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Mac in Touch #74 - Magnum Real


Antes de partir para o artigo propriamente dito tenho de agradecer, desde já, os comentários às edições puroresu, principalmente ao V pelos comentários construtivos e participativos em ambas as edições e que mostram alguma viabilidade para continuar a apostar no wrestling japonês.

Passando para a introdução: fãs da TNA, as vossas preces foram ouvidas! O Mac in Touch desta semana visa o tema que tenho guardado para falar desde há algum tempo -  o novo campeão da companhia e a importância deste no futuro da mesma....

Feita a introdução e agradecimentos, aqui fica o artigo:

 Magnum Real

A turbulência chegou ao fim. Já não há indefinição quanto ao homem do leme da TNA. Magnus assume uma embarcação pesada, mas com a noção de tudo o que isso representa para a sua carreira.

Ao longo de sucessivos Impact’s desde o Bound for Glory, quando Magnus derrotou Sting, o heel turn da estrela britância foi sendo, gradualmente, efetuado. Aliás, o BFG foi mesmo o ponto de viragem e o início da consolidação da construção de um campeão, com a derrota imposta a uma lenda viva do wrestling mundial e todo o significado que lhe é inerente.

Depois disto, ganhou lugar entre os nomes do torneio rumo ao título da TNA imposto por Dixie Carter, e começou por ganhar o direito a ser respeitado após uma vitória imposta ao seu antigo parceiro de equipa e colega dos Main Event Mafia (ou seja, mais uma derrota imposta de forma a piscar o olho ao heel turn) , Samoa Joe. Seguiu-se um nome incontornável do wrestling mundial e também um antigo membro dos Main Event Mafia, Kurt Angle, num combate onde só mesmo o melhor podia vencer – Last Man Standing. Venceu, limpinho, o antigo medalhista olímpico angariando, legitimamente, ainda mais pontos de respeito  aos que já somara após as derrotas. Ou seja, chegou à final depois de ter deixado para trás, no período de um mês, todos os membros dos Main Event Mafia, o que lhe dava o direito legítimo de ser considerado o melhor homem de uma das fações mais importantes da história recente da TNA! Chegou a final e já era encarado como um adversário de peso ao fan-favourite Jeff Hardy, mesmo tendo em conta o ambiente adverso que iria encontrar (Combate TLC/ Full Metal Mayhem, no qual o Charismatic Enigma se especializara)... mas até aí conseguiu superar as expetativas, apesar de termos de ter em conta a generosa contribuição de Spud e Ethan Carter, e conquistar o seu primeiro título Mundial.

Seguiu-se uma prolongação da celebração do seu reinado até aparecer AJ Styles que lhe impôs um combate para unificar os títulos, visto Phenomenal One ter conquistado o título Mundial da Tna e ter saído da empresa para não voltar (o que, aliás, esteve na génese do torneio vencido por Magnus para apurar o novo campeão). Resultado? Vitória de Magnus e que o consolida, cada vez mais, como uma estrela maior no roster da TNA. Não só do ponto de vista do balneário mas também dos espetadores, que brindaram a empresa de Orlando com um rating de 1.2 no passado episódio do Impact (altura em que este combate teve lugar), e que refletem, desde já, os frutos do investimento numa estrela “fresca” (isto é, sem muita visibilidade no topo da hierarquia do panorama de wrestling televisionado). Algo que até nem é normal, porque estas construções costuma ser vistas como de longo prazo, mas o build-up de vários anos de Magnus como um mid-carder com potencial fizeram deste o momento indicado para que subisse ao trono com toda a legitimidade e mais!, derrotando todos os seus mentores pelo caminho, o que é uma clara afirmação de superioridade perante quem o ensinou e que o projeta como uma lenda em potência.

Está de parabéns a TNA! Já tentara “puxar” nomes de relevo para o topo da sua hierarquia, como Austin Aries ou Chris Sabin, mas no caso do primeiro não soube aproveitar as suas potencialidades e no caso do segundo deparou-se com os seus próprios erros de casting. Mas agora parece ter acertado. Magnus é um homem da casa, tem excelente margem de progressão (27 anos) e já é visto (agora ainda mais) como um nome grande num dos segmentos de mercado em que a empresa mais rendibilidade tem – Reino Unido.

No que ao topo de uma companhia de wrestling diz respeito, está provado, é a construção de estrelas que mais rendibilidade traz ao seu produto (veja-se o exemplo maior: estrelas como Steve Austin e The Rock, construídos na WWE conseguiram dar liderança nas audiências à companhia detida por Vince McMahon relativamente à WCW, encabeçada por estrelas feitas como Hulk Hogan ou Kevin Nash). A TNA parece ter-se apercebido disso e, apesar de usar meios “ilegais” e já muito vistos no passado para cimentar a liderança de um heel (intreferências “baratas” com auxílio da autoridade reinante), o campeão é legitimamente encarado como tal.

Um nome novo que dá frescura ao produto e entra em ruptura com a estagnação de nomes e storylines que povoavam o main event da TNA.

Agora, o crescimento, a curto e longo prazo, no que ao produto diz respeito, parece ser viável e, mais importante, sustentável.
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