Toca do Lobo - Introdução - American Wrestling vs Lucha Libre vs Puroresu
Saudações a todos os leitores presentes, sejam bem vindos a Toca do Lobo, o mais recente espaço cronico (this sounds wrong XD) do Wrestling Noticias. Puxem de uma cadeira, e permitam-me apresentar o que vem ai. Para
aqueles que não me conhecem, eu sou conhecido por estas bandas por Beowolf, e já ando nestas andanças da blogosfera a uns anos valentes tendo começado a minha "carreira" como cronista no Universo Wrestling pouco depois da sua criação.
Tinha sido chamado de inicio para ser o "expert" sobre puroresu, mas acabei por ser posto a fazer outras tarefas, entre elas moderador de chat, fazer cronicas sobre os 5 star matches pontuados pelo Wrestling Observer Newsletter, e no final acabei por criar o que viria a ser um dos primeiros podcasts portugueses sobre wrestling, o Piledriver, espaço esse que viria algum tempo depois tornar-se no Battle Royal que eu e o João Basilio fundámos em conjunto.
No entanto continuei ligado ao mundo do wrestling, tendo entrado numa escola de wrestling (CTW) e após 3 anos de treino ter já tido a minha estreia em publico. E foi das melhores sensações que já tive na minha vida. Mas não estamos aqui para falar disso, mas sim do que se irá tratar este espaço. Bem, eu de certa forma continuei a assistir ao produto existente mas noutras variedades, nomeadamente a versão japonesa.
Lendas do Puroresu, onde irei fazer um breve resumo da vida profissional daqueles que ajudaram o puroresu a chegar ao patamar onde se encontra hoje, e se possível, partilhar convosco alguns dos melhores combates da carreira desses indivíduos.
Era uma vez no Japão, onde irei falar das storylines e feuds mais importantes da historia do wrestling japonês, para provar que apesar do realismo e do facto do puroresu ser considerado lá um desporto, eles também têm uma historia para contar ao publico.
Inovadores do Wrestling, onde terei como tema um finisher ou signature move, e onde farei um tributo não só aos que ajudaram a tornar esse golpe popular, mas também ao seu criador, que muitas vezes não é conhecido do publico geral.
Durante muito tempo, o pró wrestling era considerado como um género de desporto legítimo, onde não se distinguia muito do wrestling amador, tirando algumas diferenças (uso de golpes, submissões….). Os espectáculos eram feitos em feiras ambulantes e circos, onde os lutadores frequentemente lançavam desafios ao público para maior divertimento. Nomes como Martin Burns, Georg Hackenschmidt e Frank Gotch dominavam o meio, principalmente Frank Gotch, que pode-se dizer que foi o grande responsável pela popularidade do pró wrestling nos EUA, e aquele que pode dizer-se tem sido o 1º campeão indisputável, ao derrotar todos os seus competidores tanto na América do Norte como na Europa.

Mas durante os anos 20, devido ao grande uso de teatralidade e o chamado admitted fakeness (kayfable), o pró wrestling deixou de ser considerado como uma forma desportiva, para passar a ser considerado um género de espectáculo. O facto de os combates terem um “guião”, ajudou a perder a sua legitimidade entre os críticos quando comparado a desportos como boxe, MMA e wrestling amador.
Com o aparecimento da televisão nos anos 50 e da TV por cabo nos anos 80, o pró wrestling atingiu uma popularidade nunca antes vista, atingindo níveis de audiências nunca antes vistos. Como tal, para melhor se ajustar ao género de espectáculo televisivo, a natureza do pró wrestling mudou drasticamente, dando maior prioridade e ênfase as historias e desenvolvimento de personagem, do que ao realismo e nível técnico dos combates em si.
Alias, se tivermos de comparar o pró
wrestling americano dos dias de hoje com algo (não me odeiem por isto), eu
diria que podíamos comparar com uma peça de teatro ou uma obra dramática.
Existe uma história para cada combate, havendo histórias maiores compostas por
vários combates. Essas histórias são compostas por personagens como os faces
e heels, havendo por vezes a existência de um anti-herói, conhecido no
meio por tweener. Existe um “triunfo” quando o face ganha, e uma “tragédia”
se o heel ganhar, sendo o confronto entre ambos o ponto principal da historia.
E para não falar que a relação entre ambos pode ser algo simples como um
simples desafio por um título, como algo mais complexo e construído ao longo de
varias semanas (feud entre Kane e Undertaker, Triple H e HBK, Steve Austin e
The Rock).
Grandes Nomes: Hulk Hogan, Rick Flair, Undertaker, Sting, Stone Cold Steve Austin, the Rock
Apesar de no wrestling mexicano também existirem personagens e construção de
histórias, a verdade é que não recebem tanto ênfase como no Estados Unidos.
Enquanto que no estilo americano dão maior uso a movimentos de força e golpes
físicos, para dessa forma criarem o que se chama de psicologia de ringue, no
México os wrestlers são tradicionalmente mais leves e ágeis, dando maior uso a
manobras aéreas, criando assim um ritmo mais acelerado nos combates. Esta
diferença de estilos é devido a evolução independente do desporto no México no
inicio da década de 30, mas principalmente porque os wrestlers da categoria cruiserweight são muito mais
populares dentro da Lucha
Libre
No ano de 1942, a lucha
libre seria para sempre mudada quando um wrestler usando uma mascara
prateada fez a sua estreia na cidade do México, ao ganhar uma 8-man battle royal. Era conhecido
apenas por El Santo. O público ficou completamente apaixonado pela mística e
secretismo da personagem, tornando-se rapidamente o equivalente no México a
Hulk Hogan nos Estados Unidos. Houve vários outros luchadores que ajudaram a popularizar o
estilo, entre eles Gory Guerrero que
desenvolveu inúmeros movimentos e manobras hoje comuns no pró wrestling; Blue Demon,
o maior rival de El
Santo; e Mil Mascaras que ajudou a
introduzir o estilo high
flying a audiências a nível mundial.
A Lucha libre é também muito popular pelos seus tag team matches. Ao contrário dos combates 2vs2 comuns nos EUA, os combates tag team no México são na sua grande maioria compostos por equipas de 3 elementos. Desses três elementos, um é designado como capitão. Uma vitória é conseguida ou fazendo um pin no capitão adversário, ou eliminado os restantes elementos da equipa. No último caso, devido ao estilo e velocidade dos combates, é costume ambos os pins ocorrerem ao mesmo tempo. Outra das grandes diferenças reside no facto de que não existir a necessidade de fazer o “tag” para poder trocar com o parceiro, bastando sair do ringue para tal acontecer.
O estilo lucha libre é
conhecido pelo uso das cordas do ringue no uso de manobras aéreas, o uso de várias
combinações de movimentos em rápida sucessão e por aplicarem complexos golpes
de submissão. A lucha libre
tem diversas categorias de peso, sendo muitas delas preenchidas por wrestlers
mais ágeis e leves, que muitas vezes fazem as suas estreias no ringue durante a
sua adolescência.
Este sistema tem a vantagem de permitir a wrestlers adquirirem vários anos de experiencia antes de chegarem sequer aos 30 anos de idade. Muitos wrestlers japoneses famosos começaram a sua carreira no México antes de se tornarem famosos no Japão. Devido a grande quantidade de categorias de peso, o México tem o maior número de pró wrestlers a nível mundial.
Por fim, um dos símbolos mais importantes da lucha libre, as mascaras. O uso das
mascaras data dos primórdios do século XX, e têm um grande significado
histórico no México em geral devido a sua ligação com a época dos astecas. No
inicio usavam-se mascaras com cores básicas de forma a distinguir o luchador, sendo nos dias de
hoje desenhadas de forma a evocar imagens de animais, deuses, heróis antigos,
dando assim um identidade única ao luchador. Virtualmente falando, todos os wrestlers no México
começam as suas carreiras usando mascaras, podendo ao longo da sua carreira
“perder” a sua mascara.
A importância e simbolismo da mascara é tão grande no
México, que ao longo da sua carreira, luchadores são vistos a usar as suas mascaras em publico, e
fazem grandes esforços para manter a sua verdadeira identidade secreta. Perder
a sua mascara será o fim da personagem pois perde a sua identidade juntamente
com a mascara, o que levará ao wrestler a ter de continuar a sua carreira sem
mascara, ou ter de adoptar uma nova personagem e uma nova mascara.
Com tanta importância colocada nas mascaras, perder a mascara é considerado o maior dos insultos, o que por vezes danifica seriamente a carreira do wrestler desmascarado (apesar de haver wrestlers que apesar de desmascarados, continuaram a ter grandes carreiras). Apostar a mascara tornou-se uma grande tradição em ternos de combates para terminar grandes rivalidades entre dois luchadores. Este tipo de combate tornou-se conhecido por luchas de apuestas, onde ambos wrestlers apostam ou a mascara, ou o seu cabelo.
Grandes Nomes: El
Santo, Blue Demon,
Mil Mascaras, Gory Guerrero
Apesar de ter as suas origens no wrestling americano,
o puroresu distinguiu-se muito devido a evolução e ambiente onde se
desenvolveu. Um grande diferença deste género para os outros dois, é a
psicologia no ringue e a sua apresentação.
Enquanto que o estilo americano e o mexicano é considerado como entretenimento, no Japão o pró wrestling é tratado como um desporto de combate uma vez que engloba vários golpes de artes marciais e manobras de submissão, criando assim uma atmosfera de realismo, continuando no entanto ainda a ter os resultados dos combates predefinidos. Devido a profunda ligação que o Japão tem com as artes marciais, muitos wrestlers têm as suas origens numa arte marcial como Sumo, Judo ou Jiu-jitsu.
O pró wrestling japonês foi fundado pelo antigo sumo
wrestler Rikidōzan, que é conhecido
como o “pai do Puroresu”. Rikidōzan criou em 1953 a primeira companhia de pró
wrestling japonês, a Japan Pro Wrestling Alliance.
Desde então teve grandes confrontos com lendas como Lou Thesz e Freddie Bassie.
Ele trouxe grande popularidade ao desporto até 1963, ano em que foi assassinado
por um membro da yakuza.
Após a sua morte, os seus dois maiores aprendizes, Giant Baba e António Inoki, separaram-se e criaram as suas respectivas companhias de wrestling, criando ao mesmo tempo dois estilos diferentes que viriam a ser a base de todo o wrestling japonês.
António
Inoki fundou o New Japan Pro Wrestling,
que utilizava o chamado “Strong Style”.
Neste estilo, os wrestlers incorporam pontapés e golpes provenientes das artes
marciais, e tinham um grande ênfase no combate técnico e de submissão. A
maioria dos combates acaba de forma limpa, seja por KO ou submissão.
É por estes motivos que eu costumo dizer a atitude de um wrestler no Japão que sabe que vai perder é do género “ se tenho de perder, vais ter d suar para o conseguires”. Por vezes Inoki chega mesmo a marcar combates de MMA nos seus shows, tendo em conta a ligação entre os dois estilos, e o facto de Inoki ser muito adepto do estilo “shoot” de wrestling.
Por outro lado, Giant Baba fundou o All Japan Pro Wrestling, que incorpora o estilo “King’s Road”. Este género deriva em grande parte do estilo americano, mais concretamente do estilo de wrestlers da NWA, tais como Harley Race, Dory Funk Jr. e Terry Funk, todos antigos adversários de Giant Baba no Japão. Como tal, este estilo tem um grande ênfase em holds, golpes sujos e elementos típicos de psicologia de ringue.
Com o passar dos tempos, ambos os estilos foram introduzindo vertentes de outros géneros de wrestling, como lucha libre, hardcore e shoot, tendo no entanto conseguido manter a sua identidade.
Grandes Nomes: Rikidōzan, Giant Baba, Antonio Inoki, Keiji Mutoh/The Great Muta , Mitsuharu Misawa, Kenta Kobashi

Mas devido a questões pessoais, profissionais e o facto do meu amor pelo produto morrer um pouco, acabei por me afastar do mundo dos blogs aos poucos.
No entanto continuei ligado ao mundo do wrestling, tendo entrado numa escola de wrestling (CTW) e após 3 anos de treino ter já tido a minha estreia em publico. E foi das melhores sensações que já tive na minha vida. Mas não estamos aqui para falar disso, mas sim do que se irá tratar este espaço. Bem, eu de certa forma continuei a assistir ao produto existente mas noutras variedades, nomeadamente a versão japonesa.
Estou
a falar é claro do wrestling
japonês,
mais conhecido por “puroresu”, que tirando o ter começado a treinar wrestling, foi o que nos últimos anos de certa forma reanimou a minha paixão pela modalidade. E a pedido de um grande amigo e também vosso conhecido, o Fabinho, foi-me pedido que fizesse um espaço dedicado ao puroresu. Mas sabem, eu quero levar isto um pouco mais além. Eu quero tornar este espaço o mais informativo e pedagógico possível. E por esse motivo, a Toca do Lobo será composta por um de 3 tópicos:
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Era uma vez no Japão, onde irei falar das storylines e feuds mais importantes da historia do wrestling japonês, para provar que apesar do realismo e do facto do puroresu ser considerado lá um desporto, eles também têm uma historia para contar ao publico.
Inovadores do Wrestling, onde terei como tema um finisher ou signature move, e onde farei um tributo não só aos que ajudaram a tornar esse golpe popular, mas também ao seu criador, que muitas vezes não é conhecido do publico geral.
E.... é isto, isto é o que irá compor o meu novo canto neste blog. Espero que seja um espaço informativo e que vos ajude a conhecer um pouco mais desta modalidade que todos adoramos.
Hum... Sabem que mais? Não terminemos por aqui. Fartei-me de escrever sobre mim e o que ia fazer com este espaço, mas e que tal dar-vos algo mais?
Como certamente repararam pelo titulo, tenho mais um objectivo com a publicação de hoje. Para começar da melhor maneira este espaço, eu falarei dos 3 grandes géneros de pró wrestling e suas respectivas diferenças e evoluções: American Wrestling (EUA), Lucha Libre (México) e Puroresu (Japão).
Hum... Sabem que mais? Não terminemos por aqui. Fartei-me de escrever sobre mim e o que ia fazer com este espaço, mas e que tal dar-vos algo mais?
Como certamente repararam pelo titulo, tenho mais um objectivo com a publicação de hoje. Para começar da melhor maneira este espaço, eu falarei dos 3 grandes géneros de pró wrestling e suas respectivas diferenças e evoluções: American Wrestling (EUA), Lucha Libre (México) e Puroresu (Japão).
American Wrestling
Durante muito tempo, o pró wrestling era considerado como um género de desporto legítimo, onde não se distinguia muito do wrestling amador, tirando algumas diferenças (uso de golpes, submissões….). Os espectáculos eram feitos em feiras ambulantes e circos, onde os lutadores frequentemente lançavam desafios ao público para maior divertimento. Nomes como Martin Burns, Georg Hackenschmidt e Frank Gotch dominavam o meio, principalmente Frank Gotch, que pode-se dizer que foi o grande responsável pela popularidade do pró wrestling nos EUA, e aquele que pode dizer-se tem sido o 1º campeão indisputável, ao derrotar todos os seus competidores tanto na América do Norte como na Europa.
Mas durante os anos 20, devido ao grande uso de teatralidade e o chamado admitted fakeness (kayfable), o pró wrestling deixou de ser considerado como uma forma desportiva, para passar a ser considerado um género de espectáculo. O facto de os combates terem um “guião”, ajudou a perder a sua legitimidade entre os críticos quando comparado a desportos como boxe, MMA e wrestling amador.
Com o aparecimento da televisão nos anos 50 e da TV por cabo nos anos 80, o pró wrestling atingiu uma popularidade nunca antes vista, atingindo níveis de audiências nunca antes vistos. Como tal, para melhor se ajustar ao género de espectáculo televisivo, a natureza do pró wrestling mudou drasticamente, dando maior prioridade e ênfase as historias e desenvolvimento de personagem, do que ao realismo e nível técnico dos combates em si.
Grandes Nomes: Hulk Hogan, Rick Flair, Undertaker, Sting, Stone Cold Steve Austin, the Rock
Lucha Libre
A Lucha libre é também muito popular pelos seus tag team matches. Ao contrário dos combates 2vs2 comuns nos EUA, os combates tag team no México são na sua grande maioria compostos por equipas de 3 elementos. Desses três elementos, um é designado como capitão. Uma vitória é conseguida ou fazendo um pin no capitão adversário, ou eliminado os restantes elementos da equipa. No último caso, devido ao estilo e velocidade dos combates, é costume ambos os pins ocorrerem ao mesmo tempo. Outra das grandes diferenças reside no facto de que não existir a necessidade de fazer o “tag” para poder trocar com o parceiro, bastando sair do ringue para tal acontecer.
Este sistema tem a vantagem de permitir a wrestlers adquirirem vários anos de experiencia antes de chegarem sequer aos 30 anos de idade. Muitos wrestlers japoneses famosos começaram a sua carreira no México antes de se tornarem famosos no Japão. Devido a grande quantidade de categorias de peso, o México tem o maior número de pró wrestlers a nível mundial.
Com tanta importância colocada nas mascaras, perder a mascara é considerado o maior dos insultos, o que por vezes danifica seriamente a carreira do wrestler desmascarado (apesar de haver wrestlers que apesar de desmascarados, continuaram a ter grandes carreiras). Apostar a mascara tornou-se uma grande tradição em ternos de combates para terminar grandes rivalidades entre dois luchadores. Este tipo de combate tornou-se conhecido por luchas de apuestas, onde ambos wrestlers apostam ou a mascara, ou o seu cabelo.
Puroresu
Enquanto que o estilo americano e o mexicano é considerado como entretenimento, no Japão o pró wrestling é tratado como um desporto de combate uma vez que engloba vários golpes de artes marciais e manobras de submissão, criando assim uma atmosfera de realismo, continuando no entanto ainda a ter os resultados dos combates predefinidos. Devido a profunda ligação que o Japão tem com as artes marciais, muitos wrestlers têm as suas origens numa arte marcial como Sumo, Judo ou Jiu-jitsu.

Após a sua morte, os seus dois maiores aprendizes, Giant Baba e António Inoki, separaram-se e criaram as suas respectivas companhias de wrestling, criando ao mesmo tempo dois estilos diferentes que viriam a ser a base de todo o wrestling japonês.
É por estes motivos que eu costumo dizer a atitude de um wrestler no Japão que sabe que vai perder é do género “ se tenho de perder, vais ter d suar para o conseguires”. Por vezes Inoki chega mesmo a marcar combates de MMA nos seus shows, tendo em conta a ligação entre os dois estilos, e o facto de Inoki ser muito adepto do estilo “shoot” de wrestling.
Por outro lado, Giant Baba fundou o All Japan Pro Wrestling, que incorpora o estilo “King’s Road”. Este género deriva em grande parte do estilo americano, mais concretamente do estilo de wrestlers da NWA, tais como Harley Race, Dory Funk Jr. e Terry Funk, todos antigos adversários de Giant Baba no Japão. Como tal, este estilo tem um grande ênfase em holds, golpes sujos e elementos típicos de psicologia de ringue.
Com o passar dos tempos, ambos os estilos foram introduzindo vertentes de outros géneros de wrestling, como lucha libre, hardcore e shoot, tendo no entanto conseguido manter a sua identidade.
Para terminar, foco também algo que é único no Japão, o Joshi Poruresu, o chamado wrestling feminino japonês. Ao contrario do que é habitual ver nos outros países, em vez de divisões separadas em companhia maioritariamente masculinas, o wrestling feminino no Japão é habitualmente orientado por companhias que se especializam unicamente nesse género. Apesar da popularidade deste tipo de wrestling ter baixado nos últimos anos, na década de 90 era algo único e inovador e que tinha tanto sucesso como as companhias masculinas da altura. Nomes como Manami Toyota, Bull Nakano, Akira Hokuto, Cutie Suzuki e Aja Kong entre outros, dominavam o wrestling feminino dos anos 90, trouxeram-nos vários combates clássicos, muitos deles de 5 estrelas.
Grandes Nomes: Rikidōzan, Giant Baba, Antonio Inoki, Keiji Mutoh/The Great Muta , Mitsuharu Misawa, Kenta Kobashi
E aqui termino a minha crónica. Espero que tenham
gostado e que tenham aprendido bastante. Sei que poderia ter falado de muito
mais acerca de qualquer um dos 3 géneros de wrestling, mas assim o texto
ficaria muito grande e certamente muito maçudo. E de qualquer maneira, a minha
intenção era apenas fazer uma “pequena” introdução ao tema, para melhor
continuar a apresentação deste vasto tema que é o puroresu.
Aqui me despeço, e espero ver-vos novamente dentro de 15 dias. Até lá, divirtam-se, não façam muitos disparates, e continuem a apoiar este espectáculo que é o wrestling.
Aqui me despeço, e espero ver-vos novamente dentro de 15 dias. Até lá, divirtam-se, não façam muitos disparates, e continuem a apoiar este espectáculo que é o wrestling.