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Um olhar sobre o WWE Hall of Fame 2014: Mr. T e Carlos Colon


Todo o fim-de-semana da WrestleMania fica marcado pela noite de Sábado com a anual cerimónia do Hall of Fame e onde várias estrelas do passado da WWE e do wrestling são consagradas pelo seu passado no wrestling, pelas conquistas e pelos marcos que deixaram no wrestling.

Este ano, os consagrados com a entrada no Hall of Fame serão Ultimate Warrior, Jake Roberts, Razor Ramon, Paul Bearer, Lita, Carlos Colon e Mr. T....

No decorrer desta semana, iremos apresentar a história de cada uma das estrelas celebradas neste ano de 2014.

Começamos hoje com os nomes de menor relevo, a celebridade Mr. T e Carlos Colon que entra nesta classe de 2014 como parte de um apto negocial.

 MR. T

A WWE tem por hábito induzir em cada classe do Hall of Fame uma celebridade. Se muitas das entradas são questionáveis, há nomes que cuja entrada é reconhecida e aclamada e Mr. T é um desses nomes e cuja entrada no Hall of Fame só peca por tardia.

Poucos homens na história conseguiram obter o sucesso quando o mundo do wrestling profissional e mundo cultural e pop se cruzaram, que Mr. T obteve.  Nascido como Laurence Tureaud, percorreu um longo caminho desde Chicago até ao Madison Square Garden onde foi figura de proa na primeira Wrestlemania e ajudou a criar um dos momentos mais gloriosos da Hulkamania.

Ganhou a primeira exposição nacional depois de ter vencido uma competição na NBC, o “America’s Toughest Bouncer”. Conhecido como Mr. T cujas imagens de marca eram uma parafernália de ouro de volta do seu pescoço e um mohawk, foi recrutado por Sylvester Stallone para desempenhar o papel do vilão Clubber Lang em “Rocky III.” Tendo sido um dos maiores antagonistas de Rocky, ele ficou famoso pela frase dita no filme: “I don’t hate Balboa, but I pity the fool.”

O sucesso de Mr. T como Clubber Lang lançou este para um papel de relevo como B.A. Baracus na serie da NBC, “The A-Team.” Foi uma ascensão meteórica que T viveu onde passou de um desconhecido para um lugar de destaque nos media tendo até direito a um desenho animado nas manhãs de Sábado e até ter o seu rosto em caixas de cereais. Perante tal sucesso, a WWE viu a oportunidade perfeita para juntar a co-estrela de “Rocky III” a Hulk Hogan em 1985.

Era a chamada “The Rock ‘n’ Wrestling Connection”. Mr. T teve a sua primeira presença na WWF no The War to Settle the Score na MTV. Para ajudar Hogan na batalha contra Roddy Piper, T entrou no ringue e fez equipa com o The Hulkster numa batalha contra Piper e Paul Orndorff. 


Nos meses seguintes, o par dinâmico teve diversas presenças de topo na televisão no “The Morning Show” com Regis Philbin e “Saturday Night Live” com Billy Crystal antes de na Wrestlemania I terem derrotado Piper e Orndorff no main-event histórico da primeira Wrestlemania.

No ano seguinte, T voltou à sua rivalidade com o Hot Road e derrotou-o num combate de boxe num dos main-events da WrestleMania 2. Em 1987 foi nomeado como Special Enforcer da WWE, uma posição que lhe permitia contra-atacar as tácticas de Honky Tonk Man e Bobby Heenan.

Quando Hogan se estreou na WCW em 1994, Mr. T juntou-se ao seu amigo e foi árbitro de vários dos seus combates incluindo uma defesa de título num combate de jaula no Halloween Havoc. Ele até chegou a derrotar Kevin Sullivan no Starrcade.

A carreira de Mr. T pode ter sido reduzida mas foi de uma importância tal que se a WWE é o que é nos dias de hoje, lhe deve muito. Mr. T deve ser a par de Cindy Lauper o nome de maior relevo do mundo cultural e pop que ajudou a elevar o wrestling para noutros níveis.

 Carlos Colon

Carlos Colon para os fãs mais jovens é conhecido na indústria por ser o pai de Carlito (Carlos Jr./Carly) e Primo (Eddie) Colon (agora Diego dos Los Matadores) e tio de Epico (Orlando Colon, agora Fernando dos Los Matadores).  Isto é nos Estados Unidos, pois em Porto Rico a história é diferente e são eles que são conhecidos por serem os seus filhos.

A melhor comparação que se pode fazer de Carlos Colon em relação a uma estrela norte-americana é com Jerry Lawler em Memphis:

1.    Ambos foram o babyface de topo durante décadas e tornaram-se grandes figuras do meio cultural da área;

2.    Ambos acabaram na gerência das respectivas promotoras;

3.    Tanto a World Wrestling Council em Porto Rico e a promotora de Memphis sob vários nomes conseguiriam incríveis ratings de TV, até mesmo pelos níveis dos shows de wrestling locais;

4.    Ambos são conhecidos pelo seu estilo de bralewrs sanguinários que despachavam a estrela que se colocasse na sua frente.

As grandes diferenças é que:

1.    Colon deteve a promotora desde a sua criação (Lawler só entrou na gerência de Memphis depois de alguns anos)

2.    Os grandes shows da WWC eram muito maiores que os show de Memphis mesma quando aconteciam em estádios de basebal.

3.    Entre melhores pagamentos e melhores ligações (Gorilla Monsoon deteve parte da WWC enquanto era director da WWF) e a WWC tornou-se destino para grandes estrelas do wrestling e assim Colon enfrentou as grandes estrelas no pico das suas carreiras.

4.    A promotora de Colon ainda existe.

Colon começou no wrestling nos Estados Unidos em 1966 antes de voltar para a sua terra Natal em 1973 para começar a WWC (na altura, Capitol Sports Promotions) com Victor Jovica. Como estrela de topo da WWC, o seu principal destaque era o brawling doentio e sangrento e de tal forma que a primeira coisa que os fãs pensavam quando ouviam o seu nome era as piores cicatrizes na testa da história do wrestling.


A sua maior rivalidade foi com um outro Hall of Fame da WWE, Abdullah the Butcher. Uma rivalidade que durou várias décadas e sempre marcada pelo sangue derramado entre dois nos vários lugares da ilha em brawls doidas e até levaram esta para um combate no primeiro Starrcade em 1983. 

Vinte anos depois, eles reataram a rivalidade no show do 30 aniversário da WWC como se nunca a tivessem terminado. Colon teve ainda uma rivalidade memorável (e sangrenta) com Hansen que raramente lutava fora do Japão.

Em outros Hall of Fames de wrestling, como o Wrestling Observer Newsletter Hall of Fame (que muitos dos votantes são pessoas ligadas ao wrestling), há dois argumentos que são usados contra Colon:

Ele foi estrela de um só território

Muitos culpam Colon por impedir que fosse feita justiça quando Frank "Bruiser Brody" Goodish foi morto por Jose "Invader I" Gonzales num dos balneários da WWC.

No que toca à morte de Brody, há muita conjeturas e apesar de ter havido algumas situações menos claras no julgamento, como Wayne Keown (Zeb Colter/Dutch Mantell) ter sido intimado após o final do julgamento, não há provas substanciais que Colon, Jovica ou outra pessoa da gerência da WWC tivesse algo com o assunto.

Ainda assim. Invader sofreu um push grande como babyface quando este estava sob julgamento. Apesar de a WWC ter uma aura de que os fãs eram mais violentos com os heels do que em outros territórios, muitos afirmaram que este push foi feito com a intenção de rebaixar o julgamento.

Colon manteve o seu comentário em 2000 quando em entrevista ao Orlando Sentinel disse: “As pessoas escrevem e dizem asneiras sobre mim e sobre o que aconteceu na altura. Eu ignoro-os. Gonzales foi detido, julgado por um júri e absolvido. Que há mais a dizer sobre isso?”

Dave Meltzer, editor do Wrestling Observer Newsletter e amigo de Brody, comparou este push a Gonzalez com o caso de Jimmy Snuka quando este foi investigado sobre a morte da sua namorada Nancy Argentino em 1983.

Apesar dos seus feitos fazerem ele um nome credível para o Hall of Fame a morte de Bruiser Brody será sempre um ponto negro na carreira de Colon pois foi num balneário sobre a sua tutela que esta aconteceu.

Como mencionado em cima, a WWE olhou este ano para Carlos Colon com o objetivo negocial. A WWE pretende adquirir a videoteca da WWC para adicionar conteúdo espanhol ao WWE Network e uma das cláusulas do acordo seria a entrada de Colon no Hall of Fame. Não há dúvidas que o Hall of Fame é uma grande parte dele, um negócio.
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