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Top 10 das melhores lutas do UFC em 2013


Ao longo de 2013, o UFC promoveu 35 eventos que apresentaram grandes lutas que certamente preencherão muitos DVD`s. Não posso dizer que vi as 386 lutas que aconteceram ao longo dos últimos doze meses, mas há certamente 10 que preenchem o top das melhores lutas do ano.....

Este top não tem uma ordem em particular:

Menções honrosas

Matt Brown vs. Jordan Mein - UFC on FOX
Travis Browne vs. Alistair Overeem - UFC Fight Night
Georges St. Pierre vs. Johnny Hendricks - UFC 167
Carlos Condit vs. Martin Kampmann - UFC Fight Night
Josh Thomson vs. Nate Diaz - UFC on FOX 

Johny Hendricks vs. Carlos Condit - UFC 158 


Esta luta não vem em muitas listas de lutas do ano o que se pode atribuir a um certo esquecimento do quão boa ela foi. Em jogo estava uma oportunidade de lutar pelo título dos meio-médios na posse de Georges St. Pierre que nessa mesma noite lutava no main-event contra Nick Diaz no evento que aconteceu em Montreal.
Durante três rounds, Hendricks e Condit deram tudo. Uma combinação de potentes murros de Hendricks com uma excelente defesa e trabalho de chão de Condit. Condit suportou todos os golpes impingidos por Hendricks e respondeu de forma agressiva na tentativa de finalização quando a luta ia para o chão. O público amigável de GSP gostou de cada minuto da luta e isso tinha uma razão. O vencedor dessa luta especular que neste caso foi Hendricks, cimentou-o como um serio adversário para St. Pierre. Mesmo na derrota, Condit não saiu beliscado.

Ronda Rousey (c) vs. Liz Carmouche - UFC 157


Muitas foram as lutas em 2013 que somente tiveram um round mas nenhum se aproxima ao valor que esta teve. A especulativa para esta luta era imensa. A Rouseymania tinha chegado ao UFC e logo para estar no main-event de um PPV – algo que nunca havia acontecido no UFC - contra ela estava a força de Liz Carmouche. Os fãs de longa data queriam Dan Henderson vs Lyoto Machida no main-event mas isso não aconteceu. Quem pensavam assim ainda deve estar a bater com a cabeça na parede.

Porque é que esta luta entra no meu top? Tudo se resume ao momento em que Carmouche estava nas costas de Rousey a contorcer a sua face e dava para notar a dor aplicada. Durante alguns segundos, houve aquela sensação que o underdog iria arruinar as finanças do UFC. A ideia evaporou-se pouco depois quando Roseis aplicou o seu armbar e não deixou dúvidas a ninguém. Uma nova estrela tinha nascido e para alguns, um verdadeiro poço de problemas.

Dennis Bermudez vs. Matt Grice - UFC 157 


Na noite em que tudo estava focado na estreia de Ronda Rousey no UFC, um luta no undercard roubou o show para logo se firmar como candidata a luta do ano. Grice quase tinha apanhado Bermudez no primeiro round com um gancho de esquerda e estava a trabalhar bem em pé. Após um segundo round equilibrado, Bermudez disparou no terceiro round para uns excelentes cinco minutos. Herb Dean quase terminou a luta mas Grice manteve-se e em certas alturas parecia mais que estava num bar às 2 da madrugada do que um lutador. Ele aplicou alguns golpes mas Bermudez aplicou mais e isto tudo resultou numa das lutas mais memoriáveis de 2013. Esperemos que Grice possa recuperar e quem sabe acontecer um rematch.

Michael McDonald vs. Brad Pickett - UFC Fight Night 

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Esta luta aconteceu na estreia do UFC no Fox Sports 1. Ainda custa a crer o poder que o jovem McDonald aplicou nesta luta. Ele é sem duvidas um dos lutadores que mais duro bate nas divisões inferiores. O estratega Pickett era o adversário perfeito: experiente, rápido e no pico da sua carreira, Esta luta merece um rematch. Não foi longa mas muito interessante.

Wanderlei Silva vs. Brian Stann - UFC On Fuel 


Nesta lista poderá haver muitas lutas técnicas mas nada bate uma luta onde os lutadores sentem o cheiro do sangue e partem com tudo para cima do adversário. Depois disso, torna-se impossível prever o que vai acontecer. Todo aquele treino e planos antes da luta vão pelos ares e só o instinto de sobrevivência vale. Isto foi o que aconteceu no main-event do show na Fuel TV que teve Wanderlei Silva vs. Brian Stann. Esta luta tenho a certeza que não foi vista como deve ser por muita gente. Esta luta marcou o final da carreira de Stann e revigorou a carreira de Silva que agora o faz entrar numa rivalidade e luta contra Chael P. Sonnen.

Jon Jones (c) vs. Alexander Gustafsson - UFC 165 


Se fosse para eleger a posição cimeira desta lista, esta seria a escolhida. Lembram-se daquela discussão da altura e do alcance e Jon Jones entrar nesta sexta defesa como principal favorito e que Gustafsson não tinha feito nada nas lutas contra Thiago Silva e Shogun Rua? Jones vinha de uma luta simples contra Chael Sonenn que quase seria uma catástrofe devido a um dedo partido.

O que aconteceu foi um espectáculo digno da história do MMA. Jones e Gustafsson deram tudo que tinham em 25 minutos, um luta que colocou Jones num lugar nunca visto, a perder por pontos. Então aconteceu a virada com uma cotovelada que muda a direcção da luta para o seu lado. Muitos ainda acreditam que o sueco foi roubado na luta que perdeu por decisão unânime.

Jones subiu na consideração de muitos nesta luta e ganhou o respeito que os seus maiores haters lhe tinham. Com alguma sorte ainda veremos um rematch e onde mais uma vez os dois terão hipótese de cimentar o seu legado.

Gilbert Melendez vs. Diego Sanchez - UFC 166 


Eu gosto desta luta pela mesma razão que as restantes pessoas, aquele espectacular terceiro round que tornou as coisas especiais. Certamente que o resto da luta teve bons atractivos mas aqueles cinco minutos finais passaram a luta de uma luta entretida para um luta a ver e rever. Diego Sanchez esteve perfeito no seu papel a pedir mais castigo. Após vários anos no Strikeforce longe da fama que ele merece, Melendez recolheu os frutos desta luta mas Sanchez – um dos poucos resistentes da primeira temporada do TUF – manteve a sua aura de estrela.

Mark Hunt vs. Bigfoot Silva - UFC Fight Night 


Aqui se aplica o mesmo que na luta Melendez vs. Sanchez. Os primeiros dois rounds foram o normal de uma luta de heavyweights mas os restantes rounds levaram esta luta a um nível diferente. Dura, sangrenta, desgastante, divertida. Hunt vs Silva teve isso tudo. No final, o empate não final nada mal ao que aconteceu. Até mesmo o controlo antidoping de Silva não desmerece esta luta e só lhe tira um pouco o brilho.

Dois brigões esvaziaram o seu tanque ao longo de 25 minutos frente a um público ruidoso e deram aos fãs mais do que eles esperavam. Não se vê disso muitas vezes.

Ronda Rousey (c) vs. Miesha Tate II - UFC 168 


Depois das acções de Ronda Rousey durante e após o TUF, esta luta era vista com grande expectativa no calendário anual do UFC. A campeã era a favorita pois já tinha derrotado Tate via armbar no ano passado. Mas o que fez esta luta foi a capacidade enorme de Tate em suportar o castigo durante três rounds e chegando até colocar Ronda em perigo algumas vezes com o seu striking e chegou a escapar de um armbar. Acabaria por tombar no terceiro round perante a mesma manobra mas a cereja no topo do bolo chegou quando Rousey recusa cumprimentar Tate no final da luta e a fazer a sua viragem de personagem.

Isto estabelece Rousey para um interessante ano de 2014, pois com Anderson Silva e St. Pierre fora de jogo, será no seu starpower e nas adversárias adequadas que o UFC vai recair para vender PPV’s. Se pensaram que a Rouseymania em 2013 foi grande, então é esperar por 2014.

Anderson Silva (c) vs. Chris Weidman I - UFC 162 


Tal como muitos, eu entendia o hype de Weidman mas não lhe dava chance contra um dos melhores lutadores da história. A luta em si já por si tem lugar nesta lista e não o que resultado representa. Silva a provocar Weidman perante o desaprovo de Mike Godlberg e Joe Rogan criou uma grande história do grande lutador não levar o adversário a sério. Ele não o levou e pagou caro por isso levando a que muito se tivesse dito depois sobre isso. Isto acontece quando o melhor abusa e chega a altura que exagera.
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