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MMA: UFC 182: Jones vs Cormier - Antevisão + Pesagens | Defesa do cinturão de meio-pesados


O UFC entra em 2015 metendo o pé na porta. No próximo sábado, na MGM Grand Garden Arena de Las Vegas, o UFC 182 traz uma aguardada disputa de cinturão e confrontos com implicações no top 10 de três categorias.

Na luta principal, finalmente Jon Jones e Daniel Cormier encontrarão um lugar melhor para resolver suas diferenças do que uma coletiva de imprensa: o octógono. O duelo valerá o cinturão meio-pesado de Bones....

Dos três combates que mexerão na parte de cima dos rankings, o mais aguardado envolve o sempre empolgante peso leve Donald Cerrone contra o invicto Myles Jury. Pela divisão dos moscas, o japonês Kyoji Horiguchi tenta avançar ainda mais na classificação contra o americano Louis Gaudinot. Já entre os meios-médios, o cubano Hector Lombard recebe Josh Burkman, que volta ao UFC depois de mais de seis anos. No meio do card principal, Brad Tavares e Nate Marquardt duelam pela categoria dos médios.

O card completo do UFC 182 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-meio-pesado: Jon Jones x Daniel Cormier
Peso-leve: Donald Cerrone x Myles Jury
Peso-médio: Brad Tavares x Nate Marquardt
Peso-mosca: Louis Gaudinot x Kyoji Horiguchi
Peso-meio-médio: Hector Lombard x Josh Burkman

CARD PRELIMINAR

Peso-leve: Danny Castillo x Paul Felder
Peso-galo: Marcus Brimage x Cody Garbrandt
Peso-pesado: Shawn Jordan x Jared Cannonier
Peso-leve: Evan Dunham x Rodrigo Damm
Peso-meio-médio: Mats Nilsson x Omari Akhmedov
Peso-galo: Alexis Dufresne x Marion Reneau


O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 22:00 horas do Brasil e 00:00 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Cinturão meio-pesado: Jon Jones (EUA) vs Daniel Cormier (EUA)

A vida de um campeão nunca é fácil, mas a de Jones (20-1 no MMA, 14-1 no UFC) tem sido mais dura que a média. Depois de enfileirar cinco ex-campeões em sequência e de ter um refresco com Chael Sonnen, Bones foi apresentado ao inferno contra Alexander Gustafsson, mas sobreviveu. Em seguida, anulou com maestria o jogo de Glover Teixeira e passeou diante do pegador brasileiro.

O que chamou muita atenção no retrospecto recente do campeão foi o fato de encarar duros oponentes em suas áreas de preferência. É verdade que o caso de Gustafsson foi diferente, visto que o sueco não deixou Jones impor seu jogo em quatro dos cinco rounds, mas Jonny deu seu jeito. Contra Teixeira, Bones encarou o furacão na curta distância, sem medo de ser pego por um pombo sem asa – é verdade também que o americano tratou de inutilizar o braço direito do brasileiro com uma inteligente trava no ombro no começo da luta.

Cormier (15-0 no MMA, 4-0 no UFC) também andou pegando alguns ex-campeões, mas em menor quantidade que Jones. A seu favor, uma carreira como peso pesado que durou até o fim de 2013. Na nova categoria, DC levou pouco mais de um minuto para nocautear o prospecto Patrick Cummins e humilhou Dan Henderson, arremessando-o com veemência ao solo antes de apagá-lo com um mata-leão.

Por conta de seu físico rechonchudo, Cormier ficou recoberto de dúvidas por um tempo em relação ao seu desempenho contra os mais atléticos da categoria meio-pesado. Porém, ainda que a idade avançada de Hendo relativize bastante o feito, é fato que Daniel fez com a lenda o que ninguém fez até hoje. Contra Cummins foi o boxe, o mesmo que nocauteou Antonio Pezão no Strikeforce, a resolver a parada. Diante de Henderson, o estelar wrestling, modalidade em que ninguém adaptou tão bem ao MMA quanto Cormier nos dias atuais.

O perfil de Jones encarar os pontos fortes dos oponentes deixa subentendido que o wrestling será o fator preponderante desta disputa. Para encarar o melhor da área no MMA, ele foi atrás do super talentoso Ed Ruth, tricampeão da Divisão I da NCAA e atual titular da seleção americana no estilo livre. O problema é que Cormier também se mexeu e trouxe o russo Murat Gatsalov, um dos maiores wrestlers da história, pentacampeão mundial, campeão olímpico e bronze no Mundial 2014, exatamente o homem que bateu Cormier na semifinal olímpica em Atenas.

Neste cenário, é possível prever problemas para Jones. Cormier é muito forte no clinch e está mais do que acostumado a lidar com adversários maiores e mais pesados. A questão será como o desafiante cortará a imensa desvantagem na envergadura. Para isso, o desafiante do Bellator Liam McGeary e seus mais de dois metros de alcance foi útil no camp da AKA, mas o talentoso britânico não é Jon Jones. Cormier precisará muito da movimentação lateral para minimizar os longos golpes retos do campeão.

É bem provável que, na primeira metade da luta, os fãs finalmente vejam Jones com as costas no chão. Apesar de ser mais forte, o campeão deve sofrer por baixo por algum tempo. Mas Bones é conhecido por crescer conforme o tempo passa e, tão provável quanto sua primeira vez chapado no chão serão os golpes lançados contra o corpo de DC, primeiro com socos, depois com chutes (o campeão deve economizar estes golpes no começo da luta por receio de ser derrubado). O desafiante tem ótimo condicionamento físico, mas Jones é implacável e atua em ritmo forte por muito tempo. Crescendo na parte final do combate, Jones deverá punir o rival, virar a luta e vencer por decisão.

Peso leve: Donald Cerrone (EUA) vs Myles Jury (EUA)

Ainda nem completou um ano e meio da derrota para Rafael dos Anjos e o sempre ativo Cerrone (25-6 no MMA, 12-3 no UFC) já entrou em mais uma sequência incrível de vitórias. Foram cinco, com quatro delas em 2014, ano em que aplicou violentos nocautes através de chutes altos em Adriano Martins e Jim Miller, finalizou Edson Barboza depois de um knockdown com jab e virou um duelo muito movimentado na estreia de Eddie Alvarez.

As vitórias mostram como o “Cowboy” é um sujeito muito versátil, agressivo e consistente. O kickboxing é centrado nos longos membros, com jabs e chutes sempre muito bem colocados e potentes. O jiu-jítsu é ofensivo e de grande poder de finalização, enquanto o wrestling até melhorou, mas segue como parte dos problemas defensivos que às vezes deixam Cerrone passar mais problemas do que deveria.

Recuperado das contusões que atrasaram sua vida, Jury (15-0 no MMA, 6-0 no UFC) vem fazendo o que se espera de um prospecto de tamanho talento: vence seguidamente. Em 2014, o jovem de 26 anos subiu no octógono em duas oportunidades. Na primeira, surrou Diego Sanchez sem dar chance a gracinhas de juízes com problemas de visão. Na segunda, precisou de um minuto e meio para se tornar o primeiro a nocautear o lendário Takanori Gomi.

O pupilo de Eric Del Fierro na Alliance MMA segue a cartilha de Cerrone de ser um exímio finalizador de lutas. Doze das quinze vitórias aconteceram por nocaute ou finalização e em onze oportunidades ele não permitiu que o adversário chegasse ao segundo round. “Fury” é um kickboxer versátil, perigoso em todas as distâncias, com muita precisão nos contragolpes e volume de jogo. Quando fica no corpo a corpo, Myles executa quedas de toda sorte e completa o serviço com muita movimentação no chão (ele é faixa preta de jiu-jítsu) e um ground and pound violento, num estilo que lembra o de Rory MacDonald, outro expoente desta geração. Jury sempre foi um atleta calmo para implementar as estratégias e conta com um preparo físico acima da média.

Este combate mostra como a selva dos pesos leves é pródiga em casamentos de lutas sensacionais. Apenas um acidente de percurso impedirá que este combate que envolve dois camaradas agressivos e que propõem a luta seja incrível.

Jury é perfeitamente capaz de seguir o que Nate Diaz e Rafael dos Anjos fizeram: pressionar Cerrone, ser preciso nos contragolpes e entrar com quedas para quebrar o ritmo. Ao contrário de Donald, Myles é um dos leves que menos é acertado. Sem deixar nenhuma ofensiva de Cerrone sem resposta, Jury deve conseguir impor seu estilo e garantir uma vitória por decisão usando o diferencial do ground and pound.

Peso médio: Brad Tavares (EUA) vs Nate Marquardt (EUA)

Era uma vez um havaiano que anotou cinco vitórias consecutivas e se viu às portas da discussão sobre disputa de cinturão. Quando o nível da concorrência apertou, no entanto, Tavares (12-3 no MMA, 7-3 no UFC) deu dois passos atrás e posicionou-se num lugar mais condizente aos seus talentos. Primeiro, deu azar de estar no caminho de Yoel Romero quando o cubano resolveu mostrar que seu wrestling é de elite. Em seguida, vencia Tim Boetsch com certa facilidade quando foi vitimado por mais uma das viradas do “Bárbaro”.

Tavares é um lutador que faz bem o básico, mas arrisca pouco. Seu kickboxing funciona na longa distância com golpes retos e chutes baixos em volume constante, mas não muito intenso. Desde que passou a treinar na Xtreme Couture, inseriu algumas quedas, normalmente double-legs em mergulho, entretanto seu jogo de chão é pouco eficiente. Tirando o combate contra Romero, campeão mundial e medalhista olímpico, a defesa de quedas de Tavares é um ponto forte em seu jogo, suficiente para negar as investidas de Marquardt.

Desde que foi banido do UFC em 2011, Marquardt segue com sua gangorra profissional. Ele conquistou o cinturão do Strikeforce na categoria de baixo com um violento nocaute contra Tyron Woodley, mas perdeu o título na luta seguinte ao levar uma surra de chutes nas pernas de Tarec Saffiedine. De volta ao UFC, sofreu dois nocautes brutais em sequência e salvou o emprego ao finalizar o neozelandês James Te Huna na casa do adversário, já novamente como peso médio.

“Nate The Great” foi um dos melhores da categoria na década passada, com um jogo completo, mas que claramente está na fase de declínio da carreira. A troca de golpes em pé é versátil e de grande poder de nocaute, misturando o caratê kempô com o kickboxing, atuando com autoridade nas diversas distâncias. Ofensivamente seu wrestling é bom e abre boas oportunidades para o dirty boxing no clinch ou para colocar o segundo dan da faixa preta de jiu-jítsu para jogo. Defensivamente, porém, Marquardt tem mais buracos que queijo suíço, tanto nas quedas quanto na luta em pé.

Há alguns anos era impensável que Marquardt pudesse perder para Tavares, mas os tempos são duros. Ainda que seja tecnicamente superior em todos os aspectos, talvez Nate não tenha mais a capacidade física para suportar um sujeito grande e forte como Brad.

A falta de maior volume pode deixar o havaiano em perigo nos avanços brutais de Marquardt. Portanto, a expectativa é que Tavares mantenha a luta em pé e pontue na longa distância, mas passe apuros nas longas brechas entre as combinações. Isso quer dizer que ou Tavares acaba nocauteado ou vence por decisão apertada.

Peso mosca: Kyoji Horiguchi (JAP) vs Louis Gaudinot (EUA)

Em três lutas no UFC, Horiguchi (14-1 no MMA, 3-0 no UFC) fez o que mais sabe: machucar gente. Ele estreou como peso galo nocauteando Dustin Pague antes de se estabelecer como mosca e dominar Darren Montague e trucidar Jon delos Reyes. Nos cerca de cinco rounds disputados, o japonês praticamente não passou apuros.

Com 1,65m de altura, Horiguchi é uma pequena máquina de bater em gente pequena (e até em gente com dez centímetros a mais, como Pague). Carateca desde os quatro ou cinco anos, pupilo de Kid Yamamoto na Killer Bees, o melhor lutador japonês da atualidade tem um arsenal de violentos golpes em pé, com capacidade de atacar andando para frente, gerando enorme potência sem prejudicar a precisão. O caratê o ensinou a trocar de base e a confundir os adversários, que ficam sem saber que tipo de ofensiva estará por vir. A parte de luta agarrada mostra o principal problema deste jovem de 24 anos, a defesa de quedas, ainda que ele normalmente consiga rapidamente ficar de pé.

Depois de ser brutalizado por Johnny Bedford no evento final do TUF 14, Gaudinot (6-3 no MMA, 1-2 no UFC) conquistou sua mais importante – e surpreendente – vitória ao apagar John Lineker com uma guilhotina. Porém este foi o único triunfo oficial do cabelo-verde no octógono, já que a vitória sobre Phil Harris ficou sem resultado depois de cair no antidoping. No meio, uma derrota para Tim Elliott.

Aluno de Tiger Schulmann, que também revelou Uriah Hall, Gaudinot é um trocador potente, também baseado no caratê e com boxe decente, tudo com muita velocidade e preparo físico invejável. No chão, embora sofra contra oposição fisicamente mais forte, “Goodnight” mostra senso de oportunismo apurado nas finalizações. Com as costas no chão, mostrou dificuldade contra lutadores de ground and pound violento, exatamente o caso de Horiguchi.

Quando escalou esta luta, provavelmente Sean Shelby levou em consideração que Gaudinot é um striker explosivo, com ótimo preparo físico e queixo de titânio (engoliu couro pesado de Lineker sem sucumbir), então pode se aproveitar dos momentos de baixa produção de Horiguchi. Sim, isso é verdade e deve proporcionar pelo menos alguns minutos de ótima ação pesomosquense até que as bombas do japonês comecem a fazer estrago. Lá pelo começo do terceiro round, um knockdown deve acontecer e uma saraivada de socos no ground and pound colocará fim ao sofrimento do americano.

Peso meio-médio: Hector Lombard (CUB) vs Josh Burkman (EUA)

A mudança de categoria, aguardada desde os tempos de Bellator, se mostrou acertada para Lombard (34-4-1 no MMA, 3-2 no UFC). Como peso médio, o cubano sofreu nas mãos dos enormes Yushin Okami e Tim Boetsch (e dos juízes). Como meio-médio, a força física estava ao seu lado e ele espancou Jake Shields, que não foi nocauteado por obra do acaso, e dizimou Marquardt em menos de dois minutos.

Ex-judoca olímpico, Lombard usa a arte marcial japonesa e seu físico atarracado e muito forte para desenvolver uma fortaleza na defesa de quedas. Mantendo os combates em pé, Hector bota para jogo as duas bigornas que sustenta nas extremidades dos braços. Seus socos são explosivos e rápidos, gerando uma potência difícil de igualar na categoria até mesmo para pegadores como Johny Hendricks. O jogo de pernas, embora não tão fluido, é suficiente para encurralar os adversários. No clinch, ele é destruidor tanto no dirty boxing quanto nas rápidas quedas. No chão, o faixa-preta de jiu-jítsu é técnico e ágil no controle posicional e nas transições, abrindo caminho para um ground and pound de perfuradora de petróleo.

Burkman (27-10 no MMA, 5-5 no UFC) teve uma passagem de três anos pelo octógono que chegou ao fim após três derrotas consecutivas em 2008. Em eventos menores, conquistou nove vitórias em onze combates, vingou a derrota para Jon Fitch no WSOF, nocauteou brutalmente Aaron Simpson e Tyler Stinson, mas dormiu num triângulo de Steve Carl na disputa do cinturão do evento de Ray Sefo.

Ex-TUF 2, Burkman começou no wrestling escolar e iniciou no MMA treinando na Team Quest de Portland com Chael Sonnen, onde desenvolveu boa defesa de quedas e senso de finalização no solo. Desde que foi demitido do UFC, mudou o esquema de treinamento, mudou-se para a The Pit Elevated de Chuck Liddell e passou a dar maior ênfase ao kickboxing, colhendo os frutos em suas apresentações posteriores. Defensivamente, até hoje mostra uma guarda ruim, com pouca mobilidade e dificuldade de voltar ao centro em pé.

O confronto de estilos é bastante prejudicial ao reestreante. Lombard é melhor nos pontos fortes de Burkman – é fisicamente mais forte, mais rápido e mais explosivo. O clinch deve ser evitado por Burkman a todo custo, sob pena de acabar nocauteado por uppercuts do demônio, como aconteceu com Marquardt, ou brutalizado no ground and pound depois de ser arremessado no chão (a probabilidade de Burkman raspar Lombard é estatisticamente desprezível). Seja como for, Josh deverá sofrer sua primeira derrota pela via rápida dolorosa.

Antevisão original de MMA-Brasil 

-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------


A idolatria de Jon Jones por Anderson Silva ficou clara novamente na pesagem do UFC 182, nesta sexta-feira, no Marquee Ballroom, em Las Vegas. Após encaradas intensas com o desafiante Daniel Cormier em eventos de divulgação do torneio de sábado, o campeão dos pesos-meio-pesados ficou de lado para seu adversário na última encarada antes da luta, ignorando-o, da mesma forma que o "Spider" fez contra seu próprio arquirrival, Chael Sonnen, no primeiro encontro entre os dois.

Agora, os dois só se reencontram neste sábado, no octógono montado no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. O Combate transmite o UFC 182 ao vivo e com exclusividade, a partir de 22h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha o torneio em Tempo Real.

As provocações entre Jones e Cormier começaram já nos bastidores, com o campeão e sua equipe antagonizando o desafiante à distância, separados por algumas dezenas de cadeiras. Ao entrarem no palco, Daniel Cormier foi bastante celebrado pelos fãs, enquanto Jon Jones teve recepção mista entre vaias e aplausos. Enquanto o campeão subia na balança, Cormier, pilhado, andava de um lado para o outro. O presidente do UFC, Dana White, logo entrou na frente de Cormier para impedir que uma briga acontecesse logo ali.

Na hora da encarada, porém, Jones imitou Anderson Silva e ficou de lado. Cormier iniciou o momento virado para Jones, com White atentamente entre eles. Quando notou a postura do rival, também ficou de lado, de costas para o público. A falta de "faíscas" no confronto frustrou a torcida, e "DC" usou isso para chamar a torcida para si.

- É muito revelador que as pessoas aqui estão torcendo por mim e elas nem gostam de mim, simplesmente odeiam o Jon Jones! - discursou Cormier, obtendo uma grande resposta do público.

"Bones", por sua vez, admitiu ter se motivado bastante para a luta pela rivalidade com "DC".

- Estou simplesmente confiante. Quero fazer coisas grandes e coisas grandes não vêm fácil. Por isso, estou muito empolgado - afirmou Jones, antes de deixar o palco.

Logo na segunda passagem pela balança da noite, uma das lutadoras não bateu o peso. A americana Alexis Dufresne registrou 62,6kg, quase um quilo acima do limite do peso-galo. Ela não tentou uma segunda pesagem e foi multada em 20% de sua bolsa. O brasileiro Rodrigo Damm foi o quinto a subir ao palco, e bateu o limite de 70,8kg sem dificuldades. Seu adversário, Evan Dunham, ficou um pouco mais leve, com 70,5kg.

A penúltima luta do card preliminar, entre o estreante Cody Garbrandt e o veterano Marcus Brimage, teve a primeira encarada mais "quente" do evento. Garbrandt provocou Brimage ao ficar cara a cara com ele, e o adversário, usando seu tradicional adereço de cabeça tirado do desenho animado Dragon Ball Z, respondeu à altura e riu das palavras do rival.

Na primeira luta do card principal, Josh Burkman surpreendeu na encarada com Hector Lombard ao vestir um macacão e fechá-lo por inteiro, como se estivesse se escondendo do cubano. O próprio Lombard, porém, olhou para baixo na hora de encarar o rival, que abriu o espaço para seu rosto e também olhou para baixo. A encarada do coevento principal também foi curiosa: Donald Cerrone vestiu seu tradicional chapéu de caubói para posar com seu adversário, Myles Jury, mas não fechou suas calças jeans. Ele sorriu e cumprimentou Jury, que manteve-se sério e concentrado na pose.

Confira os pesos registrados pelos lutadores na pesagem desta sexta-feira:

CARD PRINCIPAL

Peso-meio-pesado (até 93kg): Jon Jones (93kg) x Daniel Cormier (93kg)
Peso-leve (até 70,8kg)*: Donald Cerrone (70,5kg) x Myles Jury (70,5kg)
Peso-médio (até 84,4kg)*: Brad Tavares (83,9kg) x Nate Marquardt (84,1kg)
Peso-mosca (até 57,2kg)*: Louis Gaudinot (56,7kg) x Kyoji Horiguchi (56,7kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg)*: Hector Lombard (77,3kg) x Josh Burkman (77,6kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-leve (até 70,8kg)*: Danny Castillo (70,8kg) x Paul Felder (70,8kg)
Peso-galo (até 61,7kg)*: Marcus Brimage (61,7kg) x Cody Garbrandt (61,5kg)
Peso-pesado (até 120,7kg)*: Shawn Jordan (118,4kg) x Jared Cannonier (106,6kg)
Peso-leve (até 70,8kg)*: Evan Dunham (70,5kg) x Rodrigo Damm (70,8kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg)*: Mats Nilsson (77,6kg) x Omari Akhmedov (77,3kg)
Peso-galo (até 61,7kg)*: Alexis Dufresne (62,6kg)** x Marion Reneau (61,5kg)

* Valores incluindo 1lb (454g) de tolerância para lutas que não valem cinturão

** Não bateu o peso e foi multada em 20% do valor de sua bolsa

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