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Análise e Pensamentos do WWE RAW: Afinal, não há heróis por aqui!


A WWE regressou ontem ao USA Network para mais um Monday Night RAW a partir do Richmond Coliseum m Richmond, Virginia e apresentou o último show do ano e fizeram de tudo para que fosse de grande nível...

Primeira hora

Vocês podem dizer que qualquer lutador trabalha melhor como heel pois é mais fácil para uma pessoa ser fraca e entreter do que ser bom e entreter mas eu acho que isso se adapta perfeitamente a CM Punk. Eu simplesmente não gosto de quando ele está no ringue a bajular o público a obter o pop fácil ao referir o nome da cidade e tudo o resto.

Gostei de ver Dean Ambrose mandar o título dos Estados Unidos para cima da barreira antes de ele passar por ela e deixar o título aí quando foi para o ringue, fazendo com que Seth Rollins quase caiasse de cabeça quando fez o somersault para a saltar. Adorei ver Rollins pegar no título e olhar para Ambrose como que a dizer, como é?

Agora vemos a WWE misturar o irreal com o kayfabe e com o que vem reportado nas notícias de wrestling. Punk refere Roman Reigns como o futuro, Seth Rollins chega-se à frente e diz que o futuro é ele. Isto depois de Dean Ambrose já ter sido destruído por Punk. Isto faz sentido. Com um trio dominante como este, eu gosto da ideia do proclamado ~”Best in the World” os derrubar um por um para encontrar o melhor dos três. É storytelling simples misturado com bons combates, ou seja, o melhor do pro wrestling.

Olhando ao departamento “adoração pelos pequenos detalhes”: Punk ser colocado fora do ringue e Ambrose sentar-se como um indiano na sua frente a falar mal dele.

Combate fantástico. Rollins já vai com dois grandes combates contra John Cena e Punk, as duas maiores estrelas da indústria do moimento. No que toca a habilidade no ringue, ele é de longe o melhor dos The Shield.

Brad Maddox continua a ser deliciosamente espectacular, mas eu não entendo o motivo de ter esta função. De todo.

Bom vídeo de Randy Orton, mesmo que tudo não tenha sentido. A equipa de produção da WWE consegue fazer com que as pessoas achem de uma parede a secar um fantástico evento.

Meu Deus, Curtis Axel a ter tempo para uma promo? Quem teve esta ideia? A única coisa de boa que se pode dizer sobre este tipo é que consegue ter bons combates. Para terminar isto, o combate contra Dolph Ziggler não tinha qualquer propósito.

Jerry Lawler nos comentários: “Ninguém quer falhar na última coisa que fazem e este é último combate que estes dois (Dolph Ziggler e Curtis Axel) irão ter em 2013”. Ele disse isso durante a emissão. Pergunto-me se os comentários da WWE nunca tiveram tão fracos como estão, e sim, já estou a incluir o heel turn de Michael Cole.

Segunda hora

Porque é que alguém há-de querer o título intercontinental? Com a criação do WWE world heavyweight title, as razões são óbvias. O título terá mas prestigio e haverá mais lutadores a querer disputá-lo. Já se passos muito tempo desde alguém ter dito que queria o titulo. É sempre algo genérico como “porque eu sou o melhor” mas essas falas só funcionam para um título de topo. Nós precisamos de uma narrativa para o título do midcard, talvez aludir ao facto deste ser titulo ser detido por quem trabalha e vai para a guerra noite após noite para mostrar os seus méritos. E quando eles o fizerem, eles sobem na escada. Ou alguém assumir que a luta pelo título agora é maior e é por isso que querem o título. Até isso acontecer, o título não valerá nada nem aquele que o ter na sua posse.

Acho que o combate entre Fandango e Big E Langston foi um bom combate que teve mais tempo do que aquele que precisava mas a forma como Fandango tem vindo a ser bookado tirou algo de valor ao combate.

Gosto que Langston baixe as alças do seu singlet somente durante o combate pois cria mais impacto para o Big Ending. E mantêm-me mais descansado sobre o resto.

Foi mal eu ter gostado do que disse Booker T e da sua música?

Bad News Barrett é ainda um fracasso. É uma ideia com potencial mas que está a ser mal executada mas é muito bom ver ele a subir no pódio e dar as más noticias a Booker T e ao resto dos que festejavam. E bem, é difícil contrariar o que ele disse. Assim esperemos para ver o que dá o resto da esperança que existe.

Lembram-se quando disse que a WWE iria por LeSean McCoy e LeBron James na TV quando o primeiro tinha uma cópia do título Mundial com ele na NBC e o segundo quis uma também? Sim, isso aconteceu e não vi mal em isso acontecer.

Gostei de terem acrescentado algum valor ao fraco combate entre Damien Sandow e Great Khali ao colorarem Sandow a dizer que se despedia se perdesse o combate pois brincaram muito com ele nos últimos seis meses. E isso é verdade. Lembram-se de quando ele estava com Cody Rhodes nos Rhodes Scholars e achavam que ele seria a estrela da equipa? Foi cedo demais pois Cody agora está a fazer um trabalho fantástico com o seu irmão e Sandow anda a ameaçar sair da companhia. Como as coisas mudam tão depressa.

Enfim, o combate não prestou. Gostei da ideia de Sandow querer aumentar a energia do combate, pois ele estaria a lutar por tudo. Depois de ter visto a lesão do Anderson Silva no UFC 168 eu senti-me desconfortável a ver o Great Khali. Eu pensei que ia acontecer algo semelhante e senti-me muito desconfortável. Numa nota adicional, um dos tipos do @WWEStats tweetou ontem que Great Khali não ganhou um combate no RAW neste ano. Parece ser verdade.

Eu pergunto-me se Brodus Clay sabe o quão irónico é quando ele diz que é um "main event playa" quando está no meio de uma storyline com R-Truth e o estreante Xavier Woods e estar a levar um atraso monumental.

Terceira hora

Quais são as chances de Triple H ter decidido anunciar o grande regresso de Brock Lesnar para aumentar um pouco mais o heat? Eu gostei de quando Triple H quis cumprimentar Brock Lesnar e este só o fez depois de olhar para Paul Heyman e este dizer que estava bem. Eu gosto de Brock ser um cão raivoso que Paul Heyman tem problemas em controlar. Espero que isso nunca acabe.

Que bom que foi o segmento do regresso de Brock Lesnar. Triple H mostrar que ele estava de alguma forma envolvido. Proclamar que ele era o candidato principal pois ele fala o que quer e não há ninguém que o impeça. Adorei. Mark Henry vir ao ringue ao achar que ele era forte o suficiente para o impedir. Adorei. Luta de bestas? Adorei. Lesnar aplicar o spear a Lesnar na barreira e aplicar o F-5? Adorei. O grito de morte de Lesnar? Adorei. Heyman mandar Lesnar parar quando ele achou que já era o suficiente para mostrar que o exemplo tinha sido dado? Adorei.

A sério, se vocês não gostam de Brock Lesnar e do que aquilo que ele traz, eu não vós entendo e nem quero.

Se mais nada valEr, o ToTal Divas pelo menos trouxe mais combates de equipas femininos. Não sei é se isso é uma coisa boa.

No caso do combate de ontem, não foi.

Daniel Bryan num gauntlet no main-event do RAW! Sim, por favor!

O método de Michael Cole para um bom comentário durante os grandes spots nos combates: 1) Falar alto 2) Falar rápido 3) Repetir-se 500 vezes 4) Mudar ocasionalmente quando ainda fala alto e rápido. HARPER FOI APANHADO. HARPER FOI APANHADO. HARPER FOI APANHADO. BRYAN APANHOU HARPER. BRYAN APANHOU HARPER. BRYAN APANHOU HARPER.YES LOCK. YES LOCK. BRYAN. HARPER. APANHADO.

Fiquei um pouco desiludido com os combates contra Luke Harper e Erick Rowan mas isto devesse ao facto de terem trabalhado vezes de mais. Eu só queria ver o combate contra Bray mas isso acabou por ser troll pois é isso que a WWE faz a nós. Bryan admite que deveria ter precedido mais cedo que a máquina não o deixaria vencer e pede para se juntar à Wyatt Family. Bray aplica-lhe o Sister Abigail como se fosse uma espécie de iniciação.

Mas esperem. O segmento final foi mais do que brilhante. Bryan ir atrás de Bray como se fosse um zombie e a sua alma tivesse sido retirada. Ao primeiro, Harper e Rowan ainda o seguraram mas ele lentamente começou a andar por si. Ele manteve a sua decisão ao subir a rampa atrás de Bray. Quando chegou ao topo, ele parou e pareceu em dúvida. Ele olhou para o publico e parecia que ia desistir. O público cantava o seu nome para ele continuar a lutar contra a máquina que o derruba. Ele ganhou energias, respirou mais forte como que tivesse ganho forças para batalhar mas tudo isso desapareceu. Ele apercebeu-se que esse cânticos só lã estavam porque ele tinha sempre falhado a luta contra a máquina. Ele tinha ficado sem chance e segue o seu novo caminho rumo às profundezas com o seu novo líder, Bray e todas a suas promessas de amor e aceitação. Afinal, não há heróis por aqui!

Pensamentos finais

Foi um fantástico show. Alguns spots mais lentos aqui e ali mas a dinâmica de Punk contra The Shield, o regresso de Brock Lesnar e o segmento final fez deste um dos melhores shows do ano.

Classificação: A

Original de Geno Mrosko com tradução de Wolve
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