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Falando de wrestling: Os legados familiares


Uma ideia errada que alguns fãs e críticos mostram é pensarem que alguém por ser filho ou filha de um famoso wrestler faz com que isso seja uma garantia de sucesso no ramo. Poderá abrir certas portas que normalmente não se abrem, mas simplesmente não são garantia de mais nada a não ser isso mesmo, uma oportunidade de trabalho.....

Por cada wrestler de segunda ou terceira geração tal como Randy Orton, Greg Valentine e Ted DiBiase Sr., há outros tantos falhanços como David Flair, Tiger Ali Singh e David Sammartino. Certamente que um nome poderá ajudar se o vosso pai ou a mãe for booker da companhia, como por exemplo se passou com Erik Watts, Jeff Jarrett, The Von Erichs e Garrett Bischoff…mas mesmo assim não é garantia de sucesso. A porta que se abriu pode-se fechar tão rapidamente quanto se abriu se as expectativas não são forem cumpridas. Cabe ao individuo derrubar essa porta para que esta não se volte a fechar.

Tão rápido como uma oportunidade pode chegar para um jovem wrestler ligado a uma família com um grande legado no wrestling é também difícil a este ter sucesso por conta própria. A que se deve isso? Expectativas! Um wrestler cujo último nome é Rhodes, Flair, Steamboat ou Hart faz com que automaticamente se pense que ele tenha uma qualidade tão grande como o seu parente. É uma dificuldade que se acresce a um meio que já por si próprio é difícil se ter sucesso. Poderá demorar alguns anos ao jovem e inexperiente wrestler para singrar no meio. No entanto esse período de tempo poderá vir a diminuir para um lutador de segunda e terceira geração devido ao nome que ele carrega.

Muitos fãs criticam a WWE por mudar o nome de algumas estrelas como por exemplo Joe Hennig para Curtis Axel, Nattie Neidhart ser somente Natalya e até mesmo Windham Rotunda mudar o nome para Bray Wyatt. A verdade é que é que a longo prazo isso até poderá ajudar as carreiras, tal como ajudou Dustin Rhodes quando se transformou em Goldust.

Mas para um jovem que agora começa a carreira ter um nome associado a si faz com que tenham uma pressão extra. As falhas poderão ser difíceis de digerir pois sentem que têm o peso do mundo nas costas. Eles poderão sentir que estão a desiludir os seus parentes e a denegrir o legado que os seus parentes demoraram anos a construir. Vejamos o caso de Mike, Kerry e Chris Von Erich que cometeram suicídio pois sentiram que desiludiram o seu pai Fritz Von Erich. Um falhanço de um wrestler de segunda geração por vezes é mais interessante que o seu sucesso. Muitos ainda se lembram de quando o filho de Ric Flair, David falhou. Mais ainda o filho de Terry Gordy, Ray Gordy que na WWE foi conhecido como Slam Master J e não por Ray Gordy, filho de um Freebird.

Cody Hall está a passar pela mesma situação agora. Ele está a começar a sua carreira e tem obtido bookings graças ao nome do seu pai. Mas verdade seja dita, Cody vai chegar a uma altura que vai ter de depender exclusivamente dos seus méritos. Já ouvi comentários de que os fãs o comparam com o estilo e postura do “Bad Guy” tinha o seu pai. É injusto? Claro que sim, mas é assim que as cosias a acontecem mas não só no wrestling mas em qualquer desporto.

Ross e Marshall Von Erich estão constantemente a ser comparados com a sua infame família dos dias da World Class. As pessoas estão preocupadas se eles terão o mesmo destino que tiveram os seus tios. Por mais trágicas que foram essas mortes, não deverá ser comparado ao trabalho que teve o seu pai Kevin a criá-los.

Assim para resumir, quando olham para um lutador de segunda ou terceira geração, admirem-nos por onde eles vieram mas relembrem-se quem eles são pois através de méritos próprios, essas estrelas estarão a elevar os legados dos seus laços familiares.

Original de Brian Damage com tradução de Wolve
Com tecnologia do Blogger.