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MMA: UFC On FOX 10: Henderson vs. Thomson - Antevisão + Pesagens


O primeiro evento do ano disputado na principal plataforma de exibição do UFC mais uma vez usa a fórmula de apostar em combates potencialmente empolgantes. No combate principal do UFC On FOX 10, o ex-campeão dos leves do Strikeforce Josh Thomson tenta recuperar seu posto de desafiante de Anthony Pettis contra o ex-campeão do WEC e UFC Ben Henderson....

A segunda luta mais importante da programação dificilmente chegará ao décimo quinto minuto. Pela categoria dos pesados, Gabriel Napão tenta invadir o top 10 contra o americano Stipe Miocic. Eles lutarão logo após os ex-pesos leves convertidos em penas Darren Elkins e Jeremy Stephens fazerem um duelo de estilos opostos. O card principal abre com o sempre entusiasmante Donald Cerrone contra o talentoso brasileiro Adriano Martins.

Para os fãs de categorias mais leves, o card preliminar será um prato cheio (até demais). Das sete lutas que antecedem o card principal, quatro serão de pesos galos, com mais uma no peso leve, outra no meio-médio e mais uma de peso pesado. O combate de maior destaque na porção inicial do evento tem a presença do irmão de Anthony Pettis, uma estrela em ascensão.

Como todos sabem – e o primeiro UFC do ano voltou a mostrar -, nomes desconhecidos não implicam em um evento fraco.

O card completo do UFC on FOX 10 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-leve: Ben Henderson x Josh Thomson
Peso-pesado: Stipe Miocic x Gabriel Napão
Peso-leve: Donald Cerrone x Adriano Martins
Peso-pena: Darren Elkins x Jeremy Stephens

CARD PRELIMINAR


Peso-galo: Alex Caceres x Sergio Pettis
Peso-galo: Eddie Wineland x Yves Jabouin
Peso-galo: Chico Camus x Yaotzin Meza
Peso-galo: Junior Hernandez x Hugo Wolverine
Peso-leve: Daron Cruickshank x Mike Rio
Peso-meio-médio: George Sullivan x Mike Rhodes
Peso-pesado: Walt Harris x Nikita Krylov

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 19:30 horas do Brasil e 21:30 horas de Portugal  


------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Benson Henderson (EUA) vs Joshua Thomson (EUA)

A vida de Henderson (19-3, 7-1 no UFC) ia muito bem, obrigado, com suas três defesas na categoria mais acirrada do MMA mundial quando o velho nêmesis voltou a cruzar seu caminho. Depois de tomar o cinturão na última luta da história do WEC em combate memorável, Pettis voltou a aprontar para cima do Smooth, sacando uma chave de braço do meio do nada quando parecia que o wrestling do agora ex-campeão controlaria o ímpeto ofensivo do jovem rival.

O desavisado que olha o retrospecto recente de Thomson (20-5, 3-1 no UFC somando duas passagens) apenas pelo Sherdog pode pensar que trata-se de um lutador qualquer, visto que o Punk tem 4-3 (ou 2-2). Ledo engano. Josh é um dos melhores lutadores dentre os que ainda não atingiram o estrelato. Com a carreira minada por contusões, ele ficou inativo por pelo menos um ano em mais de uma oportunidade em seu apogeu físico/técnico. Quando conseguia lutar, conquistou o cinturão do Strikeforce ao bater Gilbert Melendez, mas viu o rival lhe tomar o título e voltar a vencê-lo em resultado controverso na despedida da extinta organização. Reestreando no UFC depois de nove anos, Thomson aplicou uma sova em Nate Diaz e se tornou o primeiro a nocautear o bad boy de Stockton mais novo.

Este duelo reúne dois camaradas com bases semelhantes, embora com pequenas diferenças que podem definir o rumo das ações. Tanto Henderson quanto Thomson têm origem na luta universitária e desenvolveram belos arsenais na troca de golpes. Neste ponto é possível notar a base de Ben no taewkwondo e de Josh no kickboxing. Apesar de ambos imprimirem ritmos fortes em seus combates, esta diferença pode ser valiosa para Henderson, mais competente na missão de controlar a distância e mais forte na luta agarrada.

A melhor saída para Thomson é deixar o oponente tomar a iniciativa e usar seus jabs e chutes, principalmente mirando as pernas e a linha de cintura, para explorar as brechas que Henderson eventualmente deixa na troca de pancadas. Isto vai requerer um ótimo trabalho no jogo de pernas de Josh, fazendo com que sua movimentação permita o lançamento de chutes de ângulos variados, confundindo o adversário e dificultando a missão de Ben em se aproximar.

Caso Henderson consiga encurtar a distância e pegar Thomson no clinch, terá dado um importante passo rumo à vitória, já que sua maior força de tronco provavelmente vai minar a resistência do oponente e conduzir o Smooth a posições dominantes. Como Josh não tem uma guarda neurótica como a de Pettis, Ben terá vantagem no solo. Ainda que Thomson tenha condições de incomodar o ex-campeão, provavelmente Henderson voltará para casa com uma vitória por decisão.

Gabriel Gonzaga (BRA) vs Stipe Miocic (EUA)

A segunda corrida de Napão (16-7, 11-6 nas duas passagens pelo UFC) na organização pode ser dividida em antes e depois de Travis Browne. Nas duas primeiras lutas após o retorno da demissão, o carioca usou seu jiu-jítsu de elite para pegar Ben Rothwell e Ednaldo Lula. Após ser esmagado pelas cotoveladas de Browne, Gabriel precisou de 17 segundos para nocautear Dave Herman e 93 para enterrar Shawn Jordan.

O retrospecto recente de 4-1 de Napão no UFC é exatamente o que Miocic fez na organização (ele tem cartel geral de 10-1). Três vitórias seguidas, com dois nocautes, incluindo sobre o recentemente falecido Shane Del Rosario, fez os olhos se voltarem para o descendente de croatas. Porém, um violento nocaute sofrido perante Stefan Struve puxou o freio de mão dos analistas. A empolgação voltou com a ótima atuação no triunfo sobre Roy Nelson.

Como ambos mostraram facetas diversas em suas apresentações recentes, o desfecho deste combate pode se dar para qualquer lado. Napão é mais forte que Struve e andou mostrando poder nos punhos para novamente testar o queixo de Miocic. Este, porém, tem um jogo de pernas muito mais evoluído que o do brasileiro e o wrestling defensivo ideal para evitar que o ex-campeão na arte suave leve o combate para o solo.

Os chutes baixos serão fundamentais para Napão quebrar a vantagem de envergadura do americano e fazê-lo reduzir a movimentação na intensidade e velocidade. Caso Miocic fique à vontade em pé, socos de toda a sorte e todos os ângulos serão despejados contra a cabeça e o corpo de Gabriel. Como a tarefa de derrubar o ex-Divisão I da NCAA será árdua, o boxe de campeão da Golden Gloves deverá prevalecer, abrindo caminho para uma interrupção por nocaute técnico a favor de Miocic na metade final da luta.

Donald Cerrone (EUA) vs Adriano Martins (EUA)

O papa-bônus Cerrone (21-6, 8-3 no UFC) é um dos mais ocupados lutadores do UFC, tendo disputado onze combates nas últimas três temporadas. Com o foco variando muito, ele conquistou um brutal nocaute sobre Melvin Guillard e uma ótima atuação culminada com um triângulo contra Evan Dunham, mas demorou a “pegar no tranco” na derrota para Rafael dos Anjos e foi vítima de uma canelada na boca do estômago de Pettis.

Com sete bônus no UFC (três de luta, dois de nocaute e dois de submissão) e mais cinco (todos de luta) no WEC, Cerrone juntou cerca de meio milhão de dólares só de adicionais por performance na Zuffa. Porém, disse recentemente que não sabe economizar e que está quebrado, querendo fazer seis lutas em 2014. Portanto, sua atuação está envolta em mistério – a falta de grana pode impulsionar o talentoso Cowboy como pode ter feito sua cabeça viajar longe durante a preparação.

O amazonense Adriano Martins (25-6, 1-0 no UFC) demorou muito para chegar a uma grande organização internacional. Quando Francisco Massaranduba deixou os eventos nacionais rumo ao primeiro TUF Brasil, Adriano aproveitou a brecha para conquistar os cinturões do Jungle Fight e do WFE Platinum. Na última edição do Strikeforce, superou Jorge Gurgel, mas foi sua única luta em mais de um ano e meio. Recuperado das contusões, finalmente estreou no UFC em novembro, ao conquistar o bônus de finalização em Goiânia contra Daron Cruickshank.

Por ser um sujeito talentoso, que sabe se virar tanto em pé quanto no chão, Adriano pode se beneficiar caso o Cerrone desfocado dê as caras em Chicago – o americano disse que não sabia quem era o brasileiro quando assinou o contrato e que ainda não sabe até hoje quem Martins é. Porém, caso se apresente em suas condições técnica e física ideais, Cowboy deve conseguir explorar as brechas deixadas quando Adriano ataca e se mostrará um passo grande demais para o manauara, que deve sucumbir numa decisão forte candidata a melhor luta da noite.

Darren Elkins (EUA) vs Jeremy Stephens (EUA)

Houve um tempo em que nenhum peso pena, nem José Aldo, tinha tantas vitórias no UFC quanto Elkins (17-3, 7-2 pelo UFC). Porém, a boa fase de cinco triunfos seguidos encontrou o revigorado Chad Mendes, que precisou de menos de 70 segundos para nocautear o ex-peso leve. No retorno, passou um perrengue contra Hatsu Hioki, mas viu seu jogo de quedas e ground and pound safá-lo de outra derrota.

Stephens (22-9, 9-8 no UFC) foi outro que se beneficiou da mudança de categoria. Ele tinha três derrotas seguidas como leve e a vida particular em parafuso, chegando a ser levado preso do hotel dos lutadores no dia de enfrentar Yves Edwards. Com os problemas sanados, ele estreou como pena vencendo Estevan Payan e, em seguida, largando a canela no rosto de Rony Jason, brutalmente nocauteado em Goiânia.

No confronto de estilos opostos, quem conseguir impor seu plano deverá levar a melhor. Se Elkins resolver sair na mão com Stephens, provavelmente acordará com a lanterninha do médico em seu olho. Porém, dificilmente o companheiro de treinos de Eddie Wineland vai cometer esta insanidade, então provavelmente veremos um duelo entre as tentativas de queda de Elkins e as tentativas de Stephens de arrancar a cabeça do oponente.

Abre-se então a análise dos erros. Darren precisa insistir muito nas tentativas de quedas até conseguir o intento. Jeremy, que até veio da luta colegial, não tem a melhor defesa do mundo neste quesito – até Pettis, nem de longe um wrestler de elite, o venceu derrubando-o, mas a diminuição do peso deve melhorar sua situação na tentativa de frustrar as quedas do oponente. Por outro lado, Stephens é comumente visto agredindo o vento, lançando mata-cobras ao léu, o que pode lhe cansar em demasia. Se isto ocorrer, o resistente Elkins prevalecerá ao fim dos quinze minutos. E é exatamente este o palpite.

Antevisão original de MMA-Brasil 

-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------


O clima esquentou de novo entre Ben Henderson e Josh Thomson nesta sexta-feira, na pesagem do evento que destaca a luta entre os dois pesos-leves, em Chicago. Se na véspera Thomson fez provocações e arrancou sorrisos e respostas do adversário, desta vez Bendo não piscou e não tirou a expressão séria do rosto. Enquanto o lutador californiano sorria e se aproximava, o ex-campeão do UFC não se intimidou e encostou o nariz com o do rival, antes dos dois serem separados pelo presidente do Ultimate, Dana White.

Josh Thomson entrou com muitas roupas - boné, cachecol, casaco, camisa, até duas meias. Quando tirou tudo, marcou 70,3kg, valor exato da divisão peso-leve. Henderson entrou com um pouco menos: usou luvas e gorro e cachecol, mas dispensou o casaco. Bendo, porém, precisou ficar nu por trás das toalhas para bater 70,8kg, dentro do limite de tolerância para lutas que não valem cinturão - nesses casos, os lutadores podem ficar até uma libra (cerca de 455g) acima da marca de suas categorias. Ele ainda bebeu líquidos antes de ir para a tensa encarada.

De resto, foi uma pesagem sem muitas surpresas. O primeiro brasileiro a subir no palco foi Hugo Wolverine, que entrou usando uma camisa com o desenho inspirado no game "Angry Birds". Ele bateu 61,7kg, dentro do limite de tolerância de sua categoria, e colocou os óculos para encarar Junior Hernandez, que marcou o mesmo valor na balança. A dupla seguinte de lutadores teve o primeiro a usar um adereço para chamar a torcida para seu lado: Chico Camus, que colocou um boné do time de basquete Chicago Bulls. Ele ficou na ponta dos pés para encarar bem de perto Yaotzin Meza.

Alex Caceres foi o primeiro a pedir a cobertura das toalhas para tirar a cueca na subida à balança. Nu, o ex-TUF marcou 61,2kg, valor exato de sua categoria. Na encarada, ficou clara sua enorme vantagem em altura para Sergio Pettis: ele tem 1,75m, contra 1,68m do irmão de Anthony Pettis.

Adriano Martins foi o segundo brasileiro a subir ao palco e entrou com a bandeira de Amazonas sobre o ombro. Ele bateu 70,3kg. Em seguida, seu adversário, Donald Cerrone, entrou usando seu tradicional chapéu de caubói. Ele surpreendeu ao tirar o casaco e revelar que vestia a camisa do Denver Broncos, seu time de futebol americano de coração, que disputa o Super Bowl na semana que vem. Ele também bateu 70,3kg. Os dois riram e trocaram palavras amigáveis na encarada.

Gabriel Napão também ficou dentro do limite do peso-pesado, e vai entrar no octógono maior do que seu adversário. O brasileiro registrou 117kg na balança, contra 111,1kg de Stipe Miocic.

CARD PRINCIPAL

Peso-leve (até 70,8kg): Ben Henderson (70,8kg) x Josh Thomson (70,3kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Stipe Miocic (111,1kg) x Gabriel Napão (117kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Donald Cerrone (70,3kg) x Adriano Martins (70,3kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Darren Elkins (65,8kg) x Jeremy Stephens (66,2kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-galo (até 61,7kg):Alex Caceres (61,2kg) x Sergio Pettis (61,2kg)
Peso-galo (até 61,7kg):Eddie Wineland (61,2kg) x Yves Jabouin (61,2kg)
Peso-galo (até 61,7kg):Chico Camus (61,2kg) x Yaotzin Meza (61,2kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Junior Hernandez (61,7kg) x Hugo Wolverine (61,7kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Daron Cruickshank (70,3kg) x Mike Rio (70,3kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): George Sullivan (77,1kg) x Mike Rhodes (77,6kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Walt Harris (109,3kg) x Nikita Krylov (98,9kg)

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