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Mac in Touch #65 - Survivor Series 2013 - Análise combate a combate (parte II)


Regressam as análises de PPV's a este espaço passadas três semanas desde o Hell in a Cell. Desta vez é o Survivor Series, um evento com alguma história dentro da WWE, o alvo da minha "crítica".

Não foi um show muito bem preparado em termos de storylines, e inclui, no Main Event, estrelas algo desgastadas no que diz respeito à sua reputação dentro da companhia. Contudo, houve algumas surpresas positivas, e o show, em termos de combates individuais, não esteve aquém (ok, também não era difícil) do esperado.

A segunda parte da análise "apanha" o combate pelo título Intercontinental, a batalha entre meninos queridos da Comunidade de Wrestling mais atenta ao fenômeno e ainda um dos piores Main Events da história da WWE (é arrojado dizê-lo, sei disso, mas caso haja muita discórdia peço que me apontem um ou mais Main Event de um PPV da WWE pior que este, que ofereço-me para analisá-lo(s)).

Aqui fica:

Survivor Series 2013 - Análise combate-a-combate (parte II)


Combate pelo título Intercontinental
Big E Langston (c) vs Curtis Axel

O “roubo” do título Intercontinental por parte de Langston a Curtis foi algo que marcou o último Monday Night Raw e que trazia um condimento especial para este combate, mas o facto da desforra de Axel não ter sido anunciada como parte integrante do PPV trouxe a sensação de subexploração do potencial desta contenda. Isso reflete-se na psicologia do ringue.

Não é que o público tivesse estado totalmente ausente do combate (conforme atesta esse belo “medidor” que é a contagem dos pins), mas caso houvesse uma mentalização prévia, por parte de audiência, que iria haver este combate, talvez houvesse uma maior disponibilidade para gritos e apupos... que não existiu.
Em termos de storytelling não há muito a apontar e é de realçar a coerência de ter sempre Big E no comando do combate, ainda por cima com uma boa correspondência por parte de Axel, que mostrou toda a experiência adquirida na indústria ao saber vender em doses equilibradas.


 O final aconteceu de forma um pouco brusca, mas aceita-se e é nesta prespetiva conformista que o combate deve ser encarado. Afina de contas, não passou da vulgaridade.






Total: **


The Wyatts (Eric Rowan e Luke Harper) vs CM Punk e Daniel Bryan

A rivalidade conheceu níveis elevados de intensidade com os ataques de Bray Wyatt aos meninos bonitos da IWC (e arredores), mas de onde vieram? Quais as razões, os motivos do líder do clã Wyatt para proceder desta maneira? Bryan e Punk estão simplesmente a reagir, e nada mais os motiva pelo que a nível histórico esta rivalidade revela-se fraca. Contudo, estiveram no ringue dois dos nomes maiores da indústria e isso, sozinho, bastaria para que tivessemos um público “aderente” – o que beneficiaria a psicologia de ringue.

Assim se verificou, e tivemos um ambiente a roçar o “Big Fight Feel” de um Main Event pela simples presença de CM Punk e Daniel Bryan. Foi facilmente verificável o acompanhamento do público e o entusiasmo do mesmo com o que se ia passando – foram sucessivos e audíveis os cânticos de “This is Awesome”. O final recebeu, muito provavelmente, o maior pop de todo o evento e o comeback protagonizado por Daniel Bryan merece menção honrosa nesse ranking.

O encadeamento lógico do combate não sofreu nenhuma espécie de “fratura”, apesar de alguns erros cometidos como a previsibilidade do “dive” executado por CM Punk para fora do ringue (foi  denunciado pela junção de Bray Wyatt a Eric Rowan). De resto, o domínio inicial exercido pelos Wyatt’s aceita-se perfeitamente pela sua compleição física e até ajudou (pelo seu prolongamento) ao “babyface fire” que Daniel Bryan consegue fazer tão bem.

O final aconteceu de forma esperada, mas excitante e não se pedia nada mais que isso. O tempo do combate poderia ter sido mais curto, na minha opinião terminaria logo após o “comeback” de Bryan, mas aceita-se o “tempo extra”.





Total: *** 1/2



Combate pelo título da WWE
Randy Orton (c) vs Big Show

O balneário junta-se para batalhar as “estrelas de TV”. Como aliciante, a previsível disfuncionalidade entre os membros da equipa que iria enfrentar o “cast” das Total Divas. Uma premissa algo fraca, mas foi suficiente para termos uma boa receção por parte do público.

O tempo não é ilimitado, e ter 14 divas em ringue num combate de eliminação teria de ser gerido à pressa... a forma como foi feito foi a possível, e não critico a WWE por isso mas sim por ter “criado” este combate. Foi completamente ridícula a sucesão de eliminações causadas por finishers maioritariamente mal executados, como é exemplo gritante o Spine Buster de Aksana.

O entrosamento não foi o melhor entre as lutadoras, ao que não ajudou a falta de lógica que lhe antecedeu.

Destaco apenas a mobilidade de Naomi e a necessidade de lhe ser dado outro lugar na hierarquia das divas.





Total: * 3/4


NOTA DO PPV: 1.75/5

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