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Mac in Touch #60 - "Bound For Glory 2013" - Análise (c/ novidades) combate-a-combate (parte II)


O maior evento do ano para a TNA teve lugar no passado Domingo e como é meu costume, aqui fica mais uma análise a cada contenda do evento.

Numa, em particular, à semelhança da primeira parte da análise, decidi inserir uma novidade - a análise será feita com várias notas retiradas "ao vivo" do combate em questão ao invés do texto corrido. Será uma fórmula a manter... ou não, dependendo do vosso feedback. Por isso, nem que seja só para se pronunciarem sobre a forma de análise aos combates, por favor deixem os vosso comentários.....

De resto, tudo como sempre, com o resto do Bound For Glory, incluindo o combate peo título da X Division que ficara de fora da primeira parte da análise.

TNA Bound For Glory 2013 - Análise combate-a-combate


Combate Ultimate X pelo título da X Division
Manik (c) vs Austin Aries vs Samoa Joe vs Chris Sabin vs Jeff Hardy

Neste tipo de combates, é natural que a espetacularidade ganhe maior relevância, relegando a lógica para um segundo plano. Assim foi no combate Ultimate X, com vários spots impressionantes a ser executados, levando o público ao extâse mas isso, por si só, não chega para fazer deste um bom combate, até porque a aderência do público ao mesmo também teve influência do elenco em questão, com grandes nomes do panorama de wrestling atual como Jeff Hardy, Austin Aries ou Samoa Joe e o anterior campeão da TNA, Chris Sabin. Assim, a psicologia de ringue já tinha um benefício generoso antes da contenda ter começado.

Como referi, nem sempre as coisas correm bem em termos lógicos ou de storytelling no decorrer de combates propícios a spots impressionantes e com vários lutadores ao barulho. Apesar de haver cerca de um século de ringue entre todos os protagonista, não houve exceções a essa regra maldita, e lembro-me de dois exemplos ilustrativos disso mesmo: uma hurricanrana executada por Manik a dois adversários ao mesmo tempo (falacioso logo nas palavras) e um spot partilhado por três lutadores usando um escadote que Hardy foi buscar debaixo do ringue denotando-se muita falta de coordenação e um tempo de espera prolongado. Também houve episódios de underselling e alguma falta de entrosamento, como aconteceu, no início, com Austin Aries a subir às cordas que davam acesso ao título e a espera (longa) de Hardy para que isso acontecesse.


O final foi credível porque Aries e Joe estavam devidamente neutralizados, e só sobravam Sabin, Hardy e Manik na equação. Sabin usou a namorada para distrair Jeff, Manik chegou tarde. Credível, sim, mas trapalhão também.







Total: ** 3/4



Magnus vs Sting

A formula não é nova... mas resulta. Dois parceiros de grupo, um deles o mentor e o outro o aprendiz. O segundo quer-se afirmar, o primeiro já tem créditos firmados. Amigos acima de tudo, mas com competitividade à flor da pele. Uma batalha entre ambos, deste ponto de vista, aceita-se, assim como pelo facto de o mentor saber do impacto que uma vitória sobre ele teria no seu aprendiz e a oportunidade que isso constituiu.

Psicologia de ringue facilitada, portanto. Mérito da TNA pela "construção" do combate, e de ambos os lutadores pelos estatutos que foram ganhando ao longo das respetivas carreiras (diferentes, claramente, mas a nível de público da TNA, a popularidade deverá andar equilibrada entre ambos). O decorrer do combate, contudo, trouxe um “esfriar” dos ânimos e creio que o principal culpado será Sting... ou melhor, a natureza da vida e da idade que faz com que um homem perca a “genica” com o passar dos tempos. A culpa não é dele, mas sentiu-se a falta de intensidade... contudo, excelente trabalho de Magnus para o contrariar.

No que diz respeito à lógica do combate, não há muitos erros a apontar a não ser por alguma falta de entrosamento em algumas manobras. Por outro lado, há que destacar o papel que Magnus foi exibindo ao longo da contenda, passando de forma subtil ao “heel” mode.


O final pareceu-me surgir de forma algo abrupta para aquilo que se vinha a construir até então, mas aceita-se.






Total: ** 3/4



Combate pelo título daTNA
Bully Ray (c) vs AJ Styles

-É a história que marca a atualidade da TNA, o Main Event do Bound For Glory, que é o maior evento do ano para a companhia. É quase impossível não haver o “Big Fight Feel” para esta contenda.

- Lítigio de Styles com a TNA torna as coisas ainda mais interessantes, tal como a promessa de um renascimento dos Aces and Eights por parte de Bully Ray... contudo, isto só aconteceu no PPV e pode ter contribuido para que não tenha havido uma exploração máxima no que a compras de PPV e expetativa criada pelo público diz respeito.

- A intensidade da promo de Bully Ray é notável.

- A demanda de AJ Styles pelo título da TNA, um ano inteiro sem lutar por ele, a sede por títulos do Phenomenal One também ajuda a uma psicologia de ringue, à partida, excelente.

- Entender-se-ia o domínio inicial exercido por Bully Ray caso AJ Styles se mostrasse dominado pelas emoções, tentando vencer a todo o custo, esquecendo a estratégia e atacando ou defendendo mais com o coração que com a cabeça. Contudo, isso perderia lógica pelo que se passou a seguir – Bully Ray provocou Styles usando a sua família e ele reagiu... ou seja, o antecedente da desvantagem de AJ pelas suas emoções, não foi amplificado (como seria lógico), mas sim desvalorizado.

- O underselling de AJ ao boot de Bully Ray para fora do ringue, respondido com um Pele Kick também não entrou nos conformes da lógica.

- Momento incrível no 450 Splash falhado de AJ Styles, caindo numa mesa, não só pelo aparato mas também pela credibilidade (AJ queria ferir Bully Ray a todo o custo, não só pela rivalidade com ele mas por outros propósitos acima referidos).

- Acaba por se aceitar um possível underselling de AJ Styles à manobra anterior, e a tomada de domínio após isso mesmo, mas Dixie, que interveio nessa altura podia perfeitamente ver AJ Styles e deveria ter avisado o lutador que, supõe o público, queria que vencesse.

- Violência incrível do Back Body Drop de Bully Ray em resposta a um possível Styles Clash, caíndo o seu adversário numa parte exposta do ringue (usado, mais uma vez, e bem), assim como a queda do topo das cordas que executou de seguida.


- Final do combate podia ter sido muito mais bem trabalhado. Styles usou um Pele Kick em desespero e tomou o domínio a partir daí. Contudo, e apesar do combate ter acabado com o finisher de Styles, creio que a construção para esse final deveria ter sido construído de forma mais consistente.







Total: *** 1/4

NOTA FINAL DO PPV:  2/5
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