Slobber Knocker #94: Rescaldo do Lockdown
Dou-vos as boas vindas a um Slobber Knocker de tema comum,
de pouco risco e que pouco se estende na procura de algo verdadeiramente
diferente e menos usual. Seguindo o meu compromisso de abordar os PPVs grandes
das principais companhias, a primeira paragem da TNA este ano volta a pertencer
ao Lockdown, PPV que este ano voltou a decorrer inteiramente dentro da jaula....
Introduzo dizendo que de modo geral foi um bom PPV e recordo
vários bons momentos assim como alguns momentos de emoções mistas, que vou ter
que deixar o tempo passar para saber se acho que foram realmente bons ou não. A
melhor maneira de ver como olho para o evento de forma precisa é analisando os
combates um a um. Se já abriram o artigo sabendo o tema, agora conseguem manter
a leitura até ao fim.
The Great
Muta, Sanada e Yasu derrotam Bad Influence (Christopher Daniels e Kazarian) e
Chris Sabin
Propósitos muito simples, os deste combate: dar a mostrar a
parceria internacional da TNA com a Japonesa Wrestle-1, brincando com o
entusiasmo de termos um combate interpromocional; dar a conhecer o novo Campeão
da X Division que, ou estou tolo e distraí-me no passado Impact Wrestling e
ando desatento aos updates online, mas nem sabia de tal; ter onde colocar os
indispensáveis Bad Influence; apresentar o lendário Muta.
Olhando para esse plano, foi o combate certo para abrir, sem
que necessitasse de se esmerar como um dos combates mais espectaculares da
noite, mesmo que tivesse ali talentos para criar um spotfest de deixar o mais
comum mortal de olhos trocados. Sanada parece prometer como X Division Champion
e aparenta ter tudo no sítio. Já Muta, não pode propriamente ser o mesmo Muta
que construiu um enorme legado, ganhou todos os títulos mundiais que hoje
guarda com orgulho e pasmou tudo e todos. Estamos em 2014, é um Muta mais
velho, que não faz tudo o que fazia antes, mas faz suficiente para dar e
aguentar um espectáculo. E era com essas demonstrações que ele respondia aos
pedidos do público de Miami que cantava “We want Muta” quando este não era o lutador
legal. Mas houve fluído verde a cegar adversários, logo até temos muito do que
importa.
O combate teve um desenrolar natural e mostrou boa química e
entendimento entre os lutadores Americanos e os Japoneses e correspondeu ao
hype que se costuma dar a combates interpromocionais como este: o entendimento
entre os competidores. Tinham os wrestlers correctos para criar um spotfest
exaustivo mas, mesmo exibindo dotes atléticos acima da média, preferiu uma
exaltação mais calma para um combate de abertura e com a qualidade e entusiasmo
suficientes. No final, os visitantes saem vitoriosos para lhes dar as
boas-vindas na parceria e para deixar o esperado ícone do wrestling Japonês
sair por cima, na sua visita de uma noite.
Agora espero que se encontre rápido uma história para os Bad
Influence, que esta dupla não é propriamente daquelas que podem desleixar e
deixá-las sem algo para fazer. Analisando algumas reacções e as suas
participações em edições do “One Night Only”, até parece que a Face Turn seria
bem recebida. Estaremos cá para ver e certamente estaremos cá para ver o
promissor novo X Division Champion e as visitas da Wrestle-1 à Impact Zone...
Samuel Shaw derrota Mr. Anderson
Este combate apenas seria vencido com a saída da jaula. E
este Samuel Shaw conseguiu tornar-se uma das personagens mais interessantes que
a TNA conseguiu arranjar nestes últimos tempos. O “creepy bastard”, como lhe
chamam carinhosamente, apresentou-se com segmentos a apresentá-lo como um
doentio stalker de Christy Hemme. E Mr. Anderson foi o primeiro adversário que lhe puderam
arranjar, amanhando rapidamente um propósito – uma gimmick destas não tem logo
um adversário, apenas um adereço, que neste caso era Hemme.
Tenho gostado bastante de ver os segmentos televisivos com
este lutador que antes era um lutador genérico aspirante a jobber. E ele
mostrou uma personagem interessante até ao momento do combate, em que ameaça
atirar-se do topo da jaula, caso não tivesse Christy Hemme por perto. Restava a
Anderson dar-lhe a sova que merecia, mas para isto estar bem feito, Shaw tinha
que sair bem feito. E não só foi isso bem feito como o combate foi bookado de
forma inteligente.
Desde o clássico bump do árbitro, cuja única função era
abrir e fechar a porta e ver quem chegava primeiro ao exterior, à exploração
dos buracos na jaula para as câmaras – se aqui eram maiores para as
circunstâncias é que não sei, não me recordo. Aproveitando o árbitroa dormir um
sono, Anderson escapa sem ver a sua saída validada, apenas dando a Shaw a
aberta para puxar Hemme para dentro da jaula através do tal buraco para a
câmara, fazendo com que Anderson regresse à jaula, salve Hemme e se distraia
para ficar ele a dormir. Aqui Shaw já pode sair normalmente para vencer.
Como foi um combates destes, orientado para o storytelling,
não precisava de ser um tão grande espectáculo de wrestling. Não foi. Mas
também não necessitava. Tinha apenas que entreter, contar uma boa história,
tocar em pontos lógicos e tomar partido de outros pontos anteriores da história
e colocar o “creepy bastard” over. Fizeram tudo. Veremos o futuro para Shaw,
agora que ele deixou os calções de banho. Uma gimmick sempre a girarà volta de
Christy Hemme? Novos alvos? Veremos.
Tigre Uno derrota Manik
Os propósitos deste combate também eram muito simples e não
era dos que aqui estavam para acrescentar muito ao card. O propósito era
apresentar Tigre Uno, nova contratação, ao público fã da TNA, num combate com
um da casa com um estilo semelhante. Não carregava qualquer psicologia porque
não a tinha nem tinha onde a ir buscar. Seria apenas um spotfest.
E assim foi, um combate que serviu para que os fãs de
wrestling rápido e aéreo pudessem divertir-se com uns spots porreiros. Não
consta entre os combates mais recordados da noite. O que se retém daqui é que
pode vir agora uma renovação na atenção prestada à X Division. Tigre Uno parece
ser uma boa adição e ainda temos os lutadores Japoneses vindos da Wrestle-1, de
onde já se extraiu o Campeão actual. E este combate serviu para cimentar que,
com estes dois e mais alguns a fazer parte da festa, vai haver mais disto.
Daqui para a frente é isso que espero de Tigre Uno. Que seja
uma força dominante na X Division e que esta obtenha mais atenção. Não sei se
criarão muitas histórias ou se basearão a divisão mais à base do wrestling e de
spots e contando todas as suas histórias no ringue. Tendo em conta as dimensões
de algumas das personagens – incluo aí o próprio Tigre Uno – prefiro que seja
assim. Mas que se dê mais atenção ao título pelo menos e que não se espero pelo
Verão, pela altura do Destination X, para que o Campeão utilize a “Option C” e
seja o único momento em que a divisão importa um pouco...
Gunner
derrota James Storm num Last Man Standing
Na minha muita humilde opinião, estava aqui o combate da
noite. Mesmo que tenham havido mais combates de qualidade, sinto que foi este o
que mais se destacou. E acho que foi um grande passo para dar credibilidade a
Gunner. Eu próprio, não lhe tiro qualquer valor, mas não espero algo de
extraordinário dele e aqui apresentou algo de qualidade elevada e poderá
iniciar um legado muito mais sólido que aquele tremido que tem arrastado até
agora.
Quanto à feud, agora não tenho razão de queixa pois agora
sim estão os papéis bem definidos. Quando a equipa se separou, não se sabia de
que lado ficar e nenhum deles parecia virar Heel – ao mesmo tempo que parecia
que tanto um como outro pendiam para esse lado. Para piorar as coisas ainda se
reconciliaram, o que podia tornar a feud anterior inútil. Mas afinal tudo para
que Storm definitivamente virasse Heel. E tem-se saído muito bem nesse seu
trabalho e tenho gostado deste Storm.
Tão Heel que até luta de calças, o “cowboy” apresentou um
estilo de luta mais sujo que o volta a aproximar do ex-parceiro nos Beer Money,
e que resultou para este combate e que ajudou para que Gunner “levantasse” o
seu jogo. Começaram também de forma inteligente, começando a brigar fora da
jaula, de modo a poder levar armas para dentro do ringue. É um combate Last Man
Standing, essas coisas dão sempre jeito e não é costume ser dentro de uma jaula
onde isto está inacessível. Mas eles lá se abasteceram antes de se fechar na
gaiola a andar à porrada. Que era isso que este combate devia ter: porrada.
Havia muito heat entre estes dois parceiros e é assim que se cimenta sempre uma
feud pessoal. E é um combate “Last Man Standing”.
Souberam trabalhar bem a exaustão de ambos os atletas –
Gunner ganhou por um segundo e com auxílio da cadeira – e os spots violentos. O
Superplex para as duas cadeiras – de forma segura, sem que houvesse total
contacto com as cadeiras – foi o spot que mais marcou e se até fez Mike Tenay
vender o momento... É porque foi alguma coisa. Combate agressivo e com boa
psicologia entre dois lutadores que parecem estar a dar mais nas vistas como
adversários do que como parceiros. Ainda o destaco como o favorito do evento.
Para o futuro, fico curioso, pois não sei bem o que se segue
mas acho que possa ser bom. Talvez ainda haja algo mais entre estes dois. Mas
acho que esta vitória foi importante para dar destaque a Gunner e deixá-lo over
para seguir para planos maiores – foi muito tempo que ele esteve na prateleira
do esquecimento. Já James Storm, estou para ver o que podem fazer com ele após
a Heel Turn, o certo é que tenho gostado deste “cowboy” mais “asshole”...
Madison Rayne derrota Gail Kim pelo Knockouts Championship e
retém o título
Uma das principais coisas apontadas para este combate era de
que já não é a primeira vez que estas duas se enfrentam. Até já tiveram muitos
combates e recentes para que não haja grande especialidade neste combate para
se destacar como combate de PPV. Outra coisa é que talvez não houvesse muito
por onde variar e havia uma chance de ambas lutarem o mesmo combate que antes.
Realmente não se distinguiu assim tanto dos outros, para além do factor da
jaula. Mas com o wrestling feminino ainda na sua fase empobrecida, tem que se
aproveitar tudo e estas duas ainda conseguiram dar um combate em condições.
Para Gail Kim isso já não é novidade. E ela voltou a dar
espectáculo à sua maneira, recorrendo até aos bumps, como ela por vezes gosta
de fazer. Lei’d Tapa não foi um factor assim tão importante, tendo em conta a
estrutura de aço que a separava das competidores e que a impedia de fazer
alguma das tortas para influenciar o combate. Apenas teve um breve momento ao
fim que pouco acrescentou.
Desenvolveram bem o combate, aproveitaram-se de serem moças
rijas que ainda sabem usar a jaula para sua vantagem e souberam trocar e
balançar os spots. Podia ter levado mais psicologia entre duas adversárias que
já têm uma história de amizade-para-rivalidade longa e de há muito tempo. Mas
ao fim pôde superaro satisfatório e até seguiu bem o combate de alta qualidade
que foi o “Last Man Standing” entre Storm e Gunner. Se não deu espaço a
distracções, está cumprido, mesmo que não seja um dos combates mais recordados
de uma ou da outra no futuro.
Fica por saber o que decorrerá na divisão de Knockouts,
agora com Madison Rayne ainda a Campeã. O que fazer com Gail Kim, se começarão
já a trabalhar os seus problemas com Lei’d Tapa para separar a dupla. Qual a
próxima adversária de Rayne, se será Tapa ou se já se verá de mãos cheias com a
caloira Alpha Female, ou se esta mesma monstruosa Alemã ainda tem problemas a
resolver com Velvet Sky. E também nos falta saber se o Chris Sabin continuará
na divisão de Knockouts, porque a vida dele tem sido isso...
Magnus derrota Samoa Joe por KO pelo World Heavyweight
Championship e retém o título
Se colocarmos de parte o facto de que aconteceu esta mesma
defesa de título na mais recente edição do “One Night Only”, com o tema
“#OldSchool” – que teve tanto de “old school” como uma hashtag no nome – isto
levava grandes e fortes implicações. Já foram parceiros e juntos se tornaram
Campeões Tag Team. Separaram-se e já rivalizaram à volta do TV Championship –
R.I.P. – num palco grande. Voltaram a reunir-se nos Main Event Mafia e nova
Heel Turn para que voltassem a rivalizar, desta vez com o título Mundial à
baila. Foi o passo natural e havia hype para um combate destes.
O decorrer do combate também teve um bom procedimento. A
estipulação de “Joe’s Rules”, que faziam um combate de submissão basicamente,
foi bastante explorada e já nos dava a entender, pelo ênfase dado às únicas
formas de vencer, que ia haver artimanha da grossa – até o próprio Maffew da
Botchamania afirmou o mesmo. Ao longo do combate, foi bem vendida a
vulnerabilidade de Magnus, com um adversário como Samoa Joe e com regras que o
favorecem. Sempre fornecendo-lhe abertas para que ainda demonstrasse alguma força,
lá porque dizem que é “de papel”, o homem ainda é suposto ser um Campeão e era
vendido como a próxima “big thing” antes de virar Heel, logo não podiam
esquecer isso.
Também deram um toque mais violento à coisa para vender todo
o heat que havia entre estes dois ex-parceiros que tornaram a rivalidade em
algo mais pessoal do que apenas um combate por um importante título. Com isso,
já estavam os dois lutadoresa sangrar, graças ao aço que os rodeava. Mas todo o
seu combate se desenvolveu de forma calma. Sempre com pontos altos, mas sem
exagerar na exaltação e sem tornar aquilo num spotfest, que até seria
desnecessário. Estava a ter o ritmo certo e até estava a ser bom. Mas
entretanto chega aquele final.
Lembram-se do início do artigo em que disse que tinha
momentos com emoções mistas? Aqui está um caso. A parceria em si, a que se deu
no final do combate, é aquela parte a que terei que dar tempo para ver o que
daí sairá. O momento final é que ainda não me convence. Que nem um filme de
terror, vemos um braço a sair do concorrido espaço que se encontra debaixo do
ringue – os mais atentos já deviam estar a ver algo a querer sair do chão e
outros já estavam a pensar porque é que a câmara não se focava nos dois
lutadores, ficando aquele espaço livre sem ninguém – e a puxar Samoa Joe para
os confins do Inferno, ou saberá Pepe o que era. Pelos cantos de “bullshit”, já
dava a entender que a plateia também levou a mão à testa porque já estavam a
trabalhar um final “daqueles”. Menos mal, Joe ainda regressou, com cara de quem
também não gostava daquele final e ataca Magnus, até ser atacado pelo
homem-mistério que vinha de baixo. Abyss – já o braço era reconhecível – que
parece ter mais confiança e auto-estima para andar sem máscara agora, ataca Joe
com a sua arma predilecta e permite a Magnus ganhar por um KO causado por uma
falsa submissão.
Magnus não saiu forte nisto e continua a parecer um “paper
Champion”, a aliança com Abyss ainda é algo que teremos que ver no que dá e não
é daquelas coisas que promete algo bom de imediato e... Foi um daqueles finais
demasiado trabalhados. Finais com interferência já são normais e há alguns que
se aceitam e bem – o reinado do Magnus tem sido disso – mas com demasiadas
questões e artimanhas que causam cantos de “bullshit”. Chega a manchar porque o
combate até estava a ser bom.
Daqui para a frente, lá está, espero para ver o que virá.
Samoa Joe deve querer ajustar contas com Abyss e criar feud já aí, sem deixar
de tiraros olhos de Magnus e do seu título. A antiga aliança entre Abyss e Eric
Young também pode entrar em conta aqui – já entrou num breve segmento de
backstage – e é a parte que eu mais possa gostar daqui: Eric Young atrás do
título Mundial. Para mim, é um lutador mais que legítimo para isso, eles só têm
que saber vendê-lo como tal. Mas o Magnus anda a precisar é de umas vitórias
mais a sério...
Team MVP (MVP, Davey Richards, Eddie Edwards e Willow)
derrotam Team Dixie/Roode (Bobby Roode, Austin Aries, Robbie E e Jessie
Godderz) no Lethal Lockdown pelo controlo da companhia
Um “Lethal Lockdown” nunca engana ninguém. É suposto ser um
spotfest. E até o resultado era previsível desta vez, olhando para a história.
Mas ainda é um combate aguardado. As surpresas que guardavam também não eram
assim tão surpreendentes, como é o caso de Willow, cuja estreia foi abordada
com a ironia de que “parecia familiar” e que as suas tatuagens tinham algo
“charismatic”. Se fossem só as tatuagens... Eu só estava confuso por ver as
vinhetas do Willow e o Jeff Hardy promovido como integrante no combate. Mas
desde o momento em que a Dixie “barra” o Jeff já sabia o que se ia passar.
Até a Turn de Bully Ray não foi assim tão previsível. Em vez
disso, apenas deixou Dixie vista como não muito inteligente – algo que ela tem
tendência a fazer com regularidade e facilidade. Mesmo que ao fim do reinado do
ex-líder dos Aces & Eights eles já fossem aliados, já não há Aces &
Eights, não há título que interesse a Bully Ray e o seu objectivo antes disso
era o de destruir a companhia que ainda estava a cargo de Dixie Carter. Apenas
ficou algo confuso por ter sido retirado do saco do nada e também não deixou a
equipa vencedora tão bem vista porque foram eles a precisar de ajuda para
vencer, quando costumava ser o contrário – mas até fica aqui um pouco de
variedade.
Mais uma vez com um final semi-amanhado e um futuro que
tenho que ver no que possa dar – não me importo com uma Face Turn de Bully Ray
desde que ele não ande para aí a pedir gente em casamento – o combate teve os
seus bons momentos. Conseguiram fazer a equipa de MVP parecer vulnerável. E até
alguns spots interessantes. A entrada de Willow é que não parece ter corrido
tão bem – mal teve reacção e acho que se espetou no chão com mais força que o
que devia e ficou a impressão que os que estavam cá embaixo deviam tê-lo apanhado
melhor. E temos que notar que Dixie não se parece ter ralado assim tanto com
ter Jeff Hardy no ringue.
Mas souberam dar bem uso aos spots que este combate requer – os Wolves a encartar os Bro Mans nas latas foi algo bonito de se ver e de se
rever. A entrada de Willow foi bem pensada mas não tão bem decorrida. Já
tivemos as armas penduradas no tecto, como era tradição e , graças à ajuda do
árbitro convidado Bully Ray, até mesas para toda a família houve – que viram o
seu uso após o combate. Quiçá sofrendo das mesmas questões de “overbooking” que
o outro main event pelo título Mundial, ainda conseguiu ser um bom combate e
selou um PPV que se apresentou como geralmente bom.
Agora temos aquilo que já todos estavamos à espera – MVP
controlará as acções em ringue e trabalhará como General Manager, para termos
ordem instalada por uma figura de poder Face. Quanto aos perdedores, temos que
prestar mais atenção a Bobby Roode e ao seu comportamento, após falhar na
conquista de 10% de propriedade da companhia. Antes de integrar esta equipa,
ele até ia virando Face, veremos o que avança desta derrota e como ficará a sua
relação com Dixie Carter.
Os segmentos
Fica esta parte para o fim por separação apenas. Para além
de mais uma promo com Dixie Carter a ser apenas irritante, sempre com o mesmo
tom de voz e os mesmos gestos para mostrar que é Heel e a ser abafada por um
heat que não é aquele que ela procura, a dizer que Jeff Hardy estava banido do
evento, houve mais um momento de interesse.
E foi obviamente a “open challenge” de Ethan Carter III que
acabou por não ser um combate mas que ficou como um bom momento e dos mais
memoráveis da noite. Sem Kurt Angle para o enfrentar, ficou o desafio em
aberto. EC3 fê-lo numa boa promo onde até disse ao público que não iam fazer
“hijack” ao show, assim que estes irromperam em cânticos por CM Punk – foi um
bom momento, confesso. E o seu desafio vê resposta... Por aquele que talvez
tenha obtido o maior pop da noite: o retornado Bobby Lashley!
Com esta não contava, acho que ninguém esperava tal e até
foi bem escondido. Serviu para escorraçar o Carter e animar o público com as
suas manobras de assinatura. Uma visita para uma boa reacção e um bom momento.
Aguardamos o que possa vir a seguir. Será que foi só fazer uma visita ou é para
ficar? Está ainda muito longe do Bound for Glory e das suas Series para ser
agora o Batista da TNA, nem acho que tal fosse acontecer. Mas ficamos para ver.
Creio que me foquei em tudo o que devia, espero não ter
deixado nada importante para trás, esquecido. Espero que não tenha sido uma
leitura maçadora, mesmo que estes acabem por ser, por vezes, dos artigos menos
entusiasmantes. Fãs da TNA, estejam à vontade para comentar acerca do evento e
da análise aqui feita. Acrescentem tudo aquilo que achem que devam acrescentar.
Espero que na próxima semana possa voltar a cá estar.
Cumprimentos,
Chris JRM