Mac in Touch #58 - "Dança das cadeiras"
Mais um Mac in Touch servido aos estimados leitores do Wrestling Notícias. Na edição nº 58 da rúbrica, abordo o regresso de Cena às lides da WWE... 6 semanas depois de se ter ausentado.
Não colocarei em causa a integridade física do homem, que, aposto, quererá regressar a todo custo, mesmo sacrificando o corpo. Focarei a análise nas novidades que este "regresso" trará no que diz respeito ao topo do card da empresa. Aqui fica:....
Dança das cadeiras
O regresso de John
Cena tomou conta das páginas noticiosas dos sites de wrestling durante a semana
que passou. Foi anunciado na madrugada de segunda-feira, no Monday Night RAW,
por Vickie Guerrero, que escolheu a verdadeira cara da companhia da WWE como
candidato principal ao título Mundial de pesos-pesados, detido por Alberto Del
Rio.
É algo que surge repentinamente
e sem qualquer construção prévia para além da tentativa de sedução de Del Rio a
Vickie Guerrero. Cena foi escolhido a dedo e não fez nada para merecer a
oportunidade que teria para lutar pelo título Mundial. Esta não é a primeira
vez que isto acontece (RVD foi escolhido quase por associação com Ricardo
Rodríguez, por exemplo) e decerto não será
a forma mais justa de apurar candidatos para lutar seja para que cinto
fôr, contudo isto será compensado pelo facto de Del Rio andar a ser construído
como um excelente campeão, batendo vários adversários em combates competitivos,
sendo exemplos cabais disso mesmo a sua última vitória ante Rob Van Dam, num
tipo de combate que beneficiava, em tudo, o seu rival e ainda uma vitória sobre
um adversário bastante experiente e cotado no panorama de wrestling mundial
(Christian).
A entrada de John Cena em cena pode ser bom para a continuidade da re-construção da imagem deste título, quer ele o arrecade ou não. Caso o consiga, será sempre uma estrela de topo a detê-lo, caso contrário, Del Rio será cada vez mais visto como alguém que é suposto ser levado a sério ou então que o cinto significaria tanto para ele que seria capaz de se galvanizar perante um dos maiores nomes da indústria.
É quase como uma
situação onde se sairá sempre a ganhar, independentemente do final do combate
entre ambos no Hell in a Cell, mas não se esgotam por aqui os beneficíos que a
entrada de Cena na corrida pelo título Mundial trazem...
... porque, acredito, mais importante que valorizar um cinto será valorizar a companhia. Esta só sairá a ganhar caso consiga crescer, e só conseguirá crescer se tiver estrelas que a sustentem. Esse é um recurso que tem de haver em abundância caso haja um “rainy-day” (vulgo lesão da estrela ou estrelas de topo ou ruturas profissionais com algum desses nomes).
Assim é importante que sejam, agora, novos nomes a tomar conta daquele que é o título nº1 da companhia (o da WWE) de forma a que haja novos John Cenas em construção.
É certo que se há alguém substituível, será ele, mas para que a WWE tenha maior margem negocial caso este entre em ruptura com empresa ou caso este se lesione, é importantíssimo que haja gente capaz de trazer a bandeira da companhia ao vento.
Bryan e Orton estarão preparados para o fazê-lo, mas
sem o retorno esperando em termos de ambiente externo (vendas de merchandise, satisfação
dos accionistas e campanhas de cariz social) pelo que serão sempre uma aposta
arriscada a longo prazo, mas enquanto a época mais importante do ano não chega
(Rumble-Wrestlemania), sou completamente apologista daquilo que a WWE está a fazer
e acredito que chegado Janeiro de 2014 tenhamos um título Mundial com boa
visibilidade (não sendo visto, como era há poucos meses, como o parente rico dos
título Intercontinental e dos EUA) e um Main Event relativamente refrescado