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Este ano na WWE, a tradição é revivida numa guerra num combate de equipas no Survivor Series 2013


Quando o ano está prestes a terminar é tempo da WWE apresentar um PPV que outrora foi um clássico, o Survivor Series. O que seria do Survivor Series se não houvesse equipas a se digladiarem até haver um único sobrevivente. Eu gosto da tradição...

Enquanto muitos podem afirmar que o Survivor Series já não tem aquela aura de evento especial, não se pode ignorar o valor sentimental que o evento ainda tem nos verdadeiros fãs de wrestling. A principal razão para se ter o Survivor Series no gosto de um fã de wrestling é a tradição. Quando falo de tradição, falo claramente dos combates de equipas de eliminação tradicionais que o Survivor Sereis tornou famosos desde Novembro de 1987.

Muitos fãs da velha guarda, olham para este evento e pensam dos tempos em que o WWF Champion Hulk Hogan liderou a sua equipa contra equipa do seu rival Andre The Giant. Aquela altura em os The Rockers fizeram equipa com o Ultimate Warrior para derrotar a The Heenan Family e talvez o mais famoso, quando Undertaker fez a sua estreia ao fazer parte da equipa de Ted DiBiase na Million Dollar Team e assim o Survivor Series ser o local do nascimento de uma lenda. Os anos se passaram e o combate também. Os talentos ficaram mais desenvolvidos e os combates mais excitantes pois muitas histórias se podem contar num só combate e pormenor do storytelling dispara.

Como nos poderíamos esquecer de quando um lesionado Shawn Michaels quase vencia a desvantagem de 3 para 1 e caia com valentia quando tentava dar a vitória da equipa RAW sobre a equipa Smackdown? E aquele momento histórico de quando The Rock fez o pinfall sobre “Stone Cold” Steve Austin quando liderava a equipa da WWF na vitória sobre a equipa Alliance? Quando se fala de um combate excitante, o combate de eliminação tradicional do Survivor Series é certamente um dos melhores combates já criados. A beleza do estilo de eliminação é que as coisas podem cair para 5 x 1, 4 x 1, 4 x 2, 3 x 2, bem entenderam. Muitas possibilidades são possíveis e assim o drama, a excitação e a imprevisibilidade aumenta.

O ressurgimento do wrestling de equipas na WWE

Muitas coisas podem ser ditass sobre este combate e a construção que teve que se diferencia da maior parte do card do PPV mas se há algo que não se pode negar nos dias de hoje é a tentativa da WWE em elevar a divisão de equipas. Posso dizer que há não estava tão entusiasmado com o wrestling de equipas há mais de uma década e este combate poderá bem exemplificar o porquê disso. O combate possui uma incrível quantidade de talentos e será certamente uma grande balada e poderá ser o combate que as pessoas paguem para ver no evento.

A divisão de equipas está a “rasgar”. Podemos atribuir isso a Seth Rollins e Roman Reigns dos The Shield que conquistaram os títulos de equipas no Extreme Rules à Team Hell No. Desde aí rivalizaram com estrelas de renome como Daniel Bryan e Randy Orton na altura, para além de terem performances de sonho contra os Usos, não há forma de negar que os seis meses de Seth Rollins e Roman Reigns como campeões elevaram e muito a qualidade da divisão. Para comprovar esse andamento, os The Shield tornaram-se os seguranças privados de Triple H e Stephanie McMahon.

A contrastar com o sucesso do grupo está o seu patrão, Triple H que cometeu o erro de se meter com a família errada. Cody Rhodes juntamente com o seu irmão Dustin, mais conhecido como Goldust, haveriam de colidir com os The Shield no Battleground e com a ajuda do pai, eles derrubaram “o escudo” e derrotaram os The Shield para se tornarem campeões de equinas e voltarem a ser recontratados pela WWE. Pouco tempo depois, os Rhodes haveriam de se encontrar com os The Shield novamente mas nessa noite e tal como JBL gosta de dizer, “as luzes estavam brilhantes e os títulos estavam em jogo”. E meus amigos, eles deitaram a casa abaixo e meteram o público em polvorosa. Era o wrestling de equipas em todo o seu esplendor.

O percurso dos Rhodes não está a ser calmo. Rollins e Reigns não esmoreceram na reconquista dos títulos mas o que não contavam é que os Usos não tinham recuado e também queriam uma oportunidade. As duas equipas enfrentaram-se num combate para definir os contenders e após uma dura batalha nenhuma equipa foi declarada vencedora e uma grande briga com os campeões começou. Para surpresa de ninguém, isto levou a um Triple Threat Tag Match entre as três equipas no Hell in a Cell. Com as odds a estarem contra os campeões, este acabaram a defender os títulos num combate de abertura de sonho. E com o Hell in a Cell no passado, digam-me um melhor lugar que o Survivor Series para as equipas brilharem.

O wrestling de equipas tem novamente um sentimento diferente e isto deve-se certamente a lutadores como os MVP de 2013 The Shield e Daniel Bryan. Temos dinâmicas diferentes de diferentes equipas. Temos os The Shield, um trio técnico mas que não tem adversário no que toca a funcionalidade como equipa e com os seus combates a falarem por si. Temos os Usos que começam a ter destaque e onde o promotor de serem irmãos e estarem sempre juntos desde a estreia pode ser um trunfo a favor deles. No que toca aos campeões, que têm o aspecto familiar mas apesar de serem diferente, são uma máquina bem oleada no ringue e com o que pede no wrestling, um veterano consagração a elevar uma jovem estrela e isto faz deles uma equipa tremenda.

Estamos a esquecer-nos de alguém não estamos? “WE…THE PEOPLE!” é claro, os Real Americans. Quando se fala de dinâmica, fala-se do All American-American Jack Swagger e do SuperHomem Suíço (agora residente nos Estados Unidos) Antonio Cesaro. Com Zeb Colter a falar e a deixar para eles o trabalho duro. Bons lutadores, bom manager e claro uma outra grande dinâmica como equipa. Em termos técnicos muitos podem até dizer que é uma equipa disfuncional mas depois de terem estado algum tempo a aperfeiçoar o seu modo de trabalhar, eles agora trabalham muito bem juntos. Temos de mencionar que eles têm uma vitória num non- title match contra os campeões actuais. Como podem ver, os Real Americans não irão somente fazer a figura de corpo presente, pois eles querem lutar pelos títulos e enfrentarão quem quer que sejam os campeões.

Todos estes lutadores se envolveram quando nas últimas semanas lutaram em lados opostos e com propósitos diferentes. Nas regras da Authority, há estrelas que têm de estar sempre debaixo do radar do patrão, contudo há outras que tendem a fugir a esse controlo. Os The Shield representam a The Authority na luta contra a família Rhodes e as duas equipas têm os seus apoios. No último RAW, os The Shield e os Real Americans descobriram que os Rhodes não terão somente os Usos como aliados pois a eles juntou-se Rey Mysterio que regressa aos PPV’s após oito meses de ausência. Será interessante perceber o que Mysterio irá trazer ao combate mas também qual a sua condição e magia que ainda pode produzir dentro das cordas.

Agora com todas as peças do puzzle montadas, vejamos o que cada lutador poderá trazer a este combate.

The Shield (Seth Rollins, Roman Reigns, Dean Ambrose)

Não há muito mais a dizer sobre estes três. Os antigos campeões de equipas e actual campeão dos Estados Unidos criaram certamente um impacto desde que fizeram o seu primeiro ataque há um ano. Os guardas da Authority irão certamente brilhar esta noite isso é uma certeza. A questão que se coloca é quantos deles irão chegar ao fim do combate. Não deverá ser descurado o facto de nas últimas semanas se ter verificado tensões dentro do grupo mas não acredito que seja muito decisivo neste combate.

Roman Reigns irá aplicar uns spears no combate, Rollins irá bumpar como maluco e Dean Ambrose irá parecer um doido. No geral, espero uma grande performance do grupo que irá estimular tantos os Usos como os Rhodes a acompanharem a rodagem.

The Real Americans (Jack Swagger & Antonio Cesaro)

Antonio Cesaro e Jack Swagger conseguiram até agora actuar fora do radar da Authority. Eles possuem uma vitória sobre os campeões e podem de facto dizer que são os verdadeiros candidatos principais. A sua motivação é somente atormentar os campeões e é por isso que se aliam com os Hounds of Justice esta noite. É a oportunidade perfeita para a dupla brilhar e especialmente Antonio Cesaro que tem visto a sua popularidade subir em flecha.

Os espectadores do NXT não me deixarão ficar mal e confirmarão que ele é uma das estrleas da WWE mais populares na Full Sail Arena. Ele deixa o seu carisma brilhar sobretudo através da sua habilidade no ringue e é por isso que o vejo a destacar-se neste combate de eliminação. Swagger poderá estar bem. Ele vinha a cair na WWE mas desde que se juntou a Cesaro e Zeb Colter ele voltou a brilhar. Quando começar o combate penso que podemos berrar a bom som: WE THE PEOPLE!

The Rhodes Brothers (Cody Rhodes & Goldust)

São os actuais campeões de equipas da WWE e já foi tudo dito sobre eles que desde que entraram na rivalidade contra Triple H estão numa voltagem diferente dos restantes lutadores da WWE actual. Os dois serviram de exemplo para o plantel da WWE da força do punho de ferro do The Game mas quando Hunter mexeu com o pai deles, os irmãos regressaram com sede de vingança e destituíram os The Shield e têm vindo a ter combates de sonho atrás combates de sonho. Cody Rhodes tem sido excepcional na sua função e depois de muitos anos na WWE é finamente visto como uma estrela. Goldust descobriu a fonte da juventude e move-se no ringue como nunca se moveu na sua carreira e está num patamar superior a muito jovem da companhia.

Seguindo com o legado do “The American Dream” Dusty Rhodes, certamente que esta noite os campeões de equipas terão outra grande performance.

The Usos (Jimmy & Jey)

Passamos de irmãos para outros irmãos. Jimmy e Jey devem estar contentes por começar a atingir o sucesso na WWE. Um das equipas mais duradouras da WWE (estão na WWE desde 2010) começa a afirmar-se. Embora tenham já lutado contra os campeões, agora no Survivor Series, ele aliam-se aos Rhodes para defrontarem um inimigo comum.

Pergunto-me se a WWE irá ter em conta que os Rhodes roubaram a title shot aos Usos contra os The Shield. Julgo que é algo que poderá ser jogado no combate mas não será necessariamente obrigatório já que os Usos são uns tipos muito relaxados e que serão certamente grandes aliados nesta batalha contra os The Shield e Real Americans.

Rey Mysterio

Aqui temos a atracção do combate. O regresso do 619! Rey Mysterio está fora da WWE desde Fevereiro. Um das estrelas mais populares da WWE traz muita intriga a este combate. Juntamente com o seu reportório de moves e tremenda habilidade, ele traz também um aspecto interessante ao combate na medida que esta será a primeira vez que lutará contra os The Shield em PPV. Outro facto de intriga é saber se Rey Mysterio ainda pode lutar a este nível. Estará ele ao nível do performer que ele já foi? Conseguirá acompanhar a rodagem dos jovens? Irá a WWE fazer ele perder no seu regresso?

Quem irá sobreviver?

Esta é a grande questão deste combate. Quem irá permanecer de pé quando toda a sua equipa desmoronar? Que equipa irá vencer? Permanecerão os três membros dos The Shield vivos ou somente um? Irá uma equipa cair na totalidade e outra não? Irá Rey Mysterio ter o papel de destaque no combate? Muitas questões para um só combate. Mas se há muitas incertezas, certeza só há uma, este combate não se pode perder. A divisão de equipas nunca esteve tão bem e este combate prova isso.

Quatro equipas pressentes, Dez estrelas no total e o regresso de um antigo campeão Mundial! É tempo de guerra, ao estilo do Survivor Series!

Original de J. Collins com tradução de Wolve
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