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Mac in Touch #82 - Main Event


Sejam bem-vindos a mais um Mac in Touch. Este chega-vos a horas (terminado à hora de almoço de quarta-feira), tal como pretendo que seja regra nas próximas semanas. Apesar de não conseguirem ser um público "ruidoso" nos últimos tempos (falo da ausência de comentários), vocês merecem-no... afinal são responsáveis pela expansão do wrestling profissional no panorama nacional.....

O tema de hoje foi tirado do Monday Night Raw da passada segunda-feira... aliás, "saí" directo do show mais popular da WWE para uma folha de Word, pelo que só vou na marca da meia-hora (fica o aviso, caso tenham existido mais desenvolvimentos em relação ao assunto versado), altura em que foi determinado o principal candidato ao título Intercontinental, Christian, após ter levado a melhor num combate de quatro homens, enfrentando Big E Langston pelo prestigiado cinto no Main Event.

Este esforço na promoção do combate e do Main Event (algo levado a cabo nas últimas semanas) gerou um "clique"... e deu em artigo. Aqui fica:

Main Event

O terceiro show semanal envolvendo as storylines da WWE, Main Event, tem sido alvo de uma grande aposta por parte da companhia, que parece ter guardado alguns trunfos de promoção do show, como uma aparição de Undertaker ou combates por títulos devidamente anunciados em pleno “horário nobre” (isto é, Monday Night Raw) da sua programação.

Na semana passada, foi gasta uma aparição no contrato do “morto”. Algo que é bastante frequente fazer-se na indústria do wrestling quando são precisas audiências, para se agradar à estação de televisão que “hospeda” o show em questão ou para a própria companhia fazer crescer uma marcar própria.

Relativamente ao Main Event, a WWE está a “jogar” para ambos os “campeonatos”, precisando de valorizar a marca “Main Event” por esta ser uma das mais frágeis das que envolvem o seu arsenal de programas e, ainda por cima, é, agora, transmitida no canal da companhia.

É normal que se queira pescar parte do público do Monday Night Raw (fatia quase total dos seus espectadores) para a WWE Network e o Main Event é um dos melhores “iscos” neste momento em termos de wrestling actual.

Posto isto, é normal que a WWE jogue “all in” nesta cartada importante da sua história e use e abuse de aparições de estrelas do passado e de combates bem preparados, normalmente com cintos à mistura...

... notam algo de errado com este parágrafo? Eu notei. Usar todos os trunfos e relacioná-los com boa preparação de combates que envolvam títulos deveria ser o que qualquer companhia faz para que haja lógica no seu produto e, consequentemente, na indústria, e não algo que se faz esporadicamente quando se está mais desesperado por audiências.

Assim sendo, foi com um misto de emoções que vi o combate pelo título Intercontinental entre Christian e Big E Langston ser vendido de uma forma bastante lógica e eficaz.

Fez-se um combate com vários homens, o que atrai logo a atenção do público. Dentro desse leque de homens, havia dois que tinham uma rivalidade acérrima até há pouco tempo (Christian e Sheamus) e os outros envolvidos eram daqueles que mais popularidade têm em determinadas fatias de mercado da WWE – Cesaro entre a Comunidade de Wrestling Online (e não só – pelos Giant Swings), e Del Rio entre a maior parte não-online do público mexicano.

Ou seja, tínhamos uma disputa com uma certa dose de popularidade, num combate que chama sempre a atenção, disputado com assinalável empenho pelos intervenientes, para determinar o candidato ao título Intercontinental.

Este arsenal de factores, ao que se acresce a confrontação entre o vencedor do mesmo e o detentor do título só pode valorizar o combate em si e deixou-me com água na boca para, hoje, ver o Main Event.

Tudo isto me deixou com um misto de emoções.

Fiquei feliz pelos pontos de credibilidade que um cinto que tanta história tem e tanto carinho recolhe conseguiu averbar, mas intrigado (quase frustrado) por não compreender como é possível que uma fórmula tão simples não foi levada a cabo mais vezes pelos responsáveis criativos da WWE.

Chega a ser triste a nossa vulnerabilidade enquanto público, porque se verifica que a lógica e a valorização de um combate é usada como um trunfo (como chamar o lenda antiga para uma promo) na principal companhia do ramo, como pudessem ser usadas apenas esporadicamente em vez de serem uma constante da indústria.
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