Ultimas

MMA: UFC - TUF Brasil 3 Final - Antevisão + Pesagens


Depois de dez semanas invadindo as madrugadas de segunda-feira, chegou a hora de conhecer os campeões do TUF Brasil 3. O Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, será palco neste sábado do TUF Brasil 3 Finale, o terceiro evento do UFC na capital paulista, segundo na era Zuffa....

Na luta principal, o meio-pesado Fabio Maldonado sobe de categoria para substituir Junior Cigano no duelo contra o enorme americano de origem croata Stipe Miocic, sétimo colocado no ranking oficial do UFC.

Os quatro lutadores que mais empolgaram os torcedores durante o TUF Brasil 3 disputam os dois contratos que estarão em jogo no sábado. Nos pesos pesados, o representante do Time Sonnen Vitor Miranda pega Antonio Carlos Cara de Sapato, único lutador do Time Wanderlei classificado às finais. Entre os médios, Warlley Alves e Marcio Lyoto passam de companheiros de time a adversários.

Dois ídolos da torcida brasileira em momentos distintos na carreira estarão em ação no card principal do TUF Brasil 3 Finale. O meio-médio Demian Maia dá as boas-vindas ao russo Alexander Yakovlev, enquanto o pena Rony Jason deverá fazer combate movimentado contra o americano Robbie Peralta.

O card completo do TUF Brasil 3 Final é o seguinte

 CARD PRINCIPAL

Peso-pesado: Stipe Miocic x Fábio Maldonado
Peso-pesado: Vitor Miranda x Antônio "Cara de Sapato"
Peso-médio: Márcio Lyoto x Warlley Alves
Peso-meio-médio: Demian Maia x Alexander Yakovlev
Peso-pena: Rony Jason x Robbie Peralta

CARD PRELIMINAR

Peso-leve: Rodrigo Damm x Rashid Magomedov
Peso-leve: Elias Silvério x Ernest Chavez
Peso-meio-médio: Paulo Thiago x Gasan Umalatov
Peso-pena: Kevin Souza x Mark Eddiva
Peso-médio: Ricardo Demente x Wagnão Gomes
Peso-pesado: Marcos Rogério Pezão x Rick Monstro
Peso-galo: Pedro Munhoz x Matt Hobar

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 19:30 horas do Brasil e 23:30 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Peso pesado: Stipe Miocic (EUA) vs Fabio Maldonado (BRA)

A recuperação da única derrota da carreira de Miocic (11-1 no MMA, 5-1 no UFC), acontecida com um nocaute para Stefan Struve, rendeu duas importantes vitórias. A primeira parou a sequência de Roy Nelson e afastou o favorito dos fãs de uma improvável chance por cinturão. A segunda também parou uma série, embora menor, contra Gabriel Napão. Assim ele se confirma como uma importante força na divisão mais nobre do MMA, condição que era esperada desde sua estreia no octógono, há quase três anos.

A semelhança das vitórias sobre Roy e Gabriel se deu no boxe de ótimo nível de Miocic. Apesar de ser um lutador muito grande, com 1,94m de altura e cerca de 112 quilos, ele tem uma boa movimentação de pernas e consegue lançar socos em combinações difíceis de serem evitadas pela concorrência. Miocic completa seu quadro técnico com o wrestling desenvolvido na Divisão I da NCAA e forte condicionamento atlético, formando a base típica do MMA americano.

Fortalecido pela moral recebida por Dana White, que disse que jamais demitiria um guerreiro como ele, mesmo com três derrotas seguidas, Maldonado (21-6 no MMA, 4-3 no UFC) emendou três vitórias, batendo Roger Hollett, Joey Beltran e Gian Villante em decisões ocorridas em eventos disputados no Brasil e deixando seu cartel positivo na maior organização do MMA mundial.

A coragem para aceitar uma luta tão cheia de desvantagens é a mesma que transformou Maldonado em ídolo do esporte, ainda que lhe faltem vitórias importantes na organização. O boxe violento na curta distância, com ótimo trabalho de ataque na linha de cintura, encontra apoio no queixo de aço e num dos maiores corações que o MMA já viu. A resistência de Maldonado contra os golpes lançados pelos oponentes é quase inacreditável e acaba transformando suas lutas em guerras. Mesmo na surra implacável que levou de Glover Teixeira, por pouco o Caipira de Aço não anotou um nocaute tão redentor quanto improvável. Porém, Fabio apresenta algumas deficiências crônicas que podem custar caro no combate do fim de semana.

Este duelo até pode se transformar numa armadilha para o americano, ainda mais se lembrarmos que quatro dos últimos cinco combates principais do UFC acabaram em vitórias dos azarões, um deles a enorme zebra promovida por TJ Dillashaw na última semana. Se Miocic vencer o pequeno oponente, não terá feito mais do que a obrigação do sujeito que se preparava para lutar com Cigano, mas uma derrota terá efeito catastrófico em seu futuro. Mas o cenário não é nada promissor para o simpaticíssimo brasileiro.

Com vantagem na envergadura e maior talento na longa distância, Miocic deverá manter Maldonado longe principalmente baseado em jabs e chutes baixos aplicados em ângulos que variam o tempo todo. A incessante busca pela luta no pocket deixará Maldonado em risco de ser derrubado, um de seus problemas, e acabar com as costas no chão, tendo que fazer guarda (sua outra deficiência crônica) contra um camarada muito mais forte e de ótimo trabalho no ground and pound. Se não render a primeira derrota por nocaute técnico durante um dos rounds, esta mistura poderá acabar numa interrupção médica a favor do americano.

Final dos pesados do TUF Brasil 3: Vitor Miranda (BRA) vs Antonio Carlos Junior (BRA)

Na campanha que o levou à decisão do reality show, Vitor (9-3) aplicou um nocaute sensacional com um chute alto em Bruno Blindado, na eliminatória. Já dentro da casa, encarou dois amigos de Team Nogueira. O primeiro foi Antonio Montanha, abatido por nocaute técnico. A semifinal, disputada contra Rick Monstro, mostrou um Vitor estratégico, que atraiu o adversário para um esforço que minou seu gás e facilitou a tarefa de anotar o nocaute técnico no segundo round.

Vitor chegou ao MMA através do muay thai, modalidade que lhe rendeu dois títulos de etapas do K-1 World GP. No novo esporte, notabilizou-se por um bom tempo como um kickboxer de boa defesa de quedas. A evolução mais forte aconteceu quando retornou do período de treinos na Imperial Athletics, antigo nome da Blackzilians, e passou a treinar na Team Nogueira, no Rio de Janeiro, onde aprimorou o jiu-jítsu nos treinos com Everaldo Penco e o wrestling com Eric Albarracin. Como resultado, finalizou dois dos quatro oponentes derrotados desde a volta ao país – suas únicas vitórias por este meio. De quebra, tem trabalhado bem o lado físico, chegando inclusive a mirar a categoria dos médios.

Correndo pelo outro lado da chave, Cara de Sapato (3-0) também carimbou a entrada na casa do TUF com um violento nocaute. A diferença é que ele precisou apenas de poucos segundos para mandar Guilherme Viana para a vala através de um forte cruzado. Nas quartas de final, passou por Edgar Castaldelli, também mostrando poder de nocaute rapidamente, e se classificou para a decisão ao exibir todo o talento no jiu-jítsu ao finalizar Marcos Rogério Pezão.

Se Vitor é um trocador que aprendeu a lutar no chão, Cara de Sapato seguiu o caminho inverso. Dono de inúmeros títulos na arte suave, inclusive um Mundial na faixa marrom, o paraibano radicado em Salvador usou o TUF para mostrar que está desenvolvendo bem o boxe como o principal parceiro de sparring de Junior Cigano na Champion Team, na capital baiana, e na Nova União, no Rio. Cara de Sapato é também um lutador de jiu-jítsu diferente do habitual, muito bom em quedas – ele foi o responsável por simular Cain Velasquez nos dois camps recentes de Cigano.

Teremos aqui o velho confronto de estilos que tanto anima um esporte complexo como o MMA. Chutador de bom nível, Vitor terá que ter cuidado para não ter uma perna agarrada e acabar por baixo de um grappler do nível do paraibano. Por outro lado, Cara de Sapato não poderá se expor na trocação como fez em alguns compromissos, especialmente contra Pezão.

Outro fator que traz diferença ao combate é a experiência. Vitor milita nos eventos nacionais de MMA há mais de dez anos, enquanto Cara de Sapato ainda não completou um ano de profissional. Como se trata de dois finalizadores de lutas (Vitor nocauteou seis e tem apenas uma vitória por decisão, enquanto Sapato submeteu os três adversários oficiais), a maior rodagem do catarinense deverá pesar a seu favor. Atuando da média para a longa distância, evitando a aproximação de Cara de Sapato, Vitor deverá minar o oponente com combinações no corpo e chutes baixos para, em dado momento, conseguir a interrupção numa combinação ou com um contragolpe numa brecha dada por Antonio Carlos.

Final dos médios do TUF Brasil 3: Warlley Alves (BRA) vs Marcio Alexandre Junior (BRA)

Apesar de ter quatro vitórias no Jungle Fight em seu retrospecto profissional, Warlley (6-0) passou despercebido em nossa avaliação inicial do programa e foi o único dos quatro finalistas que o MMA Brasil não indicou. Tudo mudou ainda na eliminatória, quando o mineiro teve grande atuação na vitória sobre Wendell Negão, um dos favoritos iniciais. Já dentro da casa, Warlley nocauteou Ismael Marmota e finalizou Wagnão Silva.

De anônimo a principal revelação do programa, carregado por inúmeros elogios do técnico Chael Sonnen. Assim Warlley saiu da casa do TUF rumo a esta final. A moral é merecida, já que o lutador da X-Gym mostrou talento em todos os ramos do jogo, seja nas brutais joelhadas no thai clinch aplicadas em Marmota, na guilhotina perfeita em Wagnão, quando aplicou a finalização quicando em uma perna, pois a outra estava agarrada pelo adversário, ou na soma de habilidades exibida diante de Negão. Seja em pé ou no chão, a destreza de Warlley para encerrar as lutas impressiona.

Apontado como principal aposta para surpresa da temporada pelo MMA Brasil, Lyoto (12-0) confirmou a condição, mas teve um percurso que se complicou por ter feito as duas lutas na casa com um pé machucado. Ainda assim o catarinense mostrou coração para superar Paulo Borrachinha e o favorito Ricardo Demente em duras decisões divididas.

Lutar com o pé contundido é ruim para qualquer lutador, mas é pior ainda para um carateca como Marcio. O representante da Team Tavares tem um belo repertório de chutes, baseado em seu ídolo Lyoto Machida, além de apresentar as típicas base e movimentação do seu esporte original e sólida defesa de quedas para manter os combates de pé. Embora não tenha ficado tão claro no TUF, Marcio é um lutador extremamente agressivo e uma máquina de nocautear, mas o fato de ter vencido todas as lutas no primeiro round pode ser um dos motivos pelo problema de condicionamento exibido no programa.

A questão decisiva neste confronto será a capacidade dos lutadores de controlar a distância. Lyoto precisa atuar com espaço para desenvolver seu caratê e deverá evitar ao máximo o clinch, onde Warlley é dominante. O mineiro terá que se adaptar à movimentação do oponente para atingi-lo com potentes golpes sem ser pego por contra-ataques. Baseado num melhor condicionamento físico e versatilidade, Warlley deve triunfar numa decisão.

Peso meio-médio: Demian Maia (BRA) vs Alexander Yakovlev (RUS)

Três vitórias seguidas desde que resolveu baixar de peso aproximaram Demian (18-6 no MMA, 12-6 no UFC) do topo dos meios-médios. Na hora da verdade, o paulista esbarrou no grappling implacável de Jake Shields e não conseguiu impor seu jogo por mais de um round contra Rory MacDonald. O brasileiro segue no top 10, mas perdeu fôlego na fortíssima categoria.

As mesmas características que conduziram Demian às importantes vitórias também ajudaram os adversários a vencer o ex-desafiante dos médios. Ele é provavelmente o lutador que melhor utiliza o jiu-jítsu no UFC, seja atuando por cima ou por baixo, mostrando versatilidade para encaixar posições ou mesmo travar a evolução do oponente. Este panorama garantiu metade das vitórias por submissão, além de alguns bônus desta natureza na atual organização. O problema é que esta maestria acabou tornando Demian um lutador que pouco utiliza outros recursos. Seu boxe evoluiu nos treinos com Cigano, mas Maia parece ter dificuldade de fazer as transições entre a troca de golpes e sua zona de conforto.

O russo Yakovlev (21-4-1) estreia no UFC neste sábado em território hostil e contra um adversário muito bem ranqueado. É verdade que esta situação só foi possível por causa da contusão de Mike Pierce, oponente original de Demian, mas o “Bad Boy” tem suas credenciais, especialmente a boa vitória sobre o ex-UFC Paul Daley em seu último compromisso.

Yakovlev é um representante da mais forte escola de wrestling do mundo, a russa. Costuma basear seu jogo na luta agarrada, onde varia os ataques com tentativas de finalização ou ground and pound. Como encarar Demian nesta área é querer navegar em rio de jacarés, provavelmente será uma melhor escolha optar por manter o combate em pé, onde já mostrou ser capaz de encarar o brasileiro.

A questão aqui será a capacidade de Yakovlev manter Demian na longa distância. Como o russo não é um Rory MacDonald, o mais provável é que, mais cedo ou mais tarde, Maia consiga encurtar e chegar na luta agarrada. Ainda que o wrestling de Alexander o permita cair por cima, seu jiu-jítsu defensivo não deverá ser páreo para os ataques implacáveis de Demian, que deve anotar mais uma finalização para seu retrospecto.

Peso pena: Rony Mariano (BRA) vs Robert Peralta (EUA)

Após se tornar o primeiro a vencer o TUF Brasil, Rony (14-4 no MMA, 4-1 no UFC) adicionou duas vitórias ao cartel, uma por nocaute técnico e outra por finalização, mas viu sua escalada ser bruscamente interrompida por uma canelada certeira que Jeremy Stephens lhe aplicou em Goiânia, em novembro. A recuperação veio em Natal, terra que o acolheu quando deixou o Ceará, no nocaute técnico sobre Steven Siler.

Faixa preta de jiu-jítsu com ótimas finalizações, Rony não é o tipo de grappler como Demian, que trabalha as posições com calma até conseguir encaixar alguma coisa. O representante da Pitbull Brothers confia muito no poder de seus punhos, superior à média da categoria, e na incrível resistência contra pancadas. Mesmo que vá a knockdown – que não foram poucos na carreira -, Jason é capaz de manter a compostura e clareza para dar botes rápidos e certeiros, muitas vezes em forma de triângulo.

O retrospecto recente de Peralta (17-4 no MMA, 3-1 no UFC) mostra como ele pode ser perigoso e inconstante. Um balaço mandou Jason Young violentamente a nocaute em menos de meio minuto. Em seguida, sucumbiu à pressão do jogo físico de Akira Corassani e lutou mal dois rounds contra Esteban Payan antes de pegá-lo nos segundos iniciais do terceiro round, numa luta que se encaminhava para mais uma derrota por decisão.

O californiano tem preferência por trocar golpes de modo selvagem, o que deve tornar este combate muito movimentado em certo momento. Ele utiliza um kickboxing que conta com bons chutes nas pernas e corpo, mas que encontra seu melhor nas combinações de socos ou nos golpes definitivos, que não precisam ser combinados para colocar fim a uma contenda. O ground and pound também é eficiente, mas será uma arma que pode oferecer perigo a si próprio contra a guarda de Jason.

O queixo de Rony, que já foi aprovado várias vezes antes de Stephens, será fundamental. Caso Peralta comece a luta em ritmo forte, Jason é capaz de igualar sua agressividade e se impor. Se o duelo chegar ao chão, a finalização do brasileiro ficará muito provável. Ainda que não chegue, Jason deve prevalecer na troca de golpes e obter um nocaute técnico.

Antevisão original de MMA-Brasil 

-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------


No meio de homens musculosos seminus e mulheres em forma de biquíni, a inocência de uma criança roubou a cena na pesagem do TUF Brasil 3 Final, nesta sexta-feira, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Foi o pequeno Igor, de apenas 1 ano de idade, filho de Fábio Maldonado, protagonista da luta principal. Ele foi levado pelo pai ao palco da pesagem e gostou das luzes e da atenção do público: não queria descer dos braços do "Caipira de Aço" de jeito nenhum.

Maldonado tentou passar o menino para a presidente do UFC no Brasil, Grace Tourinho, e para a ring girl Camila Oliveira. Igor fez birra. O lutador quase teve de subir à balança com o menino no colo, mas conseguiu deixá-lo com um companheiro de equipe. Mesmo se tivesse subido de roupa e com o filho junto, porém, Maldonado provavelmente continuaria mais leve que seu adversário, o americano Stipe Miocic. O brasileiro, oriundo da categoria de baixo, peso-meio-pesado (até 93kg), registrou apenas 102kg; Miocic, peso-pesado natural, marcou 108kg.

Na hora da encarada, novamente a diferença de tamanho era gritante. Corajoso, Fábio Maldonado não se acanhou e andou para frente, chegando próximo a Stipe Miocic. Sua intenção no sábado é fazer o mesmo: lutar na curta distância.

Com a musa do TUF Brasil, Fernanda Hernandes, junto às ring girls titulares do Brasil no palco, os lutadores começaram a subir à balança com alguns minutos de atraso, mas, logo na primeira encarada, o clima esquentou. O peso-galo paulista Pedro Munhoz fez encarada intensa com o americano Matt Hubar, com a guarda alta e bem perto um do outro. Os lutadores eliminados nas semifinais do TUF Brasil 3 subiram em seguida e foram muito aplaudidos pelo público, principalmente os pesos-pesados Rick Monstro e Marcos Rogério Pezão.

O peso-pena Kevin Souza subiu cheio de estilo ao palco: com casaco e óculos escuros de marca, andando lentamente. Ele pareceu bem desgastado pelo corte de peso, mas bateu 65,8kg sem problemas. Na encarada, nem levantou a guarda e ficou com as mãos na cintura para mirar o filipino Mark Eddiva. O primeiro estrangeiro a receber as vaias e gritos de "Uh, Vai Morrer" foi o russo Gasan Umalatov, que apenas sorriu e convidou a torcida a gritar mais alto. Seu adversário, Paulo Thiago, recebeu alguns aplausos e fez encarada respeitosa com Umalatov, inclusive o abraçando depois.

Lutador local de São Paulo, Elias Silvério chamou o apoio da torcida, que vibrou quando ele abriu uma bandeira do Brasil. O peso-leve parecia feliz da vida de lutar em casa e até posou abraçado e sorridente com o oponente, Ernest Chavez.

Primeiro do card principal a subir à balança, Robbie Peralta foi mais um que ouviu gritos de "Uh Vai Morrer". Seu adversário, o brasileiro Rony Jason, foi bastante celebrado pelo público, especialmente por uma seção de fãs no centro da arquibancada. Após bater o peso e beber água de coco, ele chegou bem próximo de Peralta com o rosto. O russo Alexander Yakovlev, que marcou 77,1kg, também foi vaiado - enfrenta o paulista Demian Maia, que registrou 77,6kg. Na encarada, Yakovlev andou para a frente e se impôs frente a Demian, que não recuou.

Chegou a hora dos finalistas do TUF. Warlley Alves bateu 83,9kg e puxou um estilingue, como se quisesse derrubar gigantes. Marcio Lyoto, ligeiramente mais alto que ele, registrou 83,4kg. Como foi o caso durante a semana, os dois lutadores se cumprimentaram e se abraçaram, mas se encararam de perto, com ferocidade. Lyoto encostou o punho esquerdo no pescoço de Warlley, e Joe Silva, matchmaker do UFC, manteve os braços no meio para separar os dois.

Entre os pesos-pesados, Antônio Carlos Cara de Sapato foi o mais celebrado. Porém, ele apareceu bastante leve e bateu apenas 96kg. Vitor Miranda, por sua vez, marcou 98kg. Os dois ficaram mais próximos do que em encaradas anteriores, mas ainda assim com um espaço saudável.

Confira os pesos dos atletas:

CARD PRINCIPAL

Peso-pesado (até 120,7kg): Stipe Miocic (108kg) x Fábio Maldonado (102kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Vitor Miranda (98kg) x Antônio "Cara de Sapato" (96,1kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Márcio Lyoto (83,4kg) x Warlley Alves (83,9kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Demian Maia (77,6kg) x Alexander Yakovlev (77,1kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Rony Jason (66,2kg) x Robbie Peralta (66,2kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-leve (até 70,8kg): Rodrigo Damm (70,8kg) x Rashid Magomedov (70,3kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Elias Silvério (70,3kg) x Ernest Chavez (70,8kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Paulo Thiago (77,6kg) x Gasan Umalatov (77,6kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Kevin Souza (65,8kg) x Mark Eddiva (66,2kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Ricardo Demente (83kg) x Wagnão Gomes (83,4kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Marcos Rogério Pezão (106,6kg) x Rick Monstro (98kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Pedro Munhoz (61,2kg) x Matt Hobar (61,7kg)

Com tecnologia do Blogger.