MMA: UFC Fight Night 38: Shogun x Henderson 2 - Antevisão + Pesagens | O rematch da luta do ano de 2011
O UFC retorna ao Brasil neste domingo colocando mais uma cidade em seu mapa. O Ginásio Nélio Dias, em Natal, será palco do UFC Fight Night: Shogun vs Henderson, evento que conta com diversas atrações em seu card principal.
Na luta mais importante da noite, Maurício Shogun e Dan Henderson fazem a revanche da histórica batalha do UFC 139, almejando novamente o topo da divisão dos meios-pesados....
Natal será a primeira cidade a ver todos os campeões do TUF Brasil em ação numa mesma noite. Campeão da primeira temporada nos médios, Cezar Mutante tenta a quarta vitória seguida contra o americano CB Dollaway. Lutando como leve, o campeão do TUF Brasil 2 Leo Santos mede forças com o norte-irlandês Norman Parke, vencedor do TUF Smashes. Já Rony Jason, que venceu a competição de penas da temporada inaugural do reality brasileiro, tenta se recuperar do primeiro revés no UFC. O adversário será Steven Siler.
Nos combates que completam o card principal, Fabio Maldonado e Michel Trator estarão em ação. O meio-pesado paulista fará sua primeira luta desde que passou a treinar em Natal contra Gian Villante, enquanto o leve paraense terá o russo Mairbek Taisumov como oponente.
O card completo do UFC Natal é o seguinte:
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Dan Henderson
Peso-médio: Cezar Mutante x CB Dollaway
Peso-leve: Léo Santos x Norman Parke
Peso-meio-pesado: Fábio Maldonado x Gian Villante
Peso-leve: Michel Trator x Mairbek Taisumov
Peso-pena: Rony Jason x Steven Siler
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Diego Brandão x Will Chope
Peso-médio: Ronny Markes x Thiago Marreta
Peso-mosca: Jussier Formiga x Scott Jorgensen
Peso-meio-médio: Thiago Bodão x Kenny Robertson
Peso-pena: Godofredo Pepey x Noad Lahat
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x Hans Stringer
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Dan Henderson
Peso-médio: Cezar Mutante x CB Dollaway
Peso-leve: Léo Santos x Norman Parke
Peso-meio-pesado: Fábio Maldonado x Gian Villante
Peso-leve: Michel Trator x Mairbek Taisumov
Peso-pena: Rony Jason x Steven Siler
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Diego Brandão x Will Chope
Peso-médio: Ronny Markes x Thiago Marreta
Peso-mosca: Jussier Formiga x Scott Jorgensen
Peso-meio-médio: Thiago Bodão x Kenny Robertson
Peso-pena: Godofredo Pepey x Noad Lahat
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x Hans Stringer
O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 17:00 horas do Brasil e 20:00 horas de Portugal
------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------
Peso Meio-pesado: Maurício Rua (BRA) vs Daniel Henderson (EUA)
Desde que perdeu para Hendo, em novembro de 2011, Shogun tem andado na corda bamba de resultados, vencendo duas e perdendo outras duas. Na verdade, este é o panorama de toda sua carreira no UFC: foram seis vitórias e seis derrotas. Pelo menos a última impressão foi positiva, quando aplicou um nocaute violento em James Te Huna, em dezembro.
A genialidade e agressividade de Shogun no muay thai e no boxe são largamente difundidos e debatidos. Ele é bom de quedas, tendo derrubado wrestlers de elite como o próprio Hendo e Kevin Randleman. E, apesar de ter sido finalizado num erro bobo por Chael Sonnen, Shogun também tem um chão apurado. Mas se estamos falando de alguém tão talentoso, por que os resultados recentes não reforçam a descrição? Além de um antigo problema no joelho, parece que o curitibano também sofre com o foco às vezes desajustado, como o próprio já disse. Este problema, contudo, está sendo combatido com camps na academia de Demian Maia, onde, segundo o próprio Maurício, ele é apenas mais um, com muita gente boa para ajudá-lo.
Dan HendersonA vitória sobre Shogun é histórica não só pelas proporções bíblicas tomadas, mas também por ter sido a última do astro americano. Pela primeira vez em sua carreira, Hendo encontra-se em sequência de três derrotas. Depois de se arrastar contra Rashad Evans e Lyoto Machida, o veterano também conheceu o gosto amargo de ser nocauteado, após não resistir a um ataque soviético de Vitor Belfort.
Aos 43 anos, Hendo dá cada vez mais a impressão que os tempos de glória ficaram no passado. A luta contra Shogun foi a última que ele efetivamente usou o wrestling na grade a seu favor. E, ainda assim, foi dominado pelo brasileiro nas quedas na parte final do combate. Desde então, a impressão é que ele arma a H-Bomb e passa a luta aguardando o momento exato para soltar. Contra a elite, a chance de êxito desta tática diminui muito. Inclusive a falta do wrestling dificulta o uso do jiu-jítsu lapidado pelo ótimo treinador Ricardo Feliciano.
Prever como Shogun vai se portar numa luta tem sido quase um exercício de adivinhação. Levando a última como base, caso a preparação com Demian tenha se repetido, é possível esperar um lutador em forma e focado. Se este for o caso, a aposta é em nocaute no primeiro ou segundo round. Agora, se Shogun entrar como fez em outras oportunidades no UFC, preparem-se para mais uma noite de drama.
Peso Médio: Cezar Ferreira (BRA) vs Clarence Byron Dollaway (EUA)
O campeão do TUF Brasil 1 aos poucos vai deixando para trás o peso de ser conhecido apenas como discípulo de Vitor Belfort, passando a traçar seu próprio caminho. Nas lutas oficiais pelo UFC, Mutante venceu um duelo movimentado contra Serginho Moraes, finalizou Thiago Marreta com muita facilidade e mostrou uma face de seu jogo contra Daniel Sarafian que pode ter enorme valia neste domingo.
A principal característica que Mutante mostrou tanto antes quanto durante e depois da participação no TUF foi a agressividade e o instinto matador, ambos facilitados pelo fato de ser um peso médio enorme e muito forte fisicamente. Um dos raros lutadores com base na capoeira, o paulista da Blackzilians desenvolveu um arsenal variado na troca de golpes e não costuma perder tempo quando os combates estão no chão. Na luta contra Sarafian, Mutante precisou mostrar que o wrestling também estava em dia para quebrar o ritmo do oponente na luta em pé.
A inconstância de Dollaway, vice-campeão do TUF 7, parecia ter dado uma trégua no histórico recente, até que os juízes laterais tiraram dele uma vitória sobre Tim Boetsch, em outubro. Este seria seu terceiro triunfo consecutivo, depois de bater Jason Miller e Sarafian, este numa batalha acirrada em São Paulo. Porém, levando-se em conta as atuações, é possível afirmar que CB finalmente vive uma fase positiva.
Wrestler de alto gabarito nos tempos de estudante, Dollaway desenvolveu um perigoso jogo de chão que se encaixa muito bem nas transições que ele impõe. Um problema antigo, que pode custar caro no domingo, era a exposição a golpes em pé, que tem sido minimizado nos últimos tempos, mas que Sarafian voltou a deixar exposto. Mas, no ponto de vista ofensivo, o boxe do americano hoje é mais técnico e mais bem ajustado ao planejamento na luta agarrada, ou seja, Dollaway consegue não só fazer a aproximação para o clinch como é capaz de machucar os oponentes neste processo.
Ainda que o wrestling de Mutante esteja em franca evolução, não deve ser o caso de fazer frente contra um sujeito que treina a modalidade desde criança. Porém, defensivamente, é provável que o brasileiro consiga usá-lo para manter o combate em pé, na média para a longa distância. Se Mutante conseguir este intento, provavelmente ele anotará um nocaute no segundo round.
Peso leve: Leonardo Santos (BRA) vs Norman Parke (NIR)
Durante o TUF Brasil 2, Santos lutou contra a desconfiança para alcançar a final – inclusive só chegou lá devido à contusão de Santiago Ponzinibbio, que o havia derrotado em uma das semifinais. Porém, o cenário mudou após um camp completo de treinos na Nova União, capitaneado por André Pederneiras. Com uma ótima estratégia e decente implementação, ele quebrou a agressividade de William Patolino e não encontrou dificuldade para finalizar o jovem oponente no segundo round, conquistando assim o contrato de seis dígitos com o UFC.
Leo agora volta à divisão dos leves, mais condizente com seu tipo físico. Ele é um faixa preta de jiu-jítsu muito talentoso e versátil no chão, com botes precisos para encaixar finalizações, mas historicamente apresentava deficiência na troca de golpes. Santos evoluiu neste quesito: embora seu jogo de jab-direto-chute baixo seja um tanto quanto simplório, mostrou-se eficiente contra Patolino.
Norman ParkeO trajeto de Parke no UFC guarda algumas semelhanças com o de Leo Santos, embora o norte-irlandês tenha feito mais lutas que o brasileiro. Na campanha do título do TUF Smashes e na vitória posterior sobre Kazuki Tokudome, o jogo de pressão no clinch e no solo foi o carro-chefe. Na terceira luta oficial, a vitória sobre Jon Tuck, Parke mostrou que também sabe boxear, mesclando muito bom jogo de pernas com combinações num ritmo muito forte.
Ainda que a maioria de suas vitórias tenham sido por submissão, o ex-judoca não tem o nível do oponente na luta agarrada. Por outro lado, evolui em passos mais largos na troca de golpes, o que o deixará em posição de vantagem no combate. Se Leo decidir derrubar e trabalhar o jogo de solo, terá que suplantar o alto volume de Parke em pé e ainda se arriscar no clinch, correndo o risco de cair por baixo do ground and pound. Mas o mais provável é que o europeu controle o ritmo do combate com o kickboxing, deixando Leo Santos ocupado o tempo inteiro até vencer por decisão dos juízes.
Peso Meio-pesado: Fabio Maldonado (BRA) vs Gianpiero Villante (EUA)
Muitos estariam na corda bamba (ou demitidos) em caso de três derrotas consecutivas no UFC. Não é este o caso de Maldonado. Mesmo nas derrotas para Kyle Kingsbury, Glover Teixeira e Igor Pokrajac, o Caipira de Aço mostrou raça sobre-humana, enorme capacidade de absorver punição e um ritmo ofensivo empolgante. Depois da série negativa, Maldonado conseguiu duas vitórias seguidas, ainda que a sobre Joey Beltran tenha contado com um pouco de boa vontade dos julgadores em Barueri.
O paulista tem praticamente emprego garantido no seu papel de “Forrest Griffin dos trópicos”. O boxe, muito mais técnico que o do ex-campeão, é lançado num volume assombroso e com ótimo índice de aproveitamento de golpes. Maldonado também varia bem as combinações, sendo um dos melhores na arte de minar a resistência da concorrência com pancadas na linha de cintura. A capacidade de ser golpeado, superior à de Griffin, permite que ele fique confortável na maior das pancadarias alucinadas na curta distância. Porém, é exatamente neste ponto que reside uma grande dificuldade do Caipira de Aço, que costuma ceder no clinch e nas quedas.
Gian VillanteImportado do Strikeforce com três vitórias consecutivas nas últimas lutas, Villante chegou no UFC com expectativa de bom futuro, mas sucumbiu logo na estreia diante de Ovince St. Preux. Na apresentação seguinte, chegou a ficar em apuros contra Cody Donovan, mas mostrou brios para virar a luta e conseguir o nocaute no segundo round.
Amigo de longa data e ex-parceiro na equipe de luta na Hofstra University do campeão dos médios Chris Weidman, Villante tem capacidade exata de dificultar a vida de Maldonado, já que o americano é eficiente no clinch, bom de quedas e de pressionar os adversários no ground and pound. A esperança do brasileiro é que Gian não é exatamente inteligente taticamente como seu amigo: não foram poucas as vezes em que ele se meteu em quebra-paus no meio do cage, muitas vezes ficando em dificuldade.
Por se expor demais na troca de golpes, aceitar a pancadaria franca com Maldonado será um convite para a tragédia para Villante. E não tenha dúvida que esta vai ser a abordagem do brasileiro. Porém, para obter êxito, o ex-boxeador profissional terá que se manter em distância suficiente para não ser capturado no clinch. Como o americano tem condicionamento atlético privilegiado, ele poderá quebrar a distância, usar uma transição rápida, controlar Mandonado no solo e vencer por decisão. Mas esta luta é tão equilibrada que o palpite pode sair no cara ou coroa. E a moedinha caiu com a face de Maldonado para cima, indicando que o brasileiro vai chegar ao nocaute técnico no terceiro round.
Peso leve: Michel Prazeres (BRA) vs Mairbek Taisumov (RUS)
O paraense Trator chegou ao UFC como um invicto meio-médio dando um calor tremendo em Paulo Thiago, apesar de ter saído com a derrota. Ele ficou bem na fita com os patrões, baixou de categoria e fez dois bons rounds contra Jesse Ronson até ver o ritmo cair no terceiro. Por sorte, o começo da luta havia sido suficiente para uma vitória por decisão.
Da mesma linhagem física de Toquinho e Hector Lombard, baixos e muito fortes, Trator é um faixa preta de jiu-jítsu que usa seus atributos corporais para impor um jogo forte nas quedas e no controle posicional por cima, onde mescla ground and pound com movimentação sufocante em busca de uma finalização. Porém, como se viu em algumas ocasiões, especialmente nas duas lutas pelo UFC, o reservatório de gás é curto, o que pode lhe trazer problemas no combate.
Ainda desconhecido de boa parte dos fãs do lado de cá do Meridiano de Greenwich, Taisumov ainda teve o azar de estrear no UFC na primeira transmissão na plataforma digital Fight Pass. Ou seja, quase ninguém viu. Como o canal Combate passou o evento de Cingapura ao vivo, os brasileiros puderam perceber que o checheno radicado na Áustria é talentoso na vitória sobre o também estreante Bang Tae Hyun.
Taisumov mostrou um leque bem diversificado de opções ofensivas. Aplicou boas quedas, com direito a um belo uchi-mata para quem é oriundo da luta olímpica estilo livre, mas chamou mesmo atenção na troca de golpes, quando lançou seus punhos em alta velocidade, sempre com más intenções, e aplicou chutes de toda sorte, principalmente os que alvejavam o corpo.
O oponente original de Taisumov era Gleison Tibau, mas o potiguar se machucou. Trator tem o tipo físico parecido com o de Tibau, além da abordagem semelhante em busca das quedas. Porém, o lesionado é superior na troca de golpes e este deficiência deverá custar caro ao paraense. Em seu histórico pela M-1 Global, Taisumov mostrou-se competente na tática do sprawl-and-brawl, a de defender quedas e responder com fogo pesado. Mesmo a força física de Trator pode ser relativizada pelo checheno, que estava se preparando para enfrentar outro monstro. Assim, a expectativa é que Taisumov controle o ritmo e a distância, vencendo por decisão ou até mesmo com um nocaute no terceiro round, caso Michel volte a cansar.
Peso pena: Rony Mariano (BRA) vs Steven Siler (EUA)
Dentre as várias serventias do TUF Brasil 1, uma das mais importantes foi mostrar ao país o talento de Jason. A Globo transformou o cearense em ídolo nacional graças ao foco mostrado durante a temporada e o estilo agressivo, sempre em busca de acabar os combates. Depois do título, o nocaute sobre Sam Sicilia e a finalização sobre Mike Wilkinson fizeram a empolgação aumentar a ponto de o próprio lutador pedir para enfrentar o Zumbi Coreano. Sean Shelby achou que o passo era largo demais e o escalou contra Jeremy Stephens. Resultado: um canelaço fez Jason cair nocauteado.
Jason é um peso pena que se move como um pesado, muito plantado, mas que tem uma pegada compatível com muitas categorias acima da sua. O enorme poder de nocaute é facilitado pela capacidade de absorver pedradas (a de Stephens, contando com o fator surpresa, teria derrubado qualquer outro). Mas o que deverá deixar o lutador da Pitbull Brothers e Team Nogueira em vantagem é seu jiu-jítsu matador, principalmente quando cai por baixo.
Super Siler tinha uma vitória sobre Cole Miller e uma derrota para Darren Elkins em suas mais importantes lutas no UFC, até que aplicou um belo nocaute sobre o ex-campeão do WEC Mike Brown e finalmente ganhou respeito. No combate seguinte, saiu na mão com vontade contra Dennis Bermudez, mas acabou justamente derrotado na decisão dos juízes.
O lutador oriundo do TUF 14 conta com um estilo agressivo, de muita movimentação, competência na guarda e nas transições de solo. Mostrou poder de nocaute e capacidade de capitalizar erros do oponente contra Brown, mas sucumbiu à pressão das quedas de Elkins.
Como derrotas trazem aprendizado, Jason deve adotar uma postura mais tática neste combate. Como o ritmo de Siler em pé é superior ao seu, Rony deve apostar em passadas laterais para pegar o adversário em posição inesperada, abrindo espaço para seus perigosos contragolpes, especialmente o cruzado ou o direto de direita, fazerem o serviço de mandar o americano ao solo atordoado. Se isto acontecer, disparem o cronômetro, pois a finalização do faixa preta não deverá demorar.
-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------
Diante de um público muito empolgado e que gritou demais pelos brasileiros em Natal, Maurício Shogun e Dan Henderson bateram o peso da categoria dos meio-pesados no Ginásio Nélio Dias, na tarde deste sábado, e confirmaram a esperada revanche para domingo. O americano surpreendeu ao pesar 91,6kg de calção, bem abaixo do limite (93,4kg para lutas em que não há cinturão em jogo), enquanto o brasileiro cravou 93kg. Os dois mantiveram distância na hora da encarada e se cumprimentaram cordialmente, assim como já havia acontecido no primeiro duelo, em 2011, quando Hendo derrotou o curitibano por pontos.
O único a não bater o peso foi o peso-médio Ronny Markes, que enfrenta Thiago Marreta. Ele bateu 86,2kg, quando o limite é de 84,4kg. O brasileiro tinha direito a uma hora para perder o peso excedente, mas desistiu e foi multado em 20% da bolsa.
No coevento principal, o peso-médio americano CB Dollaway bateu 83,5kg, enquanto Cezar Mutante pesou 83,9kg. O brasileiro fez coração para a torcida e foi muito aplaudido. Na encarada, ele botou o punho no pescoço do americano, que levou na esportiva e apenas sorriu. O mesmo aconteceu com Jussier Formiga, que, embalado pelo público local, fugiu de seu habitual e botou o punho no peito de Scott Jorgensen. A reação foi igual à de Dollaway.
Diego Brandão, que não tinha batido o peso em sua última luta, desta vez cumpriu a tarefa e ficou até abaixo da marca. Ele fez encarada séria, porém respeitosa com o gigante Will Chope, que juntou as mãos como se estivesse rezando. Contra Rony Jason, Steven Siler entrou com a cueca do Super Homem. Os dois fizeram uma encarada tranquila. Já Michel Trator e Mairbek Taisumov colaram os rostos, mas se cumprimentaram normalmente.
Pepey, que foi o primeiro brasileiro a subir no palco, fez uma encarada tensa, bem ao seu estilo, com Noad Lahat. Os dois trocaram olhares tensos, e o oponente encostou o punho no peito do brasileiro. Na pesagem de Francimar Bodão, houve uma pequena demora pelo fato de o UFC ter esquecido a toalha. O lutador ficou nu, e um cartaz serviu de improviso. Ele marcou 92,5kg e provavelmente bateria o peso mesmo com o calção.
Veja a seguir os pesos de todos os lutadores em Natal:
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Maurício Shogun (93kg) x Dan Henderson (91,6kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Cezar Mutante (83,9kg) x CB Dollaway (83,5kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Léo Santos (70,3kg) x Norman Parke (70,8kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Fábio Maldonado (92,1kg) x Gian Villante (92,5kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Michel Trator (70,3kg) x Mairbek Taisumov (70,3kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Rony Jason (65,8kg) x Steven Siler (66,2kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-pena (até 66,2kg): Diego Brandão (65,3kg) x Will Chope (66,2kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Ronny Markes (86,2kg*) x Thiago Marreta (83kg)
Peso-mosca (até 57,2kg): Jussier Formiga (56,7kg) x Scott Jorgensen (56,7kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Thiago Bodão (77,1kg) x Kenny Robertson (77,6kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Francimar Bodão (92,5kg) x Hans Stringer (92,5kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Godofredo Pepey (65,8kg) x Noad Lahat (65,8kg)