2006, ontem, hoje e sempre – Um ano confuso na WWE – Parte 4 ( Final)
No
ano de 2005, a WWE criou uma série de novas estrelas. Batista, Randy
Orton, Edge e John Cena saíram muito valorizados desse ano ao nível de
main-events. Todos tinham a capacidade de elevar a WWE para uma nova
era....
O
ano de 2006 seria o ano de capitalizar essas estrelas. Se 2005 foi o
ano da criar algo de especial, o ano seguinte precisava de ser especial.
Na verdade, a WWE tinha desde era de Steve Austin e The Rock dois
verdadeiros rostos da companhia. Batista estava no Smackdown e Cena a
liderar o RAW. A suportar estes, estavam Randy Orton e Edge. Para além
disso havia ícones como Shawn Michaels, Triple H e Undertaker.
A WWE tinha elevado as estrelas certas e agora em 2006 era ano de capitalizar e valorizar.
2006, ontem, hoje e sempre – Um ano confuso na WWE – Parte 3 - O triunfo de Rey Mysterio tem um final prematuro
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O RESTANTE DO ANO
O midcard do RAW era decente com Shelton Bejamim a ter o destaque e a manter essa divisão do card de modo decente. Bejamim teve uma serie de excelente combates com Jeff Hardy, Carlito e Johnny Nitro pelo Intercontinental Title. Benjamin era claramente um grande performer e é uma pena que nunca tivesse chegado ao main-event.
Na divisão de equipas, o RAW não estava preenchido e onde os ridículos Spirit Squad tiveram na sua pose quase todo o ano os títulos de equipas. Eles enfrentaram equipas igualmente bizarras como os Cryme Tyme, Highlanders, Lance Cade e Trevor Murdoch e até mesmo o dueto estranho de Viscera e Charlie Hass. Nenhuma dessas equipas era particularmente boa no ringue e assim os combates de equipas definitivamente não tinham destaque nos PPV`s.
Talvez a gimmick mais estranha do ano foi a do Kane impostor que teve uma feud com o verdadeiro Kane. Quanto menos se falar desta rivalidade, melhor!
Outra personagem que teve um grande destaque no ano foi Umaga, que era a resposta do RAW o Great Khali do Smackdown. Exceptua-se é claro que Umaga era 100 mil vezes melhor que Khali.
A divisão feminina teve talvez o último ano de relevância com Mickie James, Trish Stratus e Lita a conseguirem ter alguns combates interessantes, Stratus iria se retirar como campeã em Setembro desse ano, tendo o seu último combate sido contra Luta no Unforgiven. Lita haveria de deixar a companhia um par de meses depois e assim Mickie James entrava em 2007 a feudar com Beth Phoenix, um das maiores Divas da companhia.
No Smackdown, a divisão de equipas era melhor que a do RAW. Paul logon e Brian Kendrick estavam no pico de forma e tinham grandes combates fosse com quem fosse. Eles tinham outras equipas secundárias de bom nível como Dave Taylor e William Regal, MNM e mesmo no final do ano, os Hardy Boys.
O midcard do Smackdown era impressionante com Gregory Helms a ter um grande reinado com Cruiserweight Title e os veteranos como Chris Benoit, Finlay, JBL e Chaco Guerrro a batalharem pelo US Title.
Os novatos MVP e Mr. Kennedy estavam também a ter um grande push e com as suas personagens a serem muito interessantes.
Como mencionado, a ECW começou em 2006. A brand começou como uma ECW original e com os primeiros shows a serem elogiados mas isso foi sol de pouca dura pois foi rapidamente transformada numa versão reduzida do Smackdown e com menos estrelas.
Tudo culminou no PPV December to Dismember que foi um verdadeiro desastre. Figura ainda como o PPV menos vendido da história da WWE que levou ao despedimento de Paul Heyman da companhia. Para alem disso matou a brand da ECW, momento esse, de que a ECW nunca conseguiu recuperar.
Ah e Mick Foley e Edge fizeram equipa quase um mês. O que foi fantástico.
CONCLUSÃO
A melhor palavra para melhor descrever o ano de 2006, é estranho!
O RAW teve como destaque o regresso dos DX, um grupo de cheerleaders masculinos no main-event de alguns PPV, os McMahons a dominarem o show e várias personagens bizarras no midcard que faziam os Spirit Squad não serem estranhos.
Cena, Edge e RVD na luta pelo título da WWE foi do mais competente que a WWE fez nesse ano.
O midcard do Smackdown era ligeiramente menos ridículo que o RAW inteiro, mas ainda assim tivemos grandes pushes de Great Khali, Mr. Kennedy, MVP e até mesmo um push doentio da nova personagem heel, King Booker.
A retomada ECW tornou-se um highlight da WWE e falhou numa questão de seis meses.
2006 foi o primeiro ano de uma nova era da WWE. Ficou claro no final do ano que a WWE tinha muita que fazer para conseguir ter três brands.
Eles precisavam dividir os seus rosters mais vezes, cortar nas gimmick ridículas e fazer com as que as histórias do main-event das três brands fossem mais interessantes e satisfizessem o público.
2006 com todas as suas falhas não deve ser necessariamente classificado como um ano mau. Não foi interessante em alguns momentos, o que é fantástico considerado dado o elevado número de gimmicks que a WWE teve ao longo do ano e fez sentir que algumas brands, principalmente o Smackdown tinha falta de starpower. O que não deveria ser o caso, atendendo ao grande número de estrelas que a companhia tinha.
Em suma, este ano será relembrado como um ano de experiência, Foi uma nova era na companhia e a WWE teria de definir o que queria ao certo nesta nova era e no que se iria focar.
2005 foi o inicio, 2006 a experimentação. Seriam os anos seguintes que iriam definir verdadeiramente este período estranho da história da WWE.
Original de L. Randall com tradução de Wolve