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Forgotten Superstars #23 | O Veterano da ECW


Saudações a todos os leitores do Wrestling Notícias! Eu gostaria de agradecer a todos em relação à repercussão do último artigo escrito neste espaço semanal. Eu me sinto feliz pela participação de vocês, e espero que continue assim. 

Dessa forma, atenderei mais um pedido de um leitor, dessa vez o Rei AR. O wrestler do qual falaremos possui muita história. E é possível dizer que o homem é um símbolo da ECW, já que pertenceu à mesma quando esta era independente. Além de passar pela WCW, NWA e por fim, a WWE, fazendo parte da ECW como uma brand da empresa de Stamford.

Dessa forma, vamos aos fatos sobre este homem!

Quem é? - Michael Manna, nascido em Philadelphia, em 1971. Entretanto, desde o início da sua carreira do wrestling proffisional, ele ficou conhecido como Stevie Richards. Começando sua carreira pela Tri-Stare Wrestling Alliance em 1992, ele foi para a ECW em 94, onde iniciou uma relevante trajetória.

Começando sua jornada uma feud em relação à Tommy Dreamer e crises de identidade, ele fez menções ao Scott Levy, que trabalhou na WCW e na WWF. E dessa forma, Levy chegou à ECW sob o ringname Raven, e Richards se tornou o primeiro a se unir à stable "Raven's Nest". Juntos, eles ganharam o título de duplas da empresa duas vezes, até que a relação entre eles começou a se deteriorar, tendo um desfecho no fim de 1996.


Em novembro de 1996, ele começou uma stable de comédia juntamente com o que restou da Raven's Nest, que seria uma paródia da New World Order da WCW: a Blue World Order, com Richards fazendo uma referência a Kevin Nash. Imitando cada gesto que o grupo que estava sendo parodiado fazia e vários wrestlers da WCW, a bWo se tornou um sucesso e elevou Richards ao status de main event. A popularidade do grupo foi tanta, que a bWo fezuma participação no Raw is War da WWF, em 1997, depois que WWF e ECW fizeram um acordo.


Mas Richards apenas continuaria ali até maio de 1997, depois de ter sofrido uma lesão no pescoço por uma luta pelo título mundial da ECW contra Terry Funk e pouco tempo depois, saiu da empresa. Apesar de ter anunciado aposentadoria, ele passou pela WCW, onde ficou apenas três meses, depois de ser reprovado em um exame médico. Lá, ele reencontrou Raven, com quem teve um rápido confronto.


Dessa forma, ele passou por circuitos independentes entre 1997 e 1999, tornando-se inclusive, campeão nacional e de duplas da NWA. O mais interessante de tudo, era que ele estava pensando em se aposentar do wrestling profissional, para estudar Tecnologia da Informação. Porém, uma proposta da WWF, na época, fez com que ele começasse mais uma longa jornada. E é aí que sua longa jornada na empresa começa.

O que ele fez na WWE? - Depois desta longa introdução e de uma carreira rica, era mais do que natural que o Richards chegasse como um veterano extremamente visado. Ele fez seu debut na WWF, ajudando seu antigo parceiro de bWo, The Blue Meanie, ao vencer Al Snow. Devido à sua vertente de comédia bem conhecida pelos fãs, ele passou a fazer paródias de outros wrestlers. Entre eles, a stable The Brood, Chyna, Chris Jericho, Test, Dude Love, entre outros.

Isso se deu até o ano de 2000, quando ele se tornou Steven Richards, fazendo a estreia no Raw de uma nova gimmick com cabelo curto, gravata e roupas sociais, fazendo uma referência ao Parents Television Council, que na época, criticava fortemente a WWF. Ele condenava o conteúdo arriscado da empresa e pregava valores conservadores, criando mais tarde, a stable Right to Censor, com The Godfather, Bull Buchanan, Ivory e Val Venis.


Depois do fim da Right to Censor, em 2001, Richards saiu da TV por um tempo, indo para o SmackDown!, culpando The Undertaker pelo fim da Right to Censor, o que causou uma rápida feud entre Undertaker e KroniK, que ajudou Richards. Stevie anunciou então, sua união com a The Alliance, que durou até a Survivor Series de 2001. Ao ser demitido, dentro da storyline, junto com o resto da equipe, ele teve seu emprego salvo por Ric Flair e foi enviado para o Raw.

Dessa forma, ele começou uma nova gimmick, como um lutador mentalmente desequilibrado, ganhando neste período, o título de Hardcore Champion por 22 vezes, trocando-o comvários lutadores. Em 2002, ele também teve uma aliança com Victoria, ajudando-a a manter o WWE Women's Championship. Em 2004, se separaram, porém Richards começou a aparecer nas lutas de Victoria, vestido como "uma mulher misteriosa", apesar de sua identificação ser bastante óbvia. Isso durou até o Unforgiven de 2004, e depois disso, ele passou por uma longa streak de derrotas, que durou até o fim de 2006.

Durante este tempo, ele retomou com a bWo, juntamente com seus antigos parceiros em 2005, The Blue Meanie e Nova. Porém, durou pouco tempo. Depois de ter passado por uma recuperação de seu osso orbital e seu nariz, que foram quebrados em uma luta contra Chris Masters, Richards, ao reunir sua antiga stable, voltou a lutar no Great American Bash, contra os Mexicools, mas sem sucesso. 

Depois de uma rápida participação na WWE Velocity, Richards passou longo tempo longe da televisão, retornando apenas no Heat, logo após a WrestleMania 22, em uma 18-man Battle Royal.

Mas foi em 2006, quando a ECW foi reformulada como uma nova brand da WWE, que o lutador reapareceu de maneira semanal, voltando a lutar como Stevie Richards. Ele se voltou contra os ECW Originals e se uniu a novas estrelas, reforçando seu lado heel. Seu primeiro combate foi uma vitória sobre Balls Mahoney (com ajuda de Kevin Thorn).



Ele chegou a se aliar com Test, Hardcore Holly, e Mike Knox. Porém, depois de derrotar Rene Dupree em uma dark match do December to Dismember, ele não apareceu na televisão entre setembro de 2006 e fevereiro de 2007, quando perdeu para CM Punk.

No meio de 2007, Richards tornou-se face, novamente, juntando-se aos ECW Originals, contra a New Breed de Elijah Burke. Mas teve uma série de confrontos, especialmente, contra Kevin Thorn, saindo por cima desta rivalidade, depois de uma vitória de duplas, aliado a CM Punk, contra Thorn e Burke.

Depois de setembro de 2007, ele saiu da televisão para uma cirurgia na garganta, retornando em fevereiro de 2008, tendo confrontos finais contra wrestlers como James Curtis, Mike Knox, Shelton Benjamin, The Great Khali, Vladmir Kozlov e Brian Kendrick, até o fim de seu contrato, em agosto de 2008.

Ele poderia ter feito mais na WWE? - Richards continua trabalhando até hoje, em várias promoções. Acredito que, pela sua experiência e sua atuação, ele poderia sim ter tido um pouco mais, além de um desvalorizado Hardcore Championship, por 22 vezes. 

Sua atuação no ringue foi, em dados momentos, crucial para a buscado entretenimento na WWE. E vou mostrar os motivos pelo qual ele era um wrestler a ser valorizado.

  • Experiência: Poucas pessoas têm uma jornada tão longa no wrestling como Richards. Menor ainda é o número daquelas que pode dizer que já passou pelas três empresas de maior evidência no wrestling proffisional dos anos 90. E isso fazia uma enorme diferença.
  • Vertente cômica: Podia-se dizer que o humor de Stevie era sensacional, e isso se refletia em suas gimmicks. Além de mexer com certos wrestlers e certas polêmicas de seu tempo. Teve a ajuda dos bookers, neste sentido, é verdade, mas nenhum outro em seu lugar teria o mesmo impacto que teve, por exemplo, a bWo na ECW e a Right to Censor na WWF.
  • Intensidade: Lembrando sempre: Richards era cria original da ECW. E como tal, o wrestling extremo era uma das características onde ele conseguia se sobressair muito bem. Suas lutas eram fisicamente duras, intensas, e impressionantes de se ver, principalmente na época da WWF.
Dessa forma, podemos ver Richards, como um grande auxiliar no fim da Attitude Era e durante toda a duração da Ruthless Agression Era dentro da WWF/WWE. Seja pelo seu humor sarcástico, ou pela qualidade de suas lutas, muitos fãs jamais o esquecerão. Talvez, ele seja lembrado por isso, na WWE, algum dia. Até lá, só o que temos a fazer é esperar.

Então, este foi mais um Forgotten Superstars, meus caros! Não se esqueçam de comentar, como sempre fazem, deixando suas impressões sobre o artigo e este espaço! 

Um grande abraço!
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