dar ouro a estes dois antes do Hell in a Cell e pronto, está feito. Na Raw seguinte, o rio muda completamente de direção e agora existem muitas mentes baralhadas sobre o que acontecerá aos The Shield (e não estou só a falar dos campeões, mas sim do grupo e da coesão em si), mas mais importante, como serão os Rhodes como campeões.

Em primeiro lugar, devo dizer que gostei bastante do facto de a WWE ter antecipado isto. Não posso dizer isto com toda a convicção pois eles poderiam muito bem esforçar-se e fazer algo melhor mantendo os campeões até ao Hell in a Cell, mas penso que esta mudança de mãos fez muitíssimo bem à storyline entre os Rhodes e os Shield, deu um novo fôlego que durará durante várias semanas, mesmo que a WWE não dê outro avanço significativo quanto a estes quatro.

E, quase sem dar conta, temos um Rhodes a passar por uma valorização tremenda (andava pelas ruas da amargura), temos um Goldust que volta para fazer o que sabe muito bem, elevar novos talentos, e temos os Shield com muita maior perspetiva à volta, dado que devem existir já sonhadores que rotulam os Shield como conceito perto do fim, perto da colisão. Só me resta desejar que a WWE mantenha os três juntos, é uma maravilha o que têm vindo a fazer com eles desde o seu debut. Ainda não estão preparados, indivualmente, para prosseguirem carreiras a solo. Como exemplo disto serve os Nexus, em que dos sete ou oito que os formavam, apenas Barrett, Ryback (na altura Skip Sheffield) e Daniel Bryan ocupam hoje um lugar de destaque na WWE. O resto, ou já não consta, ou está nas ruas da amargura.

Com os Shield é diferente, pois são menos de metade dos elementos: são apenas três. Mesmo assim, penso que a WWE deveria os manter unidos, no mínimo dos mínimos, até à WrestleMania XXX. É o mínimo que se exige. E, claro, isto vai depender do destaque que cada um ganhar pois, aos poucos, vão os três ganhando cada vez mais atenção a nível individual e não apenas coletiva, como nos primeiros tempos.

Por mim, é tudo. Esta semana o artigo cresceu mais uns centímetros, apenas pelo motivo de o tema ter bom pano para uma boa quantidade de mangas. Ah, e também para compensar o da semana passada que foi menos extenso. Aproveitem o fim-de-semana e o Hell in a Cell, nem que seja para esquecer as más memórias do Bound For Glory (pelo menos comigo será assim)... deste lado existem pulgas autênticas para ver o PPV da WWE, promete muito! Fiquem bem e vemo-nos na próxima sexta-feira, no lugar do costume!
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