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Brock Lesnar: Death Clutch - Parte II (Cap. 20) | Literatura Wrestling


Com o objetivo de divulgar histórias contadas pelos próprios lutadores em livros adaptados e traduzidos pelos colaboradores deste blog, a Literatura Wrestling trás, nestes próximos meses, toda a vida de uma das estrelas mais conhecidas no mundo do wrestling atualmente num só livro.

Semanalmente será publicado uma parte do livro "Brock Lesnar: Death Clutch", escrito e publicado em 2011 pelo próprio Brock e por seu amigo de longa data, Paul Heyman, começando pelo prefácio e acabando nos agradecimentos (parte final do livro). Esperemos que gostem das histórias!


Parte II: The Next Big Thing
ABANDONAR A WWE

Estava a ficar cada vez mais furioso. Não conseguia ter algum tempo de folga. O meu corpo doía. Estava a passar por muitos dramas pessoais, irritado pelo modo como as coisas aconteceram em Miami, e certamente não estava contente por ter sido substituído por Eddie Guerrero como WWE Champion.

Recordei-me de como cada degrau da escada significava mais dinheiro para mim e agora tenho de pensar em descer essa escada?

Eu não falo com muitas pessoas da companhia hoje em dia, e foi a mesma coisa durante o meu período na WWE. Eu não gostava de, como algumas pessoas não eram de confiança, mas pensava que tinha alguns com quem eu podia contar. Kurt Angle supostamente era uma dessas pessoas. Então algo aconteceu e fez-me pensar.

Eu tive muitas conversas com Kurt, mas eu descobri rapidamente que essas conversas não ficaram restritas a nós. Infelizmente eu tive de aprender a lição da maneira mais difícil.

Eu sabia que, a qualquer momento, qualquer um naquele balneário poderia esfaqueá-lo pelas costas se pudessem. Todos queriam um lugar melhor no cartaz. Todos queriam fazer mais dinheiro, para ter os melhores combates, ter o maior push. Não é segredo que no negócio do pro wrestling tu tens de cuidar as tuas costas a todo o tempo. Todos são colocados numa posição para trair o outro para seguir em frente. Algumas vezes, eles querem saber se estás disposto a ser tão cruel, porque Vince adora ver as suas estrelas de topo a brigar pela posição de número um.


Kurt e eu deveríamos ter uma ligação. Ambos alcançámos o topo do wrestling amador. Nós éramos atletas reais, verdadeiros competidores. Mas ao mesmo tempo, Kurt queria a minha posição, assim como todos nos balneários. Ele apenas queria o que eu tinha.

Vince nunca olhou para Kurt da maneira como ele olhava para mim. Kurt tinha uma Medalha de Ouro Olímpica, mas Vince e HHH não viam um Campeão Olímpico. Eles apenas viam um rapaz com 1,75 metros de altura nuns calções. Nas suas mentes, os fãs pagavam para ver os atletas grandes a atuar. Kurt nunca seria “maior do que a vida.” Não importava o quão bom ele era no ringue, Kurt não era alto o suficiente para ser o atleta de topo de Vince McMahon em qualquer momento.

Acreditando que eu pudesse confiar em Kurt, eu disse a ele que estava a pensar em sair do negócio. Eu não tinha contado a mais ninguém, e ele disse que também não contaria. Mas após eu ter confidenciado com ele, fiquei convencido de que Vince saberia que eu estava a planear sair. Será que Kurt me ajudou?

Naquela altura, Kurt e eu estavámos a viajar juntos, e eu já estava a pensar que alguma coisa estava a acontecer com ele pelo modo como ele estava a agir. Então, um dia, eu fui mover o carro alugado e vi o telemóvel de Kurt no banco ao lado de mim. Eu abri-o, e a última chamada foi feita para o número de Vince McMahon. Isso prova alguma coisa? Talvez sim, talvez não. Mas desde daquele dia para a frente, eu mantive a minha boca fechada e não disse nada a Kurt que eu não quisesse que qualquer outra pessoa soubesse.

Eu perdi o título da WWE para Eddie Guerrero no Cow Palace em São Francisco. Toda a história estava centrada em Bill Goldberg entrar no ringue e atingir-me com um Spear. Eu não acreditava que Vince queria que o título estivesse com Eddie Guerrero porque ele achava que Eddie atrairia mais dinheiro do que eu, ou então porque Vince tinha a visão na sua cabeça sobre o meu combate contra Goldberg na WrestleMania. Eu suspeitava que Vince tomou a decisão de tirar-me o título porque Kurt contou a ele que eu estava a pensar em abandonar a WWE.

Eu comecei a concentrar-me em apenas passar pela WrestleMania, e colocar as minhas mãos naquele belo pagamento antes de ir embora. Sabes que isso nunca aconteceu dessa forma, obviamente, porque assim que estava a colocar a minha cabeça em modo de sobrevivência, a WWE fez outro golpe estúpido comigo.

Nós estávamos programados para irmos à África do Sul, e isso era uma viagem miserável. Era no outro lado do mundo. A comida não presta. É uma longa viagem de ida e uma longa viagem de volta. Não havia nada de bom nisso, exceto quando podes fazer um bom dinheiro ao estares no main event.

Eu iria combater nestes main events contra Kurt e Eddie em combates de Ameaça Tripla em todos os quatro eventos da África do Sul, mas antes de mesmo deixarmos os Estados Unidos, a WWE mudou os main events para apenas Kurt vs.Eddie. Foi-me dito que os dois precisavam ter o seu combate a caminho da WrestleMania, o que significava que estava preso a lutar contra Bob Holly, no qual já tinha derrotado em quatro minutos no Royal Rumble.

Eu gosto do Bob. Ele é um bom homem e leva aquela porcaria a sério, mas eu não queria trabalhar com ele. Nada contra ele, mas lutar contra Bob Holly não valeria a pena para mim na altura.

Nós fizemos o nosso combate na Royal Rumble, e aquilo deveria ter sido o fim da nossa história. Mas agora eu tinha que viajar por toda a África do Sul para trabalhar com Bob Holly? Alguém poderia fazer o favor de me dizer porquê? Eu sabia que ninguém iria pagar para ver esse combate. Já que eu não estava a serpreciso, dêem-me algum tempo de folga. Eu realmente precisava de folga naquela altura, mas John Laurinaitis disse-me o quão necessário eu era naquele cartaz. CONTRA BOB HOLLY? Estás a brincar comigo?

Eu sabia a verdade. Eu estava no cartaz apenas a ocupar espaço. Não era onde eu queria estar. Nunca foi onde eu queria estar.

Mesmo hoje, neste exato momento, eu fico irritado comigo mesmo por ter embarcado para a África do Sul. Eu deveria apenas ter ignorado. A viagem foi horrível todo o tempo, o dinheiro não valia a pena o tempo e a irritação, e eu bebi durante toda a viagem de regresso aos Estados Unidos. Eu passei umas malditas cinquenta e quatro horas no avião naquela viagem.

Quando nós aterrámos no Aeroporto JFK em New York, nós fomos levados como gado para um autocarro até o Aeroporto LaGuardia, onde nós supostamente deveríamos apanhar outro avião até Atlanta. Assim que chegámos a Atlanta, nós supostamente deveríamos viajar num pequeno avião até Savannah. Assim que os trabalhadores chegassem a Savannah, voltávamos à nossa velha e monótona rotina diária novamente. Pegar nas malas,alugar um carro, encontrar um ginásio,procurar algo para comer, esperança de dormir um pouco, porque tinhas que estar preparado na manhã seguinte para passar o dia todo nas gravações de TV.

Foi aí que eu passei-me.

Nathan Jones perdeu a cabeça um mês antes, e ele estava apenas a minutos de lutar na sua cidade natal, na Austrália. Mas a coisa mais estranha é que, quando Nathan se passou, eu continuei a pensar que tudo o que ele dizia, fazia sentido.

“Nada disto vale este stress”... “É tudo jogos, mas depois eles dizem o quão a sério eles levam este negócio”... “Eu apenas não quero estar mais aqui.”

Então nós aterrámos no JFK, fomos de autocarro para o LaGuardia, e foi quando eu comecei de novo a beber. Estava sentado no bar do aeroporto e ali decidi que não iria embarcar noutro avião, com destino a Savannah. Porquê? Para eu combater contra Bob Holly de novo? Eu não fazia ideia do que eles tinham reservado para mim naquela gravação de TV e eu nem ligava. Já vi o suficiente. Era isso. O fim da linha. Eu ia para casa.

Eu levantei-me e saí do bar, caminhei pelo aeroporto até à bilheteira e comprei o meu próprio bilhete de avião para Minneapolis. Quando embarquei de volta a casa, eu pedi mais uma bebida para celebrar, mas eles não permitiram. Eu não estava feliz por eles terem-me recusado álcool, e eu quase provoquei uma cena que poderia ter sido muito feia. Não seria um ato esperto da minha parte, mas quando a tua cabeça está cheia com estes problemas estúpidos...

Sorte a minha, eu não fui expulso do avião e consegui chegar a casa. Aquelas pobres hospedeiras de bordo. Elas poderiam ter-me lixado, mas não o fizeram. Eu acho que isso é a minha hipótese de dizer “peço desculpa” numa maneira pública a elas, e agradecer-lhes por não tornar um dia mau em algo bem pior.

Eu tinha na minha cabeça que não iria fazer as gravações em Savannah. De fato, eu iria dar uma de Steve Austin. Estava em casa e não iria sair de lá novamente. Não iria voltar para a estrada. De maneira nenhuma isso iria acontecer! Foi aí que eu pude realmente entender o que Austin estava a pensar naquele dia em que ele saiu e o porquê de eu nunca ter levado isso a mal pessoalmente. Quando Steve saiu, não foi por causa de ter trabalhado comigo. Foi sobre tudo exceto eu.

Eu não queria sair por causa de Eddie Guerrero, ou Bob Holly, ou qualquer outro. Eu apenas tinha que sair. Tinha perdido a minha fé, o que aconteceu porque não tinha família após estar na estrada trezentos dias por ano, e tudo o que eu tinha era a Federação. Como eu poderia providenciar uma vida boa para a minha filha se ela nunca teve uma oportunidade de me ver? E que tipo de recompensas financeiras eu ganharia se estou a ser empurrado lentamente pela escada abaixo? Finalmente estava a pensar claramente, ou assim eu pensava.

Eu não sei porque é que subi no meu avião na manhã seguinte e voei para Savannah, mas eu fiz. Eu acho que a Rena incentivou-me a fazê-lo. “Vai a Savannah, acerta as coisas cara-a-cara com Vince, lida com os teus negócios da forma correta.”

Eu amo aquela mulher.

Quando apareci no prédio em Savannah, o produtor disse-me que iria ter uma luta de nove minutos contra Bob Holly. Eu perdi a paciência. Fui direto a Gerry Brisco, e disse-lhe, “Tu recrutaste-me, portanto eu quero que saibas que estou de saída. Vou sair daqui.”

Eu também queria dizer isso na cara do Vince. Eu tinha perdido o título para Eddie Guerrero para que a WWE pudesse dar bem com o mercado latino, e o meu combate com Goldberg na WrestleMania é supostamente tão grande que não precisa do título envolvido? Supostamente eu iria destruir Bill Goldberg na Mania em trinta segundos, mas eu deveria aguentar um combate com Bob Holly por nove minutos?

Recordo-me de ver Brisco à procura de Vince, e eu estava a ferver. Vince estava no ringue com HHH, portanto eu fui até ele e disse-lhe “Nós precisamos de falar.” Não entendendo o quão sério era, Vince fez-me esperar alguns minutos. Eu estava apenas ficar mais e mais quente, portanto interrompi a conversa e disse-lhe que nós precisávamos de sentar e falar imediatamente.

Nós fomos ao escritório dele e disse a Vince que estava tudo acabado, “indo para casa.” Não tinha desejo nenhum de enfrentar Bob Holly na TV, não queria combater naquela noite, ponto final e só queria ir embora. Vince disse, “Bem, Brock, e em relação à WrestleMania? Não podes sair em maus termos dessa forma!”

Eu nunca esquecerei esta próxima linha. “Não podes fazer isto comigo.”

Tudo o que eu podia pensar era “FAZER ISTO CONTIGO?” Não sabia o que Vince estava a pensar que ia fazer a ele, mas o que quer que se passasse era algo que não queria mais fazer parte!

Eu concordei em ficar até a WrestleMania, mas apenas porque eu queria o pagamento pelo meu combate contra Goldberg. Eu diminuí o tempo do combate com Bob Holly para poucos minutos, combati naquela noite, tomei banho e vesti-me e saltei para o meu avião.

Rena voou para casa no meu avião comigo, e eu senti-me aliviado. Eu iria abandonar a companhia. Estupidez a minha, deixei Vince levar-me pela conversa de ficar por todo o caminho até a WrestleMania, mas se eu não concordasse com aquilo, provavelmente eles não teriam pago uma parte do dinheiro que eles já me deviam. Portanto financeiramente, foi inteligente concordar em ficar até a Mania.

Eu sabia que Vince estava furioso. No universo dele, eu fui ingrato. Eu virei as costas e cuspi na cara dele. Mas não é como se ele não soubesse o que estava para vir. Quantas e quantas vezes eu disse a ele que precisava de um tempo de folga? Quantas e quantas vezes lhe disse que não estava feliz com aquela vida, ou com o que ele estava a fazer comigo?Vince tinha sempre esta resposta pronta: “Brock, és muito mais duro do que isso.”

Mas isto não era sobre quem era duro. Era sobre ter uma vida. Um ano ou dois a ir de cidade em cidade, de bar a bar, de garota a garota, de Vicodin a Vicodin, de garrafa de vodka a garrafa de vodka, não era uma vida.

Eu adorava estar no ringue a atuar. Colocar as pessoas em pé. Fazer as pessoas odiarem a minha personagem. Entreter os fãs. Eu adorei estar a fazer isso tudo, especialmente quando trabalhava com pessoas de quem eu gostava. Mas eu queria ter uma família também, e eu sabia que não havia como fazer isso por causa da agenda que tinha. Eu não odeio o wrestling profissional, e eu certamente não odeio as pessoas envolvidas nisso. A vida na estrada apenas não é para mim. Não é a vida que escolhi viver.

Quando chegou o momento, eu fiz o anúncio a todos de que eu iria abandonar a WWE. A partir daquele dia, eu tornei-me no rejeitado. Nenhuma pessoa queria ser vista comigo, porque eu era a maçã podre. Estava a virar as costas ao negócio do wrestling— o negócio deles, as vidas deles. Eu estava de saída. Estava a saltar fora do comboio. Eles não conseguiam entender, porque aquele comboio era o único veículo que a maioria daquelas pessoas alguma vez iria conhecer.

Eu não queria saber, porque já tinha feito a minha escolha. Eu ainda andava por lá como se fosse o dono do lugar, porque não havia uma pessoa naquela companhia que pudesse nem mesmo carregar o meu protetor genital.Se eu quisesse mandar a boca a qualquer um naquele balneário a qualquer momento, não havia ninguém que pudesse fazer algo sobre isso. Eu poderia ter feito isso com cada um deles. Mas isso não é o que os negócios significam, portanto eu tentei ser bom quanto a isso. Ser um profissional. Fazer o meu trabalho. Ganhar o meu cheque. Ser um provedor para a minha família.

A minha filha, Mya, mudou a minha vida. Queria estar lá para ela, quando ela crescer. Muitos destes rapazes, com múltiplas ex-esposas e famílias quebradas em diferentes estados, perderam tudo o que era realmente importante na vida. Eu não queria aquilo, e também não queria aquilo para a minha filha. Ela merece um pai verdadeiro.

Não me interpretem mal. Há muitas coisas boas ao trabalhar com a WWE. Eu ganhei muito dinheiro, mesmo que tenha gastado bastante ao tentar sair do meu contrato. Eu fiquei famoso, o que me ajudou a ter uma oportunidade no UFC. Aprendi sobre promoção e marketing. Mas a melhor coisa foi conhecer a minha esposa. Se ela não estivesse na WWE, não teria conhecido Rena. Ela deu-me dois filhos saudáveis e ela tem sido maravilhosa com Mya. Quando eu digo que sou um homem abençoado por Deus, eu estou a falar a sério.

Rena apoiou a minha decisão de abandonar a WWE, o que não foi fácil para ela, porque ela ainda estava com a companhia na altura. Mas ela podia dizer que não havia maneira nenhuma de lá ficar por mais algum tempo. Apesar do estilo de vida e todas as porcarias, eu queria competir e voltar ao atletismo novamente. Eu pensei em talvez tentar dar uma oportunidade ao futebol americano.

Mas, com o meu desespero em sair da WWE, eu cometi o maior erro da minha vida. Eu assinei uma rescisão que incluía uma cláusula de não competição.

Vince estava furioso comigo porque nós tinhamos assinado um novo acordo em Julho de 2003, e ele disse que era o melhor acordo que já tinha dado a um wrestler. Mas nessa altura, eu não queria saber do dinheiro ou do contrato. Eu tinha o dinheiro e eu apenas queria finalizar tudo com Vince.

Na altura, eu não sabia que iria perseguir uma carreira nas artes marciais mistas, ou tentar entrar no UFC. Eu não fazia ideia de que iria combater no Japão. Eu pensava que iria para a NFL, mas aquilo não era a principal coisa na minha mente. Tudo o que eu podia pensar era afastar-me de Vince e escapar do estilo de vida da WWE. Tudo o resto era secundário.

Vince finalmente disse que me iria deixar sair, mas ele queria que eu assinasse um acordo de rescisão. Desta vez, eu pensei que seria uma boa ideia ter o meu advogado a examinar o documento antes de eu assinar. Eu estava sentado num hotel em algum lugar quando eu recebi a aprovação de Vince e a enviei via Fax para o meu advogado em Minneapolis. Ele ligou-me, disse-me que iria enviar uma cópia marcada via Fax para discutir comigo.

Mas eu fiquei impaciente. Eu apenas queria sair. Nunca tive a intenção de competir com Vince ou com a WWE, e eu não queria saber se o acordo de Vince dizia que eu não podia. Portanto, antes que o meu advogado tivesse a oportunidade de comentar, eu assinei a rescisão de Vince. Eu pensei que seria rápido e fácil, pois iria receber o meu pagamento da WrestleMania, e estaria tudo acabado entre mim e o pro wrestling para sempre. Eu não poderia estar mais errado.

O que eu não sabia, porque eu não queria esperar para ouvir o meu advogado, é que enquanto o meu contrato com a WWE tinha uma cláusula de não competição de um ano, a rescisão que eu assinei era muito diferente.

Apenas para evitar os aborrecimentos de negociações entre advogados e tudo o que acontece quando estás a abandonar uma empresa, eu assinei uma rescisão que dizia que eu não poderia aparecer em qualquer companhia de wrestling, desportos de combate ou “sports entertainment” em qualquer lugar do mundo, até meados de 2010.

Com um movimento de caneta, eu realmente lixei-me a mim mesmo. Eu fui de não estar apto a combater pela TNA (a única competição televisiva de Vince nos EUA) por um ano, para não estar apto para combater ou fazer qualquer outro tipo de coisa no “sports entertainment” em todo o mundo, por quase seis anos. Eu tinha acabado de completar vinte e sete anos de idade. Se eu não lutasse contra aquela cláusula de não competição, eu seria forçado a não trabalhar até completar trinta e três anos... que é a idade com a qual estou a escrever este livro. Tudo o que eu tinha conquistado desde aquele combate final no Madison Square Garden com Bill Goldberg nunca teria acontecido. O auge da minha carreira teria sido eu sentado num banco.

Eu acho que a velha expressão “tu vives e aprendes” aplica-se aqui. Custou-me quase um ano e muito dinheiro para lutar contra aquela cláusula de não competição. Mas isso está no passado, e eu conquistei a minha liberdade. Eu tenho a minha família. Eu amo a minha vida. Eu não ando por aí a pensar nisso. É o passado. Aquela parte da minha vida acabou.


Traduzido por: Kleber (nWo4Life)

Adaptado por: FaBiNhO

No próximo capítulo: Brock Lesnar nos contará sobre sua sua última luta na sua primeira passagem pela WWE! Se você perder o próximo capítulo, ganhará uma passagem só de ida para Suplex City!
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