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Forgotten Superstars #43 | Três passagens, poucas glórias e algumas memórias


Saudações a todos os leitores do Wrestling Notícias! Bem vindos a mais um Forgotten Superstars, e hoje, falaremos de uma antiga estrela da WWE, que hoje, infelizmente, não se encontra mais entre nós.

O homem em questão fez três passagens na WWE, uma delas, quando ainda se chamava WWF. Entre suas passagens, ele teve algumas presenças no cenário independente. E uma rápida apariçãona TNA.

Dessa forma, vamos aos fatos.

Quem é? - Nelson Frazier Jr, nascido em Goldsboro, Carolina do Norte, em 1971, e morto em Memphis, Tennessee, em 2014 por ataque cardíaco. Seus ringnames mais conhecidos eram Mabel, Viscera e Big Daddy V. Sua carreira começou em 1993, ao lado de um irmão chamado Bobby, dentro da storyline, que fazia dupla com Nelson, e juntos, eles se tornavam os Harlem Knights, com uma gimmick heel dominante. Eles lutaram juntos pela United States Wrestling Association e pela Pro Wrestling Federation, onde foram campeões de duplas duas vezes, antes de irem para a WWF.

O que ele fez na WWF/WWE? - Ao chegarem juntos na WWF em 1993, Nelson se tornou Mabel, e Bobby se tornou Mo. Além disso, ganharam um manager, um rapper chamado Oscar. Assim, passaram a se chamar Men On a Mission, e se tornaram faces, com atitudes positivas, e cultivando origens do gueto americano.

Em abril de 1994, Men On a Mission ganhou o título de duplas da WWF contra The Quebecers em uma house show. Porém sustentaram o título apenas por dois dias.

Tempos depois, Mabel começou a participar de mais lutas solo, por ser o destaque do Men On a Mission. Em 1995, Mabel e Mo fizeram um heel turn, depois de atacar o manager Oscar, e com isso, ele adquiriu uma personalidade mais amlévola, que remetia aos gangsters. Isso o fez receber um push, até a comquista do King of the Ring de 1995, tornando-se King Mabel, com Mo tornando-se o seu manager, chamado de "Sir Mo".


Depois disso, King Mabel se tornou o top heel da companhia e começou uma rivalidade com o campeão da WWF, Diesel (Kevin Nash). Porém, momentos antes do Summerslam de 1995, a WWF decidiu fazer com que Davey Boy Smith, um dos wrestlers mais populares do roster, se tornasse um heel, e consequentemente o maior vilão da companhia, para enfrentar Diesel. O motivo foi a falta de cuidado de Mabel com as manobras que fazia com seus oponentes, o que fez com que causasse uma lesão em Kevin Nash e quase fez com que fosse demitido da WWE.

Mabel foi redirecionado para outro confronto contra The Undertaker, mas novamente, encontrou-se em apuros, por não executar suas manobras corretamente, fazendo o Deadman ficar fora de ação depois de uma série de leg drops em seu rosto, o que causou uma fratura no osso orbital.

Depois de Undertaker voltar à ação e derrotar Mabel em uma Casket Match em dezembro de 95, o push do lutador foi cancelado, e suas três lutas finais foram uma derrota de 8 segundos contra Diesel no Raw de ano novo de 1996, uma rematch falha contra Undertaker no WWF Superstars, também em uma Casket Match, e no Royal Rumble de 1996, quando foi o terceiro wrestler a ser eliminado, por Yokozuna. Logo depois disso, ele foi demitido.


Ele passou dois anos em indústrias independentes, e como destaque, uma disputa de título na World Wrestling Council entre ele e Carlos Colón Sr., a qual  ele ganhou. Além disso, ele fez uma aparição única na ECW, no November to Remember de 1998, como membro do Full Blooded Italians.

Um pouco antes, em julho de 1998, ele também tinha feito uma aparição única pela WWF como Mabel, para desafiar, sem sucesso, o King of The Ring da época, Ken Shamrock.

Ele fez o seu retorno à WWF no Royal Rumble de 1999, ainda como Mabel, mas no próprio evento, ele foi sequestrado por Undertaker, Bradshaw (JBL), Faarooq (Ron Simmons) e Mideon. No RAW seguinte, ele foi apresentado como novo membro do Ministry of Darkness, sob o ringname Viscera, adquirindo um visual gótico no processo.

Depois da quebra do Ministry of Darkness, Viscera ficou no mid-card, e disputou o Hardcore Championship em abril de 2000, ganhando-o, mas mantendo-o por meros minutos, perdendo no estilo da Battle Royal. Ele teve uma rivalidade final contra Mark Henry antes de ser liberado pela WWF em agosto, voltando para o circuito independente, e fazendo duas aparições na TNA em 2003.


Em 2004, ele começou a sua última e mais longa passagem pela empresa, que agora, tinha se tornado a WWE. Em setembro daquele ano, ele fez seu return, atacando Undertaker, ao lado de Gangrel e JBL, no SmackDown!, onde apareceu durante duas semanas, antes de ser movido para o Raw.

Depois de três meses, ele teve sua primeira storyline, aliando-se com Trish Stratus, contra Lita e Kane, que acabou com Viscera se colocando contra Stratus, depois de ser recusado várias vezes por ela, e tornando-se face no processo, depois do Backlash de 2005.

Isso ele fez se tornar "The World's Largest love Machine", com gestos sensuais no ringue e uma tentativa de seduzir Lilian Garcia, que deu certo no fim, porém The Godfather, com suas mulheres, fez que Viscera mudasse de ideia sobre estar em um relacionamento fixo, deixando Garcia sozinha e chorando no ringue.

Viscera fez uma dupla com Val Venis, chamada V-Square até abril de 2006, quando Venis teve uma lesão e Viscera voltou ao wrestling solo. Ele entrou em uma rivalidade com Charlie Haas, voltando a disputar pelo coração de Lilian Garcia, porém quando esta falou que só queria ser amiga de Haas e Viscera, e este último acabar executando um Samoan Slam na mulher, os dois riram da situação, fazendo com que Viscera voltasse a ser heel.

Pouco tempo depois, em junho de 2007, ele foi mandado para a ECW, agora com o nome de Big Daddy V, contratado como mercenário de Matt Striker. Durante esse tempo, ele chegou a ser o desafiante principal para o título da ECW, mas perdeu para CM Punk no No Mercy de 2007. Ele ainda teve uma rápida feud com Kane, que estava no SmackDown.



A última luta dele na WWE foi contra CM Punk, que resultou em derrota, para uma qualificação para o Money In The Bank, da WrestleMania de 2008. Ele foi enviado para o SmackDown, porém nunca chegou a lutar na brand. Ele foi liberado em agosto de 2008 pela WWE.

Depois disso, ele passou a atuar pelo circuito independente até o fim de 2013, e em fevereiro de 2014, ele teve um ataque cardíaco que o levou a óbito, quatro dias antes de completar 43 anos. A sua viúva, Cassandra Frazier moveu um processo contra a WWE, por causa da má informação de Nelson, e outros wrestlers sobre os riscos das concussões, que segundo ela, contribuíram para a morte de Frazier. A WWE se esquivou das acusações, alegando que a empresa não pode ser culpada por uma morte que aconteceu anos depois da participação do wrestler  na empresa.

Ele poderia ter feito mais na WWE? - Parece-me que Viscera esteve exatamente onde deveria estar. Ele teve alguns problemas de falta de cuidado com seus colegas no início da carreira, o que pesa de certa forma sobre ele, e pode ter impedido de galgar vôos maiores dentro da WWE. Mas alguns destaques podem ser bem marcados sobre ele.


  • Formação nas duplas: Ele começou como um wrestler que trabalhava em duplas, e talvez isso poderia ter sido mais aproveitado, de modo que ele não se arriscasse e não arriscasse tanto outros. Geralmente, trabalhos em equipe, com mais wrestlers, podem dar uma segurança maior.
  • Um verdadeiro monstro: Seu físico era completamente convincente, e com a storyline certa, ele poderia se mostrar um adversário extremamente duro, e poderia ser trazido também para desenvolver outros wrestlers.
  • Aproveitamento maior como heel: Como heel, ele teve seus maiores destaques enquanto wrestler. Combinado com seu físico, podia fazer uma gimmick facilmente intimidadora.
Frazier, enquanto wrestler, teve poucos títulos, e não os teve por muito tempo. Entretanto, seus pontos mais altos devem ser lembrados. Ele deixou o seu legado, e deve ser respeitado. Que agora, descanse em paz.

Este foi mais um Forgotten Superstars, meus caros! Não se esqueçam de comentar suas impressões, como sempre. Voltaremos no próximo domingo!

Um grande abraço!
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