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Slobber Knocker #131: E porque o NXT é o futuro... (Edição 2015)


Altura para mais um Slobber Knocker e apresento mais um artigo de fim de ano/início do próximo. Este é muito mais referente a este ano que aí rola e é mais voltado para o futuro do que para os rescaldos do passado que tenho vindo a fazer nos anteriores artigos. Mesmo que tenha sempre que pescar algo ao 2014 para olhar para o 2015....

Este artigo também já o fiz no ano anterior e foquei-me em cada uma das actuais estrelas do NXT e analiso o seu futuro e potencial na WWE, assim como a possibilidade de subida. É um formato simples, para o caso de não se recordarem da edição do ano passado. Acompanhem e preparem-se para expor as vossas opiniões em relação a estes talentos


Adrian Neville – Não creio que sejam necessários tantos pormenores em relação ao ano de Adrian Neville quando nos lembramos bem que ele teve um ano bem ocupado como NXT Champion e que teve um reinado de luxo, cedendo o título apenas para alguém à sua altura que é bem lá encima. Apenas comprovou o que já tinha mostrado antes, que é não ser propício a erros e praticamente qualquer visita sua ao ringue dava em qualidade e já pôde aperfeiçoar os seus outros dotes, sabendo já como se desenrascar ao microfone, com ajuda do seu notável sotaque que lhe acrescenta um tom próprio. E o seu estilo em ringue ainda é dos que capta a atenção de qualquer um, mesmo que nem seja grande apreciador. É dos que têm lá que é bom que tratem como deve ser porque é dos que está lá encima na tabela e é para continuar assim com a subida iminente ao plantel principal.
Estreará em 2015?: Tudo indica que sim. Já o estão a preparar – não vejo a necessidade de uma alteração de gimmick, nem de algo muito flamejante – e já se fala. Já para não dizer que o NXT Championship é o principal passe para o roster principal, tendo em conta a subida praticamente imediata dos três Campeões anteriores. É que prontíssimo está ele, só falta saber se o Raw é que está preparado para receber malta nova de qualidade para saber onde os meter!


Alexa Bliss – É uma das coisas mais adoráveis ali dentro mas ainda está lá para ser trabalhada e é daquelas que está mesmo em desenvolvimento. A gimmick pode nem dizer muito e parece já colar-lhe o rótulo de Face com muita força, mas tudo isso é aceitável quando ela está no seu período inicial. Até acredito que seja em 2015 que a vejamos a brincar com as meninas grandes. Com a divisão feminina do NXT já tenho fé para dizer que confio neles e no aproveitamento que fazem a cada uma delas.
Estreará em 2015?: Não e acho que 2015 é para ser um ano importante para si no NXT. Vamos a ver.


Angelo Dawkins – Não tenho bem a certeza do que ele é. Sei que é um jobber, mas sei pouco mais. Nem sei o que a gimmick é suposto representar – não sou de ferro, é claro que acho piada à dança – nem sei se é suposto quererem fazer algo mais com ele. Também não sei se em 2015 dá para se descobrir alguma coisa acerca de qualquer uma dessas questões.
Estreará em 2015?: Sim, vejo-o com tantas possibilidades de estrear na WWE quanto eu.


Baron Corbin – Se juntarmos o total do seu tempo em ringue, somos capazes de ter um combate. Mas no seu caso é suposto. Squashers não são os melhores no que diz respeito a expor o seu potencial e não sabemos as limitações que segundos de combate possam esconder – aquele finisher é uma beleza, disso não haja dúvida. E também não nego que até souberam como vender um squash interessante – apesar que devem muito à plateia e à sua contagem do tempo. Agora só têm que superar a fraqueza que é ver em actividade a sério, um performer que vemos a fazer pouquíssimo a cada vez que vai ao ringue. Se não avançar daqui, cai fora das graças da plateia.
Estreará em 2015?: Não há razão para isso. Se tudo o que vimos foram squashes, mesmo que isso pareça parte da gimmick, não temos material nenhum para lhe dar as boas-vindas ao plantel principal. E se for para subir para fazer o mesmo, também não tem grande interesse. Que se desenvolva e mostre algo mais no NXT, que é lá que tem que se focar para já, antes de o quererem avançar para qualquer lado que seja.


Bayley – Já consta entre as Divas citadas para mostrar à malta que manda lá nos altos de que há muito boa lutadora aqui nas ligas baixas e que existem todas as condições para haver uma divisão feminina de categoria. No caso de dúvida, é rever o seu combate com a Charlotte. E também pode servir como uma lição de como fazer uma gimmick toda “goody babyface” com um tom algo cómico e saber manter a intensidade e seriedade necessária no ringue. No caso de ser preciso recordar, é rever o seu combate com a Charlotte. E já vi muito homem crescido e talentoso a quem não lhe dão as asas para demonstrar um décimo da fome e força de vontade por um título que Bayley mostrou pelo título feminino do NXT. Mais uma vez, é rever o combate com a Charlotte. Mais vale rever o combate com a Charlotte de uma vez e pronto.
Estreará em 2015?: Ainda não acho que o façam e ia perder-se na divisão tão desarrumada que é a do plantel principal. E apesar de parecer que foi no ano passado que ela atingiu o seu momento, ainda acho que possam capitalizar no seu estatuto de “underdog” e dar-lhe o título. Não por falta de mérito próprio, mas acho que Bayley é das que ainda podem ter que esperar um pouco.


Becky Lynch – Gosto bastante desta moça. E faço já o corte antes que alguém faça a observação de que gosto bastante delas todas. Mas tem tido um bom desenvolvimento e uma Heel Turn que lhe fez bem. Creio que seja a Diva “principiante” em quem estejam prontos para pegar e empurrar. Até acredito que a sua candidatura ao título esteja para breve e talvez até já siga Sasha Banks. Teve um ano verdadeiramente de desenvolvimento e já se apresentou ao público de forma convicente – tirando aquela primeira aparição com uma dança a estereotipar Irlandeses da pior forma – pronta para ver o seu crescimento em 2015.
Estreará em 2015?: Não me parece. Um bom ano no NXT? Vejo mais provável.


Buddy Murphy & Wesley Blake – São mais genéricos que um CAW básico de um videojogo, mas parecem ser bons em ringue. Dois tipos de aspecto genérico, com nomes mais ainda? Jobbers. Juntos numa tag team... É uma tag team de jobbers. Mas sempre pode dar em qualquer coisa mais. Não sei se decorarei os nomes tão cedo e, mesmo sendo fisicamente diferentes, ainda não os distingo. Mas sei que, para já, precisam bastante do outro.
Estrearão em 2015?: Claro que não, agora é que lhes falta jobbar no NXT.


Bull Dempsey – O outro squasher que também não gosta de ficar muito tempo no ringue e não acha piada que haja outro gajo a brincar ao mesmo que ele. Teve um 2014 atribulado em termos de ficar over. Estreou com uma música que, apesar do bom riff, apresentava um “chant” para o público acompanhar que tresandava a forçado para conseguir reacção. Enquanto se queria saber pouco dele – um pouco ainda – juntou-se a um de quem queriam saber menos e virou Heel contra este, sem que houvesse grande heat para tirar daí. Desde então é squash e meteu-se na rivalidade com outro squasher, para antecipar um encontro pouco antecipado pelos fãs por envolver duas estrelas que mal passaram a barra de um minuto dos seus combates a fazer algo prolongado sem que haja uma ideia vendidade de que tal é algo que valha a pena ver. Logo, há muito trabalho a fazer com Bull Dempsey se querem um lutador deste calibre monstruoso verdadeiramente bom.
Estreará no 2015?: Lá porque a sua gimmick o mostra como uma ameaça no NXT, no roster principal é um menino. E isso porque no NXT também é um menino em termos de maturidade. Tem um 2015 pela frente e “desenvolvimento” é mesmo uma palavra-chave no caso de Bull Dempsey.


Carmella – Chegou recentemente e é para se juntar à galhofa do Enzo Amore e do Collin Cassidy. Boa maneira de a deixar over logo, por associação – apesar que a Blue Pants conseguiu ficar mais over ainda. Mesmo não tendo tanto como a dupla em questão, tem o seu carisma no sítio e é capaz de vir a estar mais ocupada como valet do que como competidora, sendo uma lutadora mais ocasional. Ainda está a começar, prevê-se algo engraçado para 2015.
Estreará em 2015?: Para mim, estreia como manager quando estrearem Enzo e o Big Cass. E esses vão quando tiverem que ir, já falo neles.



Charlotte – Que há a dizer sobre Charlotte para além de que foi a Diva do ano no NXT e ocupou todo o ano pós-Wrestlemania como NXT Women's Champion. Que deu combates cinco estrelas com várias meninas também cheias de talento como forma de mostrar que isso de wrestling feminino fraco é uma ilusão que andam a vender ali para os programas grandes. Encabeçou esta rica divisão feminina e não acho que seja preciso dizer muito mais a não ser de que 2014 foi um grande ano para a menina Flair que, felizmente, é mais ajuizada que o pai. E que 2015 só tem que ser ainda melhor.
Estreará em 2015?: Sim, acredito que já se vão preparando as coisas. Já se falou no assunto e ela já la foi dar uma perninha, mesmo que em derrotas sem justificação. Não tarda nada já deve poder andar pelo main roster, sem precisar de um Total Divas, esperemos.


CJ Parker – Depois da tentativa falhada de um push como Face com uma gimmick que desafiava a Wellness Policy, lá encontraram posto para ele: jobber. Mudando a gimmick para um ambientalista chato para o manter Heel, não há histórias propriamente ditas para CJ Parker. Mas já jobbou da sua vida e parece que é esse o seu posto. Dado o que eu já vi dele, não sei se também lhe daria outra coisa.
Estreará em 2015?: De maneira nenhuma. E este até é daqueles que mais depressa o vejo a levar a folha de demissão para casa do que uma promoção à Liga Grande.


Enzo Amore & Colin Cassidy – Continuam a ser um espectáculo e são uma explosão pirotécnica de carisma a cada vez que vêm ao ringue para espalhar a sua carreirada de catchphrases, que não é assim tão curta mas que aquela malta já sabe de coração tão bem, tintim por tintim. E compreende-se, os tipos pegam fogo àquele recinto e vê-se neles uns pequenos New Age Outlaws – sigam as semelhanças entre os discursos. Também temos que ter em conta que há limitações em ringue por parte dos lutadores, especialmente Enzo, mas estes são dos que mexem com uma plateia e conseguem vender-se através disso. E não há melhor prova que este percurso no NXT, em que o público é todo deles. Dos tipos que queremos sempre ver mais e que queremos a ver ao ringue por ser diversão garantida. Eles e a Blue Pants, tragam-nos mais vezes!
Estreará em 2015?: É uma tag team diferente dos Vaudevillains e dos Ascension, portanto até arrisco dizer que estes já podiam subir e ficar over. A não ser que a plateia seja morta, eles conseguem agitá-la e com muitos já a conhecê-los, a reacção seria algo de lindo. Não tinham que trabalhar mais nada, apenas deixá-los ser eles e colocá-los em algumas boas feuds cómicas, sem exagerar na parvoíce, senão tinham que ter aulas com o Santino de “como ter piada natural própria mas ter que a utilizar em segmentos de paralisia cerebral”. Mas ainda não deve acontecer.


Finn Bálor – Dos grandes no meio disto tudo, por fazer parte de uma daquelas grandes contratações que a WWE até anunciou. Já bem conhecido nas independentes como Prince Devitt, remodela-se como Finn Bálor e já encantou o público que o desconhecia e continuou as delícias daqueles que já estavam familiarizados com ele. Não deixa de constar entre os grandes nomes do NXT, mesmo que ainda tenha feito pouco e o seu percurso ainda se fica pela parceria com outra grande contratação para dar uma sova aos Ascension. E conseguir cânticos de “Holy shit” apenas com a sua entrada. É o tipo de Superstar que temos em Finn Bálor.
Estreará em 2015?: Calibre tem para já lá estar logo, até. E fala-se que uma das cláusulas do seu contrato indicam que não é suposto ele ficar no NXT por muito tempo. Mas acho que ainda tem algumas coisas a fazer, inclusive talvez um reinado como Campeão de equipas ou até mesmo um percurso singular atrás do NXT Championship. Talvez seja mesmo só o seu 2015 que seja recheado no NXT e logo a seguir já esteja pronto para subir.



Hideo Itami – Outro senhor entre aquelas grandes contratações e é o tal parceiro de Bálor, com quem ele partilha grandes momentos. Se Bálor é o homem que consegue cantos de “Holy shit” durante a entrada, Itami é o homem que consegue o maior pop da noite só por quase fazer uma manobra que nem chega a fazer. De facto, Kenta é um dos nomes gigantes do Japão que finalmente chega à WWE. E toda a malta sabe que uma manobra bastante sua é um certo original de um certo GTS que pertencia a um certo cavalheiro que já por estas bandas não trabalha mais. Mas nem é só isso que Kenta/Itami tem de especial. O que lhe falta em dotes verbais – ainda tem muitas dificuldades no Inglês mas dá o seu melhor para se comunicar – ele compensa em actividade extraordinária em ringue, dominando o que quiser à patada e fazendo-o parecer uma brincadeira. Não é por acaso que era visto entre os melhores – e há muito de quem diga “o melhor” - lutadores Japoneses e mundiais e se, de facto, se nota que ele ainda está em período de desenvolvimento e adaptação a um estilo de luta mais WWE... Imaginem quando já estiver no ponto.
Estreará em 2015?: Devem deixá-lo aperfeiçoar o seu estilo. E se ainda tem algumas coisinhas a fazer com Bálor, tem que lá estar. Dos que vejo a ter um estupendo 2015 ainda no NXT e já prontos para integrar o recreio dos grandes em 2016.


Jason Jordan & Tye Dillinger – E por falar em tag teams jobbers... Que já foi há um bom pedaço que falei em tal, mas não importa... Chega a parceria de Jason Jordan e Tye Dillinger, equipa que está lá quando é preciso alguém. Tanto que nem sei se é suposto serem Faces ou Heels, acho que os vou vendo das duas formas, de acordo com o que seja preciso. Tye Dillinger apenas sofre de um look e carisma genérico pois tem os seus devidos dotes em ringue. Jason Jordan parece feito de encomenda para jobbar e se não está a fazer isso sozinho, está a fazê-lo com um parceiro – um parceiro de tag team antigo que ele teve, podem ir verificá-lo e ver que foi remodelado e agora está muito mais “gorgeous”. Enchem a divisão de equipas mas não enchem o seu currículo de vitórias.
Estreará em 2015?: Já têm equipas para jobbar lá, não precisam destes.


Kevin Owens – E faltava um nome entre aquelas três grandes contratações que mostram um futuro bastante sorridente para a WWE. O ex-Ring of Honor Champion Kevin Steen decidiu reencontrar-se com o seu velho amigo El Generico, a quem brindou com o seu combate de partida da ROH, e fê-lo destruindo-o. Ainda fez tão pouco e já fez tanto. Acho que é seguro dizer que já está na rota do título e ainda agora chegou. Mas acho que não era preciso estar a apresentar e a “vender” Kevin Owens, que já é tão bem conhecido. Com esta sua atitude, antevê-se um futuro jeitoso!
Estreará em 2015?: Este é outro que, por mim, chegava lá já esta semana, fazia uma powerbomb na beira do ringue a quem estivesse a merecer e um “Package Piledriver” a outro que tal e tínhamos uma estrela de topo já lá. Mas acho que ainda há uma longa – e linda – rivalidade com Sami Zayn, retomando a velha feud com El Generico, e muito impacto e destruição a causar no NXT em 2015. Depois daí é quando quiserem, pronto já estava ele desde antes de integrar os SCUM.


The Lucha Dragons – Olha o Sin Cara com um título! Nada a aprofundar acerca do ano de uma equipa que acabou o ano como Campeã sólida de equipas. Mas pode haver a apontar em relação à equipa em si. Com Hunico a vestir a máscara, Sin Cara teve uma remodelação considerável e começou a evoluir agora. O que está a acontecer com Sin Cara agora é o que já devia ter acontecido há muito tempo, quando ele chegou. Já Kalisto, esse parece simplesmente ser aquilo que a WWE queria que o Sin Cara fosse. Juntá-los numa tag team pareceu lógico e até têm estado over e revelaram-se como uma melhor parceria do que muitos esperavam.
Estreará em 2015?: Uma equipa destas pode estrear a qualquer momento, não precisa de grande construção – e para o Sin Cara já não é nenhuma estreia. Mas ainda se sujeita a cair na obscuridade e a fazer demasiado companhia aos Los Matadores. Se houvesse alguma divisão Cruiserweight, tanto um como o outro caíam lá direitinhos.



Marcus Louis – Não o conhecemos tão bem, sabemos que não se importa de sacrificar todo o cabelo e as sobrancelhas para o espectáculo e para se tornar numa autêntica aberração. Pouco conhecemos dele em ringue e pouca gimmick mostrou, talvez agora já tenha pretexto para apresentar algo mais psicopata devido ao seu assustador aspecto. Creio que ainda está para se revelar verdadeiramente e ainda nem aqueceu propriamente. Temos que o conhecer melhor, além da sua feiura.
Estreará em 2015?: Óbvio que não.


Mojo Rawley – Exemplo de alguém que não cativou grande interesse dos fãs e esse pouco interesse ainda conseguiu desvanecer. Vem com uma gimmick de hiperactivo que o coloca a correr e a saltar de um lado para outro, como se tivesse cafeína em vez de sangue. Nem de propósito, calha a um tipo com pouco fôlego, deixando-o cansado antes do combate começar. Junta-se isso a umas tão visíveis limitações em ringue e temos performances pobres que já o enterraram aos olhos de muitos fãs. Encontra-se inactivo devido a uma lesão e a falta que ele não tem feito lá já fala por si.
Estreará em 2015?: Para quê? Para gente que devia estar over e não está, para que haviam de inserir alguém que mal está pronto para estar no NXT, quanto mais no plantel principal pós-desenvolvimento...


Sami Zayn – Partilha com Adrian Neville a medalha de “Superstar do Ano” no NXT, prémio que lhe chegou mesmo a ser atribuído nos Slammys. Sim, é El Generico a mostrar que pode muito bem distanciar-se da velha e hilariante persona mascarada e continuar a ser espectacular. Os cantos mantêm-se e é suposto, mas este homem já é Sami Zayn, já encheu bem aquele nome e já formou uma estrela que acabou o ano em grande, como NXT Champion – mesmo que a celebração tenha sido uma baixa agridoce causada pelo amigalhaço Kevin Owens – depois de um ano inteiro a mostrar ser o perfeito “underdog”: um performer 5 estrelas, acima de quase todos os outros, que nunca ganha o “big one”, mesmo que fique sempre lá tão perto. Até que ganhou mesmo e teve uma reacção épica. Um momento Wrestlemania, que aconteceu numa pequena arena do NXT Takeover. Um Superstar de topop já aqui feito e aqui estaremos para ver as maravilhas que este reinado lhe possa trazer.
Estreará em 2015?: Talvez lá mais para o fim, se tivermos em conta o hábito de promover os Campeões. Digo “para o fim” para dar tempo de se construir um reinado bem sólido e longo, com muita maravilha e boa TV a ser-nos dada com a ajuda e companhia de Kevin Owens e de outros talentos de tão alto calibre que com ele partilham o ringue das cordas amarelas.


Sasha Banks – Desenvolvimento do ano, nem lhe ponho dúvidas. Estive a reler alguns dos textos que escrevi para a edição deste artigo do ano passado e quando cheguei ao de Sasha Banks até soltei umas risadas. Apontei que ela ainda estava mesmo em desenvolvimento, que necessitava de trabalho, mantendo-se alguns furos abaixo das outras, mas que tinha o potencial todo para subir. E aí está o fruto desse trabalho: fica só atrás de Charlotte como a Diva do ano no NXT. Grande desenvolvimento em personalidade, carácter, personagem e carisma, tornando-se alguém notável e que saiba chamar a atenção. Nem comento as melhorias em ringue que são as mais impressionantes, tornando-se uma atleta de alto calibre, com grandes combates já na bagagem onde impressionou com os seus talentos. Merecedora da candidatura ao título que teve agora perto do fim do ano e até do próprio título. Já não é só uma menina bonita, é mesmo a “Boss” e faço-lhe todas as vénias possíveis.
Estreará em 2015?: E porque não? Com o desenvolvimento que teve, ficou pronta na questão de um ano e se é para ser Campeã antes disso, até podem trabalhar tudo isso num ano que ainda está para começar. Não é que esteja a querer apressar as coisas, até porque não sei até que ponto é que pode haver alguma pressa em mandar raparigas talentosas para o plantel principal para terem o aproveitamento que se espera que venham a ter. É mesmo só porque já está pronta e já o mostrou num combate no Main Event com Charlotte, a outra prontinha.


Scott Dawson – Parecer-se com o Arn Anderson não lhe adianta. Nem lutar um pouco como ele. Sempre lhe tentam dar um parceiro de equipas e nunca conseguem mantê-lo memorável em TV. Está difícil colocar estrelato em Scott Dawson.
Estreará em 2015?: Também o vejo a ser mais depressa dispensado do que promovido. Promovido não é, de certeza, só falta saber se têm interesse em mantê-lo.


Sylvester Lefort – Já se separou de Marcus Louis e seria a ele que tocava a perda de cabelo e daí partiu a separação. Também é dos pouco vistos e ainda não mostrou assim muito em ringue. Fiquei com alguma pena de separarem a equipa, não por achar algo de extraordinário mas porque tinham gimmick que podia preencher um pouco mais a divisão e tinham uma vibe de “La Resistánce” que podia ser aproveitada. E Lefort não parece ter muito nele que o safe como competidor singular. Até o conhecemos inicialmente como manager e se calhar é aí que está melhor, não porque tenha algum dote verbal estonteante, mas simplesmente por ter uma gimmick que pode captar alguma atenção para um porta-voz inactivo e é capaz de ter capacidades em ringue ainda inferiores. Um caso a ir vendo para ir aprendendo.
Estreará em 2015?: Por acaso como manager, dá para estrear a qualquer altura. Mas também não há razão para sair já daqui, ainda para mais quando nem tem andado tão aparecido. Como lutador não tem hipóteses para já.


Tyler Breeze – Continua a ser das melhores coisas a brindar-nos o ecrã e ele muito pomposamente sabe disso. Gimmick “flashy” que resulta tão bem, muito possivelmente graças ao performer que lhe dá vida, se calhar daria num desastre se estivesse no plantel principal e nas mãos erradas. Aqui é uma fonte de entretenimento e consegue complementar tudo isso com excelentes dotes em ringue. Já teve a sua visita ao topo e até constou na Fatal 4-Way pelo título, que não falta em qualquer lista de combates do ano que se preze. É o balanço perfeito entre uma personagem cómica e a seriedade de um competidor intenso em ringue, aquilo em que eles muitas vezes falham quando criam alguma personagem minimamente mais cómica. Mas lá está, isso é no plantel principal onde tem havido mais bagunça nos bookings e onde podiam aprender qualquer coisinha com os senhores que governam este “C show”. Já Tyler Breeze, a esse não lhe resta muito mais que aprender.
Estreará em 2015?: Não digo que não esteja pronto, mas para além de achar que ele ainda tem umas coisitas a fazer no NXT, confesso que tenho muito medo do que lhe podia acontecer na sua subida. Não confio nem um pouco nos tais oficiais da WWE que não conseguem administrar uma personagem destas como deve ser e não tardava nada e Tyler Breeze, o rapaz que levanta o telhado da arena do NXT, iria para junto de outros como Fandango e Adam Rose, de quem sou fã, mas que nunca tiveram uma chance a sério porque não souberam fazer peva com a primeira chance sequer. Até deve ser um caso em que é o main roster que tem que se desenvolver e não Tyler Breeze.


The Vaudevillains – Gimmicks em tag teams dão-lhes atenção. Se forem engraçadas e bem executadas como é o caso dos Vaudevillains, ainda mais. Daí que se tenha sempre a dupla de Aiden English e Simon Gotch em conta, no que diz respeito à divisão tag team do NXT. Até acabaram o ano com a caça aos títulos. Já no ano anterior tinha confessado que gostava de Aiden English a solo com a sua gimmick de cantor, que o tornava bastante entretido. Mas devia ter demasiado “midcard baixo” escrito nele que o juntaram a outro lutador e deram-lhe trabalho em duplas. O que nem foi má ideia visto que se criou uma gimmick original e divertida. À moda de uns bons “silent movies” de comédia da década de 20/30, protagonizam segmentos notáveis sem deixar de os vender como legítimas ameaças aos Campeões tag team, se os títulos forem o seu alvo. É de notar que ambos apresentam limitações em ringue, daí que talvez o trabalho em conjunto e a gimmick notável seja algo que os ajude e complemente. Têm um 2015 para se tornar mais completos ainda e até nem me refiro aos tais dotes espectaculares em ringue.
Estrearão em 2015?: Têm que recuperar do tombo que foram os Ascension e o bem que aquilo não correu, antes de introduzirem mais tag teams com gimmicks vincadas, se não souberem como os inserir no Raw sem ser de forma paupérrima, com segmentos não convincentes e a ficar a anos-luz aquém do que apresentavam no NXT. Com uma gimmick destas, estavam destinados a prender-se no território Adam Rose no roster principal. Talvez sejam mais os oficiais do Raw que precisam de desenvolvimento do que os lutadores em questão, mas as coisas estão difíceis para estrear alguém como os Vaudevillains no plantel principal. E no NXT ainda têm muito por onde se manter quentes.


Acho que não me esqueço de ninguém, como já é habitual na minha paranóia sem necessidade. Fica o plantel do NXT abordado, com uns olhares breves aos passados e aos futuros de modo a poder fazer uma análise global. É por aqui que me fico e passo a responsabilidade toda para vós no que diz respeito a opinar estes talentos “em desenvolvimento” e até de prever as suas subidas ao plantel principal. Entrego-vos o artigo, faço sempre isso. Até podem pegar na questão:

“São dos que acham que mais vale manter os melhores talentos no NXT devido à possível falta de aproveitamento no Raw e no Smackdown”

Estão à vossa vontade e eu lá farei por cá estar na próxima semana, possivelmente já com o tão próximo Royal Rumble no bico. Até lá espero que fiquem bem, que continuem a ter uma positiva entrada em 2015 e que estejam a lidar bem com o Inverno, para aqui para este lado do Atlântico!

Cumprimentos,
Chris JRM




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