MMA: UFC 171: Hendricks x Lawler - Antevisão + Pesagens | Definição do novo campeão meio-médio & Hendricks quase falha o peso
A viagem do octógono mais famoso do mundo que saiu da China e vai acabar no Brasil pousa em Dallas, no Texas, para o UFC 171. O American Airlines Center, ginásio do Dallas Mavericks, da NBA, vai hospedar a disputa do cinturão dos meios-médios que Georges St-Pierre vagou em dezembro. No confronto, Johny Hendricks contra Robbie Lawler, provavelmente o encontro dos punhos mais poderosos da categoria.,,,,
O ótimo card deve apontar ainda o primeiro desafiante do novo campeão depois que Carlos Condit e Tyron Woodley medirem forças na luta coprincipal. Pela mesma categoria, um pouco atrás na corrida pelo ouro, o americano Jake Shields e o cubano Hector Lombard fazem um duelo de estilos.
Pela divisão dos leves, Myles Jury tenta comprovar sua situação de estrela em ascenção contra o veterano Diego Sanchez. Abrindo o card principal, pela categoria dos meios-pesados, o americano de raízes haitianas Ovince St. Preux bate de frente com o ex-pesado ucraniano Nikita Krylov.
O card completo do UFC 171 é o seguinte:
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Robbie Lawler
Peso-meio-médio: Carlos Condit x Tyron Woodley
Peso-leve: Diego Sanchez x Myles Jury
Peso-meio-médio: Jake Shields x Hector Lombard
Peso-meio-pesado: Ovince St. Preux x Nikita Krylov
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Rick Story
Peso-galo: Raquel Pennington x Jessica Andrade
Peso-pena: Dennis Bermudez x Jimy Hettes
Peso-meio-médio: Sean Spencer x Alex Garcia
Peso-leve: Renée Forte x Frank Trevino
Peso-mosca: Will Campuzano x Justin Scoggins
Peso-médio: Bubba McDaniel x Sean Strickland
Peso-pena: Daniel Pineda x Robert Whiteford
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Robbie Lawler
Peso-meio-médio: Carlos Condit x Tyron Woodley
Peso-leve: Diego Sanchez x Myles Jury
Peso-meio-médio: Jake Shields x Hector Lombard
Peso-meio-pesado: Ovince St. Preux x Nikita Krylov
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Rick Story
Peso-galo: Raquel Pennington x Jessica Andrade
Peso-pena: Dennis Bermudez x Jimy Hettes
Peso-meio-médio: Sean Spencer x Alex Garcia
Peso-leve: Renée Forte x Frank Trevino
Peso-mosca: Will Campuzano x Justin Scoggins
Peso-médio: Bubba McDaniel x Sean Strickland
Peso-pena: Daniel Pineda x Robert Whiteford
------------------------------------------- Countdown-------------------------------------------
O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 19:15 horas do Brasil e 22:15 horas de Portugal
------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------
Cinturão peso meio-médio: Johny Hendricks (EUA) vs Robert Lawler (EUA)
Hendricks era dono da segunda maior sequência invicta da categoria quando disputou o cinturão com Georges St. Pierre, que ostentava a série mais longa. No combate disputado no UFC 167, Hendricks foi superior numa luta muito parelha, deveria ter saído com o título, mas dois dos três juízes não quiseram que fosse assim. Apesar do resultado negativo, Hendricks saiu com o crédito de ter levado o maior terror à carreira do superastro canadense, além de ter sido escalado para disputar o cinturão vago.
Além do wrestling de alto nível e do poder do punho esquerdo, Hendricks mostrou contra St. Pierre uma característica que o coloca no patamar dos melhores do mundo: a capacidade de se adaptar ao oponente durante o combate. No primeiro round, GSP conseguiu marcar as tentativas de pedrada de Hendricks, entrando com um duck under para colocar a luta no chão. A partir do segundo round, Hendricks passou a socar mais a linha de cintura do campeão, dificultando a aproximação de Georges.
Lawler é uma das grandes histórias do MMA nos últimos tempos. Encrenqueiro, ruim de chão e muito dependente do poder de nocaute, chegou a ser tido como sem futuro. Foi contratado pelo UFC por sua capacidade de fazer lutas empolgantes. E deu a volta por cima. Desceu de categoria e se mudou para a American Top Team. Estreou aplicando um nocaute violento contra Josh Koscheck, mostrou técnica, calma e controle na troca de golpes no nocaute sobre Bobby Voelker e dominou dois de três rounds contra Rory MacDonald. As atuações e vitórias sobre Kos e Ares deram a certeza que Lawler era um lutador diferente.
Este combate tem como principal mote confrontar os dois maiores pegadores da categoria na atualidade, o que já garante boa audiência em busca de corpo estirado no chão. Mas o duelo envolve outras características interessantes. Lawler sempre teve dificuldade em defender quedas do nível das de Hendricks, apesar de ter evoluído neste campo. Por outro lado, a movimentação que Robbie mostrou em suas duas últimas lutas podem complicar Johny, que também se mostrou capaz de pegar St. Pierre em pontos do octógono.
Na troca de golpes, há um certo equilíbrio, com levíssima vantagem para Lawler. Por outro lado, Hendricks tem um recurso muito forte e bem diferente do estilo do oponente: a variação da distância tentando chegar ao clinch e às quedas. Ainda que a guarda de Lawler tenha melhorado pelo menos para permiti-lo se levantar, Hendricks tem treinado com Marcelinho Garcia, um dos magos da arte suave, e provavelmente saberá travá-lo no solo.
Quando um cara com a potência e precisão de Lawler pisa no octógono, a luta toma contornos dramáticos. Não dá para descartar a chance de Hendricks acabar como Voelker, Lindland, Manhoef e vários outros. Mas, diante de tudo o que foi elencado acima, por ter mais condição de variar o plano de luta, Hendricks deve anotar uma vitória por decisão e finalmente levar para casa o cinturão do UFC.
Peso meio-médio: Carlos Condit (EUA) vs Tyron Woodley (EUA)
Quem olha o retrospecto recente de Condit sem conhecê-lo pode pensar que a carreira entrou em declínio depois de perder duas das últimas três apresentações. Porém, é bom que se reforce que os vencedores foram GSP e Hendricks. Na apresentação mais recente, um devastador nocaute sobre Martin Kampmann fez aumentar a confiança do “Assassino Por Natureza”.
Desde que ostentava o cinturão do WEC, passando pela fase no UFC, onde foi dono do título interinamente, Condit sempre teve muitos fãs devido ao seu estilo agressivo – foram 27 interrupções em 29 vitórias – e muita habilidade e versatilidade na troca de golpes. O wrestling ofensivo não é muito usado e o defensivo já lhe causou problemas, haja vista a quantidade de vezes que St. Pierre e Hendricks o derrubaram. Porém, a guarda ofensiva e a agilidade no solo permitem que Carlos escape às vezes com poucos danos.
Desde a importação do Strikeforce pelo UFC, Woodley venceu duas das três lutas que disputou no octógono. Na verdade deveria ter vencido todas, mas os juízes deram um veredito a favor de Jake Shields. Nas outras duas, Jay Hieron e Josh Koscheck foram brutalmente nocauteados, mostrando uma nova faceta de T-Wood.
Nos tempos de Strikeforce, Woodley era considerado um dos mais monótonos lutadores da categoria meio-médio, usando sempre seu wrestling de All-American pela University of Missouri para travar os adversários na grade com o clinch ou derrubando-os e controlando-os por cima, porém imprimindo pouca ação ofensiva. No UFC, adotou uma postura mais agressiva, soltando sua enorme capacidade de nocautear – esta certamente foi uma lição deixada pelo grosseiro nocaute sofrido contra Nate Marquardt, na disputa do cinturão do extinto evento.
Será uma bela oportunidade de Woodley voltar aos velhos tempos de clinch e quedas. Se resolver provar para si mesmo que é capaz de nocautear Condit, vai sofrer. A movimentação de Carlos é muito superior às de Kos e Hieron, além da do próprio T-Wood. Mesmo que consiga derrubar, Woodley vai sofrer para reter o adversário no solo. Portanto, a previsão é de vitória de Condit por decisão ou por interrupção no terceiro round.
Peso leve: Diego Sanchez (EUA) vs Myles Jury (EUA)
Sanchez tem três vitórias nas últimas sete lutas. Duas delas foram presentes dos juízes, ou seja, seu cartel recente real deveria ser 1-6. Risco de demissão? Nem perto. O ex-Pesadelo, agora Sonho, é um dos mais empolgantes lutadores do plantel do UFC. Sua última apresentação, a derrota para Gilbert Melendez, foi apontada como uma das melhores do grande ano de 2013 principalmente por conta da reviravolta do terceiro round, motivada pela eterna capacidade de Diego andar para frente em pressão ininterrupta.
Faixa preta de jiu-jítsu com base no wrestling, Sanchez tem como ponto forte a luta agarrada. Sua trocação não é das mais técnicas, mas o alto volume de sua pressão faz com que os oponentes normalmente fiquem em situação de desconforto. Mesmo quando a técnica do adversário é superior, Diego consegue iludir os julgadores que pensam que os mata-cobras no vento estariam atingindo o alvo. Este foi o cenário da injusta vitória sobre Kampmann.
Um dos fenômenos da nova geração do MMA, Jury sofreu com problemas físicos, principalmente a grave lesão no joelho que o tirou do TUF 13. Finalmente no UFC, o lutador seguiu com seu rastro de destruição, finalizando Chris Saunders e nocauteando Ramsey Nijem. Entre ambas, passou o carro inapelavelmente em Michael Johnson, mas pela primeira vez precisou lutar mais de um round. Em sua última passagem pelo octógono, venceu Mike Ricci durante a fase negra do canadense, que fez até um lutador empolgante como Jury atuar de modo burocrático.
Com cinco finalizações na carreira, todas no primeiro round, e mais seis nocautes, sendo cinco no assalto inicial e um no segundo, Jury é agressivo, tanto jogando em quedas e ground and pound possante, quanto no jiu-jítsu bem ajustado e procurando definir logo o combate. Completando o pacote, um kickboxing bem desenvolvido e muito ofensivo.
Temos aqui uma candidatíssima a luta do ano. Dois lutadores orientados à ação, sempre em alta intensidade, com capacidade de produzir em pé e no chão. Jury tem a vantagem técnica, mas Sanchez tem a física e a da raça, ferramentas também muito importantes. Depois de quinze minutos sangrentos, com muitas alternâncias de domínio, Jury deverá sair com uma vitória por decisão apertada.
Peso meio-médio: Jake Shields (EUA) vs Hector Lombard (CUB)
Depois de uma carreira espetacular fora do UFC, com anos de invencibilidade e diversos cinturões mundiais, inclusive do Strikeforce, Shields conviveu com críticas no principal palco do mundo. Venceu Martin Kampmann de modo controverso, fez quase nada contra Georges St- Pierre, foi nocauteado por Jake Ellenberger, venceu Yoshihiro Akyiama sem brilhar, caiu num antidoping após vencer Ed Herman e voltou a vencer com controvérsia, desta vez diante de Tyron Woodley. Até que foi lançado contra Demian Maia, no estado natal do oponente, e venceu dentro da especialidade do ás da arte suave, mostrando a eficácia do american jiu-jitsu.
A vitória sobre Demian praticamente apagou todas as críticas anteriores, já que Shields finalmente havia conseguido mostrar um pouco do que o fizera famoso. Sua mescla de wrestling com jiu-jítsu de elite é uma das melhores no MMA moderno. Ele é tão bom em derrubar, controlar a oposição no solo e aplicar finalizações que minimiza muito as sérias deficiências na troca de golpes, onde mostra técnica mediana e praticamente nenhum poder de nocaute.
A trajetória de Lombard encontra algumas semelhanças com a de Shields. O cubano também teve carreira estelar fora do UFC, ostentando longa invencibilidade e cinturão mundial de primeira linha (Bellator). No octógono, venceu duas por nocautes violentos e perdeu outras duas, em ocasiões em que apresentou apatia e lentidão. A derrota para Yushin Okami, inclusive, mostra um cenário que pode se repetir no sábado.
A impressionante vitória sobre Marquardt, na estreia na atual categoria, fez com que muita gente esquecesse as duas apresentações ruins de Lombard. O faixa preta de jiu-jítsu e ex-judoca olímpico é muito bom de quedas (apesar de usar pouco) e de evitá-las (apesar de ter sido explorado por Okami), além de ser técnico e ágil quando tem o controle posicional na luta de solo. Porém, o latino-americano tem uma larga base de fãs devido às duas bigornas que carrega na extremidade dos braços. Seu jogo de pernas não é dos mais fluidos, mas é suficiente para encurralar os adversários. E quando isto acontece, é um convite para o desastre.
Não precisa de muito para supor que Shields não vai cair na esparrela de trocar socos contra um monstro como Lombard. Ainda que o americano só tenha sido nocauteado duas vezes na vida, ambas em condições especiais, ele não vai correr este risco desnecessário. Okami usou seu excelente jab para encurtar a distância de modo seguro contra Lombard. Shields também é bom neste aspecto, mas não tanto quanto o japonês se tornou. Isto significa que o americano terá que ter mais cuidado na aproximação, porque um passo em falso pode ser fatal. Porém, se conseguir grudar e levar a luta para o chão, Lombard não é tão bom quanto Demian, o que nos faz acreditar que Shields conseguirá dominá-lo pelo tempo necessário.
O rumo do combate vai depender de como Hector atuará. Se começar lento e apático como nas duas derrotas, vai voltar a ficar do lado negativo de uma decisão. Porém, se entrar com o instinto de urgência que o conduziu aos dois nocautes, provavelmente conseguirá o terceiro. E este é o palpite.
Peso meio-pesado: Ovince St. Preux (HAI/EUA) vs Nikita Krylov (UCR)
Nascido em Miami, filho de haitianos e criado na terra dos pais, St. Preux chegou a ser considerado um importante prospecto quando migrou do Shark Fights para o Strikeforce, tido como virtual detentor de cinturão. No UFC, aplicou um forte nocaute em Cody Donovan e superou Gian Villante, sparring de Chris Weidman, por decisão.
Wrestler e jogador de futebol americano nos tempos de estudante, OSP decidiu pela vida de lutador quando viu que não integraria a NFL como linebacker. Ele é dono de punhos pesados, boa capacidade de aplicar quedas e condicionamento atlético bem acima da média, mas tem deficiência ao ser colocado de costas no solo. Esta deficiência pode custar muito caro num combate contra alguém como Krylov.
Em sua curta carreira no UFC, Krylov saiu de um extremo ao outro nas duas lutas disputadas. Na estreia, perdeu para Soa Palelei numa das piores lutas da história da organização. Na segunda, plantou o pé na orelha de Walt Harris e mandou o gigante a nocaute em menos de meio minuto.
A segunda luta tem mais a ver com o real Krylov, mas agora ele terá que se testar contra o cruel inimigo chamado corte de peso. O ucraniano é um finalizador nato, daqueles que nunca viu uma luta terminar nas papeletas dos juízes – foram seis nocautes e dez submissões a favor, com um nocaute e duas finalizações contra. Ele é versado em sambô, mestre em caratê kyokushin e também em combate corpo-a-corpo, modalidade popular no leste europeu.
St. Preux tem duas possibilidades reais de perder: se for vitimado por um petardo ou se acabar por baixo numa troca de posições na luta agarrada. Porém, a diferença de preparo físico é grande a favor do americano e isto deverá ser fundamental na tarefa de manter o ucraniano na distância segura e conduzir o combate até uma vitória por decisão.
-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------
Uma surpresa de última hora quase pôs em jogo a disputa do cinturão dos meio-médios na luta principal do UFC 171, que acontece no próximo sábado. Após Robbie Lawler, um dos candidatos, bater o peso, cravando exatamente 77,1kg, Johny Hendricks subiu à balança e, para a surpresa de todos, inclusive a dele, que se mostrava muito nervoso, com as mãos tremendo enquanto seu peso era aferido, a balança acusou um excesso de 700g - ele pesou 77,8kg.
Após uma hora de muita expectativa, no entanto, o presidente do UFC, Dana White, confirmou que Hendricks conseguiu bater os 77,1kg necessários e lutará pelo cinturão. Caso ele não tivesse conseguido, apenas Lawler estaria elegível a conquistar o cinturão, caso vencesse o duelo. Se Hendricks vencesse, o cinturão permaneceria vago.
Claramente decepcionado por não ter consguido atingir o limite da categoria na pesagem oficial, Hendricks disse que estava surpreso com o peso aferido.
- Eu achei que tinha batido o peso. Vamos ver o que acontece em uma hora. Eu venho me sentindo bem, isso me motivou muito para ter o cinturão, e garanto que ele vai ser meu - disse Hendricks logo após a pesagem.
Já Robbie Lawler mostrou-se tranquilo após o ocorrido e preferiu não provocar o rival do próximo sábado, exaltando suas qualidades.
- Eu sabia que estaria aqui, sempre acreditei em mim. Hendricks é um grande lutador, um grande wrestler e possui muitas outras qualidades. Tenho certeza que tudo irá bem - disse o lutador ainda no palco da pesagem.
Além de Hendricks, outros dois lutadores não conseguiram bater o peso na pesagem oficial. Um deles foi o brasileiro Renée Forte, que ficou 900g acima do peso-limite da categoria dos leves (pesou 71,2kg, quando o limite é 70,3kg). Com a tolerância de uma libra, ou 0,455kg em lutas que não valem o cinturão, Forte teria de perder 400g também em uma hora, mas ele anunciou que não tentaria cortar o excesso de peso, e foi multado em 20% de sua bolsa, valor destinado a seu adversário, Frank Trevino. Os dois protagonizaram a encarada mais tensa da noite com , fazendo Dana White ter se afastá-los.
O outro foi o campeão do TUF 17, Kelvin Gastelum, que ficou 600g acima do limite de tolerância dos pesos-meio-médios, que é de 77,6kg. Gastelum pesou 78,2kg e também ganhou uma hora para perder o excesso de peso, e conseguiu apenas na terceira tentativa, dentro do limite de tempo estabelecido pela COmissão Atlética do Texas.
Segunda atleta brasileira a lutar no sábado, Jéssica "Bate-Estaca" Andrade, não teve problemas para bater o peso da categoria feminina dos galos e confirmar presença diante de Raquel Pennington na única luta feminina da noite.
A pesagem do UFC 171 teve algumas curiosidades: Bubba McDaniel subiu ao palco com as meias do Super-Homem e um elástico vermelho, que atirou para o público; Jimy Hettes foi para a pesagem com uma bota de cowboy verde, nomelhor estilo do Texas, estado que sedia o evento; e Justin Scoggins mostrou tanta empolgação ao subir ao palco que teve de ser contido e levado para o local aonde deveria se despir antes de ir à balança.
Outro lutador que chamou a atenção foi o sempre empolgante Diego Sánchez. O veterano peso-leve subiu ao palco regendo a torcida aos gritos de "yes!" e, após bater o peso, encarou de longe, mas duramente, o seu adversário, o invicto Miles Jury. No entanto, após a encarada, Sánchez percebeu que Jury aparentava nervosismo e disse algumas palavras para o rival, que simplesmente virou-lhe as costas e desceu do palco.
Confira os pesos dos atletas:
Após uma hora de muita expectativa, no entanto, o presidente do UFC, Dana White, confirmou que Hendricks conseguiu bater os 77,1kg necessários e lutará pelo cinturão. Caso ele não tivesse conseguido, apenas Lawler estaria elegível a conquistar o cinturão, caso vencesse o duelo. Se Hendricks vencesse, o cinturão permaneceria vago.
Claramente decepcionado por não ter consguido atingir o limite da categoria na pesagem oficial, Hendricks disse que estava surpreso com o peso aferido.
- Eu achei que tinha batido o peso. Vamos ver o que acontece em uma hora. Eu venho me sentindo bem, isso me motivou muito para ter o cinturão, e garanto que ele vai ser meu - disse Hendricks logo após a pesagem.
Já Robbie Lawler mostrou-se tranquilo após o ocorrido e preferiu não provocar o rival do próximo sábado, exaltando suas qualidades.
- Eu sabia que estaria aqui, sempre acreditei em mim. Hendricks é um grande lutador, um grande wrestler e possui muitas outras qualidades. Tenho certeza que tudo irá bem - disse o lutador ainda no palco da pesagem.
Além de Hendricks, outros dois lutadores não conseguiram bater o peso na pesagem oficial. Um deles foi o brasileiro Renée Forte, que ficou 900g acima do peso-limite da categoria dos leves (pesou 71,2kg, quando o limite é 70,3kg). Com a tolerância de uma libra, ou 0,455kg em lutas que não valem o cinturão, Forte teria de perder 400g também em uma hora, mas ele anunciou que não tentaria cortar o excesso de peso, e foi multado em 20% de sua bolsa, valor destinado a seu adversário, Frank Trevino. Os dois protagonizaram a encarada mais tensa da noite com , fazendo Dana White ter se afastá-los.
O outro foi o campeão do TUF 17, Kelvin Gastelum, que ficou 600g acima do limite de tolerância dos pesos-meio-médios, que é de 77,6kg. Gastelum pesou 78,2kg e também ganhou uma hora para perder o excesso de peso, e conseguiu apenas na terceira tentativa, dentro do limite de tempo estabelecido pela COmissão Atlética do Texas.
Segunda atleta brasileira a lutar no sábado, Jéssica "Bate-Estaca" Andrade, não teve problemas para bater o peso da categoria feminina dos galos e confirmar presença diante de Raquel Pennington na única luta feminina da noite.
A pesagem do UFC 171 teve algumas curiosidades: Bubba McDaniel subiu ao palco com as meias do Super-Homem e um elástico vermelho, que atirou para o público; Jimy Hettes foi para a pesagem com uma bota de cowboy verde, nomelhor estilo do Texas, estado que sedia o evento; e Justin Scoggins mostrou tanta empolgação ao subir ao palco que teve de ser contido e levado para o local aonde deveria se despir antes de ir à balança.
Outro lutador que chamou a atenção foi o sempre empolgante Diego Sánchez. O veterano peso-leve subiu ao palco regendo a torcida aos gritos de "yes!" e, após bater o peso, encarou de longe, mas duramente, o seu adversário, o invicto Miles Jury. No entanto, após a encarada, Sánchez percebeu que Jury aparentava nervosismo e disse algumas palavras para o rival, que simplesmente virou-lhe as costas e desceu do palco.
Confira os pesos dos atletas:
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio (até 77,1kg): Johny Hendricks (77,8 kg) x Robbie Lawler (77,1 kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Carlos Condit (77,3 kg) x Tyron Woodley (77,1 kg)
Peso-leve (até 70,8kg*): Diego Sanchez (70,3 kg) x Myles Jury (70,8 kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Jake Shields (77,6 kg) x Hector Lombard (77,1 kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Ovince St. Preux (93 kg) x Nikita Krylov (93 kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Kelvin Gastelum (78,2 kg) x Rick Story (77,3 kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): Raquel Pennington (61,4 kg) x Jessica Andrade (61,2 kg)
Peso-pena (até 66,2kg*): Dennis Bermudez (66,2 kg) x Jimy Hettes (66 kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Sean Spencer (77,1 kg) x Alex Garcia (77,3 kg)
Peso-leve (até 70,8kg*): Renée Forte (71,2 kg) x Frank Trevino (70,3 kg)
Peso-mosca (até 57,2kg*): Will Campuzano (56,9 kg) x Justin Scoggins (56,7 kg)
Peso-médio (até 84,4kg*): Bubba McDaniel (83,7 kg) x Sean Strickland (83,9 kg)