Ultimas

Queen Of The Ring #3 - What A Time To Be Alive

O primeiro passo da Road to Wrestlemania está dado. Não vamos enganar ninguém, não haverá certamente muita gente a não apreciar esta "altura" do ano, isto falando dentro da comunidade de Wrestling. É verdade que como em tudo, também a Wrestlemania sofre oscilações, umas melhores outras piores, umas mais consistentes outras nem por isso, mas atire a primeira pedra quem não vibra com este evento. Mas a viagem ainda é longa e o caminho pode ser penoso ou fantástico. Como em tudo, o resultado final vai depender da origem e sinceramente considero que começamos bastante bem.


Ainda cheira a Royal Rumble quando tento dar azo às minhas ideias e sentido aos meus pensamentos. Todos os amantes de wrestling se debatem com duas vertentes importantes na maneira como apreciam este hobbie, o lado emocional e o lado pratico. Se me perguntarem qual é que eu acho mais importante, claramente, é o emocional. De que serve nos dedicarmos a algo se isso não mexer connosco? De que serve insistirmos em algo se isso não significa nada para nós? De que serve não podermos sentir um turbilhão de emoções nas pequenas coisas, sejam elas wrestling ou outra coisa qualquer?

E o ponto de vista emocional no Road to Wrestlemania é possivelmente aquilo que tornou a Wrestlemania aquilo que é hoje, o evento do ano, aquele que ninguém quer perder, quer possa dormir a manhã toda seguinte ou não. Potencialmente o evento pelo qual vemos e damos importância a tudo o resto, seja o que vem antes ou depois. O único que dê por onde der não dá para não querer ver.

No passado domingo foi inaugurado o Road to Wrestlemania com a Royal Rumble e foi, do meu ponto de vista, um autentico vórtice de emoções. Primeiro do que tudo tenho de mencionar a estreia de AJ Styles. Foi o momento. E é para momentos como este que insistir numa companhia vale a pena. O Phenomenal One pisou finalmente os ringues da WWE e fê-lo de uma forma impressionante com entrada directa para o rumble match onde durou aproximadamente 30 minutos. O quanto AJ Styles pode dar à WWE neste momento é a pergunta das perguntas e é aquilo que possivelmente gera mais interesse nesta data. A sua estreia ter acontecido nesta altura que antecede a Wrestlemania é a cereja no topo do bolo e já há em mim um total êxtase para os seus potenciais planos no futuro.

Nessa mesmo noite vimos Sasha Banks entrar no panorama do titulo feminino e com um impacto fantástico. Nada me daria mais entusiasmo do que ter Sasha Banks a lutar pelo título na Wrestlemania porque isso seria precisamente um combate que marcaria, a meu ver, um ponto crucial no Divas Revolution. Porque a menos que não lhes fosse permitido tal, esse seria um combate de Divas acima da média e ao nível que todos queremos ver finalmente acontecer no evento do ano da WWE. Finalmente um combate que as Divas merecem na Wrestlemania. O talento de Sasha fala por si e adicionando Charlotte e quem sabe Becky Lynch no mesmo ringue a qualidade estaria mais do que garantida.


Vimos também Dean Ambrose e Kevin Owens a serem iguais a si próprios. Sem duvida o melhor combate da noite como eu esperava e queria, foi  absolutamente fantástico. E apesar de Dean Ambrose ter tido a vantagem de sair vencedor e manter assim o seu título, não penso ser errado afirmar que ambos beneficiaram e muito com este combate. São duas figuras importantíssimas na actualidade da companhia e amplamente marcantes. Eu não me canso de os ver, há sempre algo diferente e que funciona na perfeição.

O mesmo posso afirmar dos New Day, sempre em modo on, sempre exuberantes e sempre a proporcionarem altas doses de entretenimento, seja no ringue ou fora dele. O quanto são únicos naquilo que fazem torna a suas performances em algo ainda melhor do que o expectável.

E acabamos a noite com Triple H como campeão. Confesso que era uma previsão e assim aconteceu. Confesso que ter Roman Reigns como campeão não é uma ofensa para nada nem ninguém mas a forma como se manteria como campeão nessa noite seria, sem duvida, um erro. Um peso que Roman carregaria aos seus ombros para o resto da sua carreira porque tal como sabemos nunca mais se livraria da fama de ser o superman que pura e simplesmente não encaixa e ninguém quer ver. Triple H, com uma vingança por satisfazer desde o TLC, fez o papel dele e ergue-se como campeão pela 14ª vez, arrisco dizer, possivelmente para perder o título na Wrestlemania. Eu só preciso de um sentido mais lógico para Roman Reigns, um booking que lhe assente melhor, e quem sabe adicionar mais alguém de peso a este enredo. A meu ver, o mal não está em Reigns mas em quem o quer transformar em algo que não é.


Apontamos assim as armas ao horizonte e tentamos prever o futuro, tentamos saber se é aquilo que realmente queremos ou não. Só o tempo dirá. É certo que nunca em lado nenhum, nem em nada, se vai agradar a toda a gente, mas a verdade é que, da minha parte, tudo o que sempre quis era ter uma WWE com folgo novo, uma WWE que apesar de ainda insistir em velhas ideias, ao menos vai surgindo de cara lavada, e neste momento, olhando para este presente é mesmo isso que temos.

Só por alguma rasteira do destino é que Kevin Owens, Sasha Banks, Charlotte, AJ Styles, Dean Ambrose, Roman Reigns, The New Day (entre outros - e muito me custa não poder adicionar o nome de Seth Rollins nesta lista) não serão estrelas de destaque e de peso na Wrestlemania deste ano e serão a personificação dessa mesma "nova cara" que a WWE precisava e pela qual eu tanto ansiava. São eles que neste momento fazem a diferença e me permitem dizer, what a time to be alive.
Com tecnologia do Blogger.