Brock Lesnar: Death Clutch - Parte II (Cap. 13) | Literatura Wrestling

Com o objetivo de divulgar histórias contadas pelos próprios lutadores em livros adaptados e traduzidos pelos colaboradores deste blog, a Literatura Wrestling trás, nestes próximos meses, toda a vida de uma das estrelas mais conhecidas no mundo do wrestling atualmente num só livro.

Semanalmente será publicado uma parte do livro "Brock Lesnar: Death Clutch", escrito e publicado em 2011 pelo próprio Brock e por seu amigo de longa data, Paul Heyman, começando pelo prefácio e acabando nos agradecimentos (parte final do livro). Esperemos que gostem das histórias!

Parte II: The Next Big Thing
THE UNDERTAKER

Assim que tornei-me no Undisputed WWE Champion,foi tomada a decisão de que Raw e SmackDown! teriam os seus próprios campeões. Então, a WWE estabeleceu dois programas semanais, que iam para o ar em dias diferentes, e cada programa tinha o seu próprio roster de wrestlers.

A minha primeira aparição na televisão como WWE Champion, foi nu mMonday Night Raw transmitido em direto do Madison Square Garden.Eu sei que todas essas arenas famosas têm algum significado para muitas pessoas, e que havia muita história na Garden, mas tudo aquilo não significava nada para mim. Hoje, eu gosto de lutar em Las Vegas, porque eu tenho uma rotina própria. Minnesota é ótimo porque eu simplesmente podia conduzir de volta para casa. Qualquer outro lugar era só outro lugar para mim—apenas mais um numa longa lista de arenas em cidades que eu nem cheguei a ver, com os mesmos balneários onde tinha de apertar a mão de toda a gente e dizer boa noite e que tenha uma viagem segura antes de encontrar-me com eles daqui por umas horas numa nova cidade que não poderei ver.

No final da minha primeira noite na TV como campeão, Paul e eu saltamos de um barco e partimos rumo ao roster do SmackDown!—tudo parte do script, obviamente, assim como tudo no wrestling profissional—e Raw ficou sem um campeão. Com Paul a escrever o SmackDown!, eu via como isso iria funcionar. Quando eu deixei o Raw, isso abriu as portas para HHH (que era, agora, o genro de Vince) ser o campeão. Mas isso nunca me incomodou. Eu realmente não me importava, porque enquanto eu continuasse no main event dos PPVs, as coisas estavam bem. HHH seria o World Champion no Raw. Bom para ele. Eu seria o WWE Champion no SmackDown! Quando chegasse a hora, nos PPVs, alguém deveria ser o líder da matilha. Algumas vezes, isso dependia da pessoa contra quem tu defenderias o título.

Vantagem: Lesnar.

Porquê? Porque a minha primeira rivalidade como campeão era contra um dos favoritos de Vince, The Undertaker.

Eu tenho que dizer, há alguns atletas com quem eu gostei de combater, ou eu deveria dizer “atuar”. Na indústria do wrestling, nós dizemos apenas “trabalhar”, e eu adorei trabalhar com Big Show. Eu também gostei de trabalhar com Kurt Angle, Hulk Hogan, e Dwayne Johnson. Eu gostei de trabalhar com qualquer um que estava, como costumavam dizer, “over”, o que significava que essa pessoa era algo para a audiência.Eu gostei de trabalhar com qualquer um que tivesse um apelo para que se esgotassem os bilhetes, porque eu estava nesse negócio para fazer dinheiro. A fama e a glória passam. O dinheiro pode ajudar ati e à tua família a ter uma vida melhor.

De todos os homens com quem já trabalhei, eu provavelmente gostei mais de trabalhar com The Undertaker, mais do que qualquer outro.Apesar das nossas diferenças pessoais, trabalhar com ele foi bem fácil. Ele tinha aquela personagem “Dead Man”, e ele sabia como colocá-la em prática. Taker também é uma pessoa brilhante, e ele sabia que eu podia fazê-lo parecer muito bom. Ele também sabia que iria parecer credível quando eu o derrotasse.

Outra razão deeu gostar de trabalhar com Taker é que era tão mais fácil para mim levar com os golpes dele no ringue. Ele era bem maior do que eu, e os fãs não só adoravam a personagem dele, mas acreditavam que ele era um legítimo durão.Levar um golpe de alguém maior do que eu era muito mais fácil do que levar golpes dos Hardy Boyz durante uma noite inteira. É um estilo de combate diferente. Com os Hardys, tu tens que ir construindo, construindo, construindo, até chegar a hora de levar com os golpes. Com o Taker, ele é tão grande, era só teres de ser atingido.

Havia também aquela mística que o Undertaker trazia. Ele seria a primeira pessoa a realmente dar cabo de Brock Lesnar, portanto ele iria fazer isso parecer bom. Eu não tinha problemas com isso. Enquanto as pessoas pagassem para nos ver a combater, eu estava feliz.

Nós tivemos o nosso primeiro combate em PPVs em LosAngeles, num evento chamado Unforgiven. Vincequeria que o combate acabasse com o Taker a atirar-me contra as luzes no topo da arena. Eu não gostei disso, mas sabia que iria haver uma desforra, e que seria um combate Hell-In-A-Cell. Isso significava que nos meus primeiros dois PPVs como campeão, eu estaria na posição de main-event, o que significava que iria receber um pagamento de topo.

Aquele combate Hell-in-a-Cell contra TheUndertaker foi o meucombate favorito na WWE. Naquela noite, tudo clicou logo de seguida. Taker estava no seu melhor, e eu estava pronto para o combate. As pessoas ficaram convencidas que The Undertaker iria ou derrotar Brock Lesnar, ou dar cabo dele mesmo que perca. Isto não seria apenas mais um main-event de um PPV mensal. Isto iria ser algo especial.

Traduzido por: Kleber (nWo4Life)

Adaptado por: FaBiNhO

No próximo capítulo: Brock Lesnar nos contará sobre sua rivalidade com Big Show! Se você perder o próximo capítulo, ganhará uma passagem só de ida para Suplex City!