MMA: UFC Fight Night: MacDonald vs. Saffiedine - Antevisão + Pesagens
Fechando mais uma jornada dupla neste sábado, o UFC desbrava a pequena cidade de Halifax, no litoral leste do Canadá. A luta principal, confronta o canadense Rory MacDonald e o francês Tarec Saffiedine, dois dos mais talentosos meios-médios do mundo.,,,,
Preparado para emendar do começo da tarde até o início da madrugada na frente da televisão? Pois bem, teremos mais uma rodada dupla no próximo sábado. Menos de duas horas após o encerramento do UFC em Estocolmo, as atenções já mudam para o outro lado do Oceano Atlântico. A litorânea e pequena cidade de Halifax, capital da província canadense de Nova Escócia, receberá o UFC Fight Night 54, liderado por um duelo especial.....
Dois dos mais talentosos prospectos do MMA mundial se encontram na luta principal. O canadense Rory MacDonald recebe o belga Tarec Saffiedine em combate que pode transformar o vencedor no próximo desafiante dos meios-médios. Também com potencial de eliminatória para título é o desafio entre os galos Raphael Assunção e Bryan Caraway.
Cercando estes dois importantes duelos estão alguns bons valores revelados no TUF Nations. O vencedor entre os meios-médios Chad Laprise volta à divisão dos leves para encarar o cubano Yosdenis Cedeño. Já o vitorioso no peso médio Elias Theodorou verá um reflexo de seu estilo em Bruno Carioca. Além deles, o quadrifinalista Nordine Taleb pega o chinês Li Jingliang. Abrindo o card principal, o peso galo canadense Mitch Gagnon dá as boas-vindas ao estreante americano Roman Salazar.
O card completo do UFC Fight Night: MacDonald vs. Saffiedine é o seguinte:
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Rory MacDonald x Tarec Saffiedine
Peso-galo: Raphael Assunção x Bryan Caraway
Peso-leve: Chad Laprise x Yosdenis Cedeno
Peso-médio: Elias Theodorou x Bruno Carioca
Peso-meio-médio: Nordine Taleb x Li Jingliang
Peso-galo: Mitch Gagnon x Roman Salazar
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Daron Cruickshank x Anthony Njokuani
Peso-leve: Olivier Aubin-Mercier x Jake Lindsey
Peso-leve: Jason Saggo x Paul Felder
Peso-mosca: Paddy Holohan x Chris Kelades
peso-meio-médio: Matt Dwyer x Albert Tumenov
Peso-galo: Pedro Munhoz x Jerrod Sanders
O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 19:45 horas do Brasil e 23:45 horas de Portugal
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Peso meio-médio: Rory MacDonald (CAN) vs. Tarec Saffiedine (BEL)
tO jovem fenômeno MacDonald (17-2 no MMA, 8-2 no UFC) seguia forte para ocupar o lugar deixado por Georges St. Pierre no coração dos canadenses, mas viu Robbie Lawler parar sua ascenção exatamente na noite em que GSP se despediu do MMA. A derrota serviu para recolocar Rory nos trilhos, recuperando seu estilo que ficara escondido atrás do pragmatismo do medo de perder. Voltando ao ritmo que o consagrou, o garoto foi dominante em dois rounds contra Demian Maia e maltratou Tyron Woodley em todo o combate.
O canadense da Tristar Gym, parceiro de treino de SP. Pierre e pupilo de Firas Zahabi, é o principal líder técnico da nova geração que não precisou se destacar em modalidades de base antes de migrar para o MMA, cenário que vai se tornar cada vez mais comum com a evolução do novo esporte. MacDonald é capaz de dominar lutas nas três posições: usa muito bem a enorme envergadura de 1,94m no seu versátil kickboxing; é matador na curta distância, seja no dirty boxing ou nas quedas violentas; e o ground and pound, bem, é mais saudável não ficar por baixo de seus meteoros. Apesar do cenário vistoso e competitivo, “Ares” mostrou contra Lawler um problema que pode complicá-lo no sábado.
A enorme frequência de contusões que acometeram Saffiedine (15-3 no MMA, 1-0 no UFC) nos últimos anos fez com que ele lutasse pouco e saísse da memória recente dos fãs. Para piorar, a única luta que fez no UFC ficou escondida no pequeno card de Singapura, no primeiro evento do ano. Na ocasião, porém, o belga mostrou parte de seu repertório na vitória sobre Hyun Gyu Lim numa das melhores lutas da temporada até o momento. Antes, Saffiedine conquistara o cinturão do Strikeforce numa chuva de chutes na perna de Nate Marquardt, um ano antes de pisar no octógono pela primeira vez.
Saffiedine não nocauteia ninguém desde 2010 e isto colabora com a visão deturpada de que não se trata de um lutador de elite. O belga é um artista, pelo menos no que se refere à habilidade de trocar golpes em pé, misturando de forma magistral o caratê shihaishinkai, o muay thai, o kung fu e o taekowndo, produzindo um leque de chutes que saem de qualquer base, qualquer ângulo e para qualquer posição no alvo. A defesa de quedas e de clinch, que foi uma peneira na derrota para Tyron Woodley no Strikeforce, evoluiu muito na Team Quest de Dan Henderson e os treinos de jiu-jítsu com Ricardo Pantcho lhe dão confiança para trocar sem medo de acabar no chão.
Fosse esta luta disputada sob as regras do kickboxing e as odds seriam invertidas. Como não será, a maior versatilidade e potência do canadense o deixam em vantagem inicial.
O europeu pode usar a mesma estratégia de atrair o adversário para sua zona de conforto, como fez Lawler contra MacDonald. Ali, Saffiedine deverá explorar a pouca movimentação defensiva que o canadense mostra dentro do range, já que ele prefere se defender usando a movimentação.
A batalha pelo controle da distância será o lado fascinante desta batalha. A vantagem na envergadura de MacDonald lhe dará conforto para trabalhar as combinações de golpes retos (jab-direto-chute frontal), mas ele terá que lançar mais do que três pancadas para não ficar à mercê das bicudas de Saffiedine em sua perna da frente. Para evitar o que aconteceu com Lawler, Rory deverá ficar mais atento para chegar rapidamente ao clinch e, de lá, aplicar uma queda caso se veja preso na movimentação do belga. Numa luta extremamente técnica e equilibrada, a aposta é num triunfo de MacDonald na decisão.
Peso galo: Raphael Assunção (BRA) vs. Bryan Caraway (EUA)
O limitado peso pena que perdera três das últimas quatro lutas na categoria se tornou elite entre os galos. Atualmente, ninguém no plantel do UFC até 61 quilos tem mais vitórias consecutivas do que Assunção (22-4 no MMA, 6-1 no UFC), nem mesmo o campeão, o próprio derrotado por Raphael em Barueri, num combate tão apertado quanto controverso.
As seis vitórias consecutivas o colocariam como desafiante número um, mas o pernambucano perdeu esta condição três vezes: por uma contusão que rendeu a vaga para Dillashaw, pela vitória de TJ sobre Barão e pelo retorno de Dominick Cruz com um atropelamento sobre outro candidato ao posto de desafiante.
Raphael adicionou novas ferramentas ao corte de peso. Ele se tornou um contragolpeador eficaz, com um jogo de pernas melhorado, o que acaba facilitando seu ponto forte de derrubar e pressionar os oponentes por cima. Ele poderia ser mais ativo no chão, mas compensa com bom preparo físico.
Não fosse uma derrota picareta para Mizugaki na casa do adversário e Caraway (19-6 no MMA, 4-1 no UFC) estaria nos calcanhares de Assunção com cinco vitórias consecutivas na categoria. Nas três últimas lutas, o namorado de Miesha Tate saiu da condição de azarão para estrangular o enorme Johnny Bedford e o nocauteador Érik Pérez, além de ter sucumbido numa guerra contra o japonês.
Basta olhar o cartel de Caraway, com 17 vitórias por finalização, uma por nocaute e uma por decisão, para se ligar que o rapaz é um azougue no chão. Ele competiu pela equipe de wrestling da Central Washington University na Divisão II da NCAA e saiu de lá para o time de Dennis Hallmann, um dos mais mortíferos finalizadores da história do MMA. Seu jogo é altamente previsível, porém de muita pressão. Todo mundo sabe que Bryan vai partir para derrubar, nem que seja se embolando, e vai pegar as costas, mas ele executa o plano de modo tão intenso que consegue êxito até contra grapplers fortes como Bedford ou trocadores dinâmicos como Pérez.
Na teoria, este combate é bem sob medida para o brasileiro. Assunção é melhor no jiu-jítsu, muito melhor trocando golpes e só leva desvantagem no wrestling, mas possui movimentação e defesa de quedas suficientes para manter o combate o maior tempo possível em pé.
Ainda assim, Caraway será um desafio interessante, já que sua intensidade obrigará o pernambucano a ser mais ativo, especialmente se estiver na luta de solo. Mesmo o americano sendo insistente, dificilmente conseguirá finalizar. Sendo assim, Raphael deve anotar a sétima vitória consecutiva e a terceira em fila por decisão.
Peso leve: Chad Laprise (CAN) vs. Yosdenis Cedeño (EUA)
Lutando acima de sua categoria, Laprise (8-0 no MMA, 1-0 no UFC) justificou no octógono o favoritismo na disputa do TUF Nations entre a equipe canadense e a australiana. Porém, ele não teve vida fácil na casa ao penar para bater Chris Indich na estreia. Na semifinal, o combate contra o amigo Kajan Johnson estava equilibrado até que um gancho de direita dos infernos quebrou a mandíbula do oponente e o mandou direto com o rosto no chão. Na decisão, Laprise deu conta do grappling do jovem fenômeno Olivier Aubin-Mercier, que luta nas preliminares deste sábado, conquistando o torneio com uma decisão dividida.
O canadense de 28 anos sustentou sua carreira, inclusive a campanha no TUF, baseado em seu boxe de ótimo nível. Laprise tem jogo de pernas fluido, com capacidade de bater mesmo quando se desloca para os lados, o que o torna um perigoso contragolpeador. Suas combinações de socos são versáteis, embora falte potência em algumas vezes, e os chutes passaram a ser mais utilizados, principalmente os que buscam a cabeça da concorrência. Sua maior dificuldade, a luta agarrada, dificilmente será explorada no sábado.
Ex-campeão da CFA, Cedeño (10-3, 1-1 UFC) chegou ao UFC atendendo um chamado de última hora e deixou a desejar na derrota para Ernest Chavez por decisão dividida. Quando teve tempo para se preparar, voltou a fazer o que mais sabe, que é violentar gente. Jerrod Sanders apanhou tanto no primeiro assalto que não conseguiu voltar para o segundo no combate disputado em julho, no evento de Atlantic City.
Ex-atendente de uma churrascaria no Texas, Cedeño é um cara violento, apesar do apelido de “Pantera Cor de Rosa”. Explosivo e agressivo numa intensidade quase alucinada, o cubano é faixa preta de caratê shitō-ryū, diferente do comum dos lutadores da ilha que se especializam no boxe, na luta olímpica ou no judô. Cedeño usa bastante a movimentação lateral para abrir espaço a fim de lançar a canela na concorrência, não importa o ângulo ou a distância. A maioria de seus golpes são muito potentes, mas isso acaba o deixando exposto – ou manda o adversário para a vala, ou algumas vezes dominado no chão. Sete vitórias aconteceram pela via rápida dolorosa, seis delas no round inicial.
Pelo menos no primeiro round, enquanto o furacão cubano estiver ativo, os fãs poderão testemunhar momentos selvagens de troca de golpes. Laprise terá que ser mais paciente do que nunca e, preferencialmente, variar o jogo com algumas quedas para acalmar a besta-fera.
As coisas tenderão a ficar mais para o canadense partir do sexto minuto. Cedeño ainda manterá um elevado poder de nocaute, mas vai diminuir bem o volume de golpes lançados, espaçando as combinações. Este será o momento em que Laprise pontuará disparando socos e chutes baixos até vencer por decisão.
Peso médio: Elias Theodorou (CAN) vs. Bruno Carioca (BRA)
Assim como Laprise, Theodorou (9-0 no MMA, 1-0 no UFC) é o outro vencedor do TUF Nations no card principal da noite de sábado. Ele ficou famoso no programa pela aparência e pelo preparo físico acima da média, característica que o conduziu a vitórias sobre o jovem prospecto australiano Tyler Manawaroa e Zein Saliba. Na decisão, aproveitou o fato de ser um peso médio grande contra o meio-médio de origem Sheldon Westcott e sufocou a pressão do oponente até nocauteá-lo por exaustão no segundo assalto.
O Spartan é pupilo de Sergio Cunha que passou uma temporada treinando no Team Nogueira, no Rio de Janeiro. Ele é um lutador de abordagem metódica, mas que exerce uma pressão muito forte quando atua no corpo a corpo, especialmente no clinch ou quando está por cima no solo. Nesta situação, os oponentes facilmente ficam em posição defensiva, com pouco espaço para escapar enquanto Theodorou mina seus reservatórios de gás na base da pressão e do ground and pound. O muay thai desenvolvido pelo brasileiro é técnico, mas não muito agressivo ou de alto volume de golpes lançados. Ainda assim, é suficiente para lhe conceder vantagem no sábado.
Nascido no Rio de Janeiro e radicado na Bahia, Bruno (14-1 no MMA, 1-1 no UFC) colecionou cinturões no país – Bitetti Combat e WFE Platinum – antes de se aventurar no exterior, primeiro no Bellator, depois no UFC. No octógono, estreou perdendo para Krzysztof Jotko, mas se recuperou vencendo Chris Camozzi por decisão dividida quando a maioria dos analistas pontuou o combate a favor do americano.
Carioca é muito competente naquilo que faz bem. Seu apelido de “Máquina de botar pra baixo” é justificado. No chão, o jiu-jítsu quase não aparece tanto ofensivamente quanto defensivamente, mas Bruno sabe como ninguém explorar sua enorme força física no ground and pound e na tarefa de esmagar corpos no chão. Em pé, sua caixa de ferramentas é pequena, mas, como se trata de um armário de músculos, basta uma pancada pegar em cheio para o oponente ficar em má situação. Em todo este cenário, a maior deficiência do brasileiro é o condicionamento cardiorrespiratório, exatamente a maior virtude de Theodorou.
O jogo de Bruno é bom para fazer a cabeça de juízes que gostam de controle posicional por cima. Para azar do brasileiro, ele vai pegar um adversário que bate de frente com sua força física, tem bem mais resistência e também adora um combate na pressão do corpo a corpo, além de ser mais competente na troca de golpes.
O canadense pode usar o muay thai e as vantagens na altura e envergadura para neutralizar as investidas previsíveis do adversário. Revezando entre fazer Bruno trocar em pé e trabalhar no clinch, Theodorou deve implantar um ritmo forte para minar o gás do oponente e nocauteá-lo no ground and pound no terceiro round.
Peso meio-médio: Nordine Taleb (CAN) vs. Li Jingliang (CHN)
Silva definitivamente gosta de Taleb (9-2 no MMA, 1-0 no UFC). O canadense é o único a ter disputado duas temporadas consecutivas do reality show The Ultimate Fighter. No TUF 19, nem chegou a se classificar para a disputa ao perder para Mike King na melhor eliminatória. Ele voltou no TUF Nations, onde conseguiu vaga direta por ser uma competição entre nações, mas caiu logo na estreia diante de Manawaroa. Apesar das duas derrotas, chamou a atenção do matchmaker e ganhou mais uma oportunidade, quando dominou Vik Grujic na última viagem do UFC ao Canadá.
Companheiro de treinos de GSP na Tristar Gym, Taleb tem boa técnica e sabe se virar em todos os aspectos do jogo, como é comum entre os pupilos de Firas Zahabi, mas costuma se dar melhor no clinch, onde usa bem o dirty boxing e busca aberturas para derrubar e jogar no ground and pound. Seu grande problema é fazer as transições e virar a estratégia quando uma delas não dá certo.
Com o mesmo cartel e retrospecto no UFC que Taleb, Jingliang (9-2 no MMA, 1-0 no UFC) estreou no octógono na primeira preliminar do UFC 173, onde travou e venceu disputada contenda com o então invicto David Michaud. Antes de chegar ao UFC, o chinês fez praticamente toda a carreira na organização russa Legend FC, lutando pelo continente asiático, mas sem enfrentar competição qualificada.
Pelo apelido de Sanguessuga é possível imaginar que Jingliang tem seu ponto mais forte no wrestling e no controle posicional no chão. O representante da China Top Team tem alguma potência no ground and pound, mas não implementa volume suficiente. Ele é perigoso na guilhotina (finalizou quatro lutas assim) e bom nos contragolpes em pé, ferramenta que usa basicamente para encurtar distância ao se aproveitar do avanço do adversário.
Eu poderia dizer que Jingliang é o melhor chinês na atualidade e você poderia contra-argumentar que em terra de cego, quem tem um olho é rei. Para não entrarmos em conflito, fica definido que Taleb é superior mesmo no ponto mais forte do asiático. A aposta é que o canadense maltrate o chinês no dirty boxing, complete o serviço no chão e consiga a interrupção via nocaute técnico.
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A pesagem do "UFC: MacDonald x Saffiedine", nesta sexta-feira em Halifax (CAN), transcorreu sem maiores surpresas. Todos os lutadores bateram o peso e confirmaram presença no evento deste sábado, incluindo os brasileiros Pedro Munhoz, Bruno Carioca e Raphael Assunção. Sem muita rivalidade e tensão entre os lutadores principais Rory MacDonald e Tarec Saffiedine, que fizeram uma encarada fria, o evento teve como destaques o campeão peso-médio do primeiro TUF Nations, Elias Theodorou, e o peso-leve Yosdenis Cedeno, que fizeram graça com fotos no palco.
Theodorou foi o primeiro dos dois lutadores a subir ao palco, para se pesar para o confronto com o brasileiro Bruno Carioca. O canadense tirou uma "selfie" com a plateia ao fundo antes de subir à balança e bater 83,9kg, mesmo peso registrado pelo lutador da Nova União. Na hora da encarada, Theodorou foi mascando chiclete, enquanto Carioca o encarava fixamente. Os dois se cumprimentaram depois do confronto.
Em seguida, veio o cubano Yosdenis Cedeno, cheio de estilo. Acompanhado por Jorge Santiago, seu treinador na Blackzilians, o peso-meio-médio apareceu vestindo boina e cachecol. Ele demorou um pouco para tirar a roupa e subiu à balança de óculos escuros e exibindo uma imagem de ultrassonografia 3D de seu filho, na barriga de sua mulher. Quando o apresentador Jon Anik anunciou seu peso de 70,3kg, Cedeno beijou a foto. Ele desceu da balança e trocou toda sua roupa por um uniforme nas cores de Cuba, incluindo um boné com a bandeira. Seu adversário, Chad Laprise, teve de esperá-lo terminar de se trocar para realizar a tradicional oportunidade de foto
O peso-galo Pedro Munhoz bateu 61,2kg na pesagem da primeira luta da noite, e fez uma encarada bem de perto com Jerrod Sanders, que registrou o mesmo peso. Os dois praticamente encostaram punhos nos rostos um do outro. (Veja no vídeo ao lado). O estreante Chris Kelades foi o primeiro a solicitar toalha para cobrir suas partes íntimas enquanto tirava a roupa para se pesar nu. Com apenas uma semana para perder peso, o peso-mosca bateu 57,2kg. Seu adversário, o irlandês Patrick Holohan, entrou com camisa da seleção irlandesa de futebol, bateu 56,7kg. Os dois trocaram provocações numa encarada a uma razoável distância.
O americano Daron Cruickshank foi o segundo a pedir a toalha para bater o peso. Sem cueca, ele registrou 70,3kg para sua luta contra o nigeriano Anthony Njokuani, que marcou o mesmo peso, só que de cueca. Na encarada, Njokuani ficou saltando e se aproximando de Cruickshank, que permaneceu impávido.
Na luta entre dois top 10 dos pesos-galos, tanto Raphael Assunção quanto Bryan Caraway bateram 61,2kg sem dificuldades. Na encarada, Caraway abriu um sorriso, enquanto Assunção permaneceu sério e focado no adversário. Os dois se cumprimentaram ao final do confronto. A pesagem do evento principal também foi sem grandes emoções. Tarec Saffiedine marcou 77,1kg, mesmo valor registrado por Rory MacDonald. Na encarada, o punho esquerdo do canadense MacDonald bloqueou o punho direito do belga Saffiedine, que se aproximava. Ao final do encontro, os dois seguiram se olhando por poucos segundos e se viraram sem se cumprimentar.
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Rory MacDonald (77,1kg) x Tarec Saffiedine (77,1kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Raphael Assunção (61,2kg) x Bryan Caraway (61,2kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Chad Laprise (70,3kg) x Yosdenis Cedeno (70,3kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Elias Theodorou (83,9kg) x Bruno Carioca (83,9kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Nordine Taleb (77,1kg) x Li Jingliang (77,6kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Mitch Gagnon (61,2kg) x Roman Salazar (61,2kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-leve (até 70,8kg): Daron Cruickshank (70,3kg) x Anthony Njokuani (70,3kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Olivier Aubin-Mercier (70,3kg) x Jake Lindsey (70,8kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Jason Saggo (70,3kg) x Paul Felder (70,3kg)
Peso-mosca (até 57,2kg): Paddy Holohan (56,7kg) x Chris Kelades (57,2kg)
peso-meio-médio (até 77,6kg): Matt Dwyer (76,7kg) x Albert Tumenov (77,1kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Pedro Munhoz (61,2kg) x Jerrod Sanders (61,2kg)