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Undisputed Article #23 - AEW: Um resumo até agora

Olá, sejam bem-vindos à vigésima terceira edição do “Undisputed Article”, um espaço onde exponho os meus pensamentos sobre o desporto de entretenimento que mais me apaixona: Wrestling!

Nesta edição, vou debruçar-me sobre uma promoção recente, mas que já tem dado muito que falar. Tão recente que só há 3 semanas é que se estreou com o seu programa semanal às quartas feiras. Falo da All Elite Wrestling.


A AEW foi formada por um dissidente da WWE, Cody Rhodes, que se uniu a uma das tag-teams mais populares do mundo, The Young Bucks, a um jovem talento cuja personagem é montar a cavalo, “Hangman” Adam Page, e à “Máquina de Melhores combates” da New Japan Pro Wrestling, Kenny Omega. Estes wrestlers em conjunto passaram a ser conhecidos como os “The Elite”.

Não estando contentes com o rumo que o panorama do Wrestling mundial estava a tomar, com um completo domínio da WWE e sem competição à vista, e dado à popularidade que estas personagens têm nos fãs hardcore de Wrestling, decidiram fazer negócios com um multimilionário americano, Tony Khan, para financiar o lançamento de uma nova promoção independente de Wrestling.

E foi assim, muito resumidamente, que surgiu a AEW nas nossas vidas. E agora todos os fãs de Wrestling têm mais 2 horas por semana para seguir religiosamente. Pelas minhas contas, só entre WWE e AEW, temos 11h por semana, sem contar com PPVs, para seguir religiosamente.


No entanto, como somos fortes, vemos tudo, nem que seja com delay. Por isso, cá estou eu para dar a minha opinião sobre o começo desta nova aventura dos membros da “Elite” no canal por cabo americano TNT.

Assim sendo, o primeiro episódio do AEW: Dynamite contou com vários combates de alto perfil, como por exemplo Cody vs Sammy Guevara, o regresso à competição de PAC (anteriormente conhecido como Neville na WWE) que enfrentou “Hangman” Adam Page, Riho vs Nyla Rose, num combate que ia culminar na coroação da primeira campeã mundial feminina da AEW, e por fim, no main event da noite, o campeão Mundial da AEW Chris Jericho, junto com os seus novos aliados LAX defrontaram a equipa “The Elite”, composta só pelos Young Bucks e por Kenny Omega.


Foi uma bela edição da AEW: Dynamite, principalmente porque ver PAC a lutar é sempre um prazer, e o combate que ele teve nesta noite foi mais um exemplo do quão bom realmente ele é dentro do ringue.

Também, a escolha de Riho como primeira campeã mundial feminina da AEW é uma escolha excelente, visto que o trabalho que desenvolve no círculo quadrado é muito superior ao demonstrado por Nyla Rose, opiniões extra-wrestling à parte.


Por último, a surpresa da noite aconteceu quando vimos, ao encerrar do show, o regresso ao Wrestling de Jake Hager, anteriormente conhecido na WWE como Jack Swagger, que se alinhou com Chris Jericho, Sammy Guevara e os LAX (Santana e Ortiz) para atacar os Elite. E como o público é um “sucker” por regressos, Hager foi ovacionado num “pop” gigante pela multidão que estava a assistir em Washington.

Foram estes os pontos mais em destaque da primeira edição.Passando à segunda transmissão televisiva, também houve muitos combates que me fizeram sentir orgulho em ser um fã de Wrestling e principalmente um fã do produto da AEW.


Em primeiro lugar, os Young Bucks, sim, aqueles que mandam na companhia e que podem bookar-se como invencíveis e como super campeões, perderam no combate de abertura. Não só perderam, como perderam na primeira ronda do torneio para coroar os primeiros campeões de Tag-Team da AEW, ainda para mais contra uns desconhecidos do fã casual, como era o caso dos Private Party.

Também foi muito bom ver um talento tão jovem (mais jovem do que eu…) a ter uma oportunidade por um título mundial, como foi o caso de Darby Allin que derrotou um muito mais experiente Jimmy Havoc num combate para determinar o Candidato Principal ao título Mundial da AEW, para uma oportunidade que teria lugar na semana seguinte.

Também foi bom ver a campeã feminina protegida, ao vê-la vencer num combate Tag-team em que fez parceria com a Dra. Britt Baker DMD, ao derrotarem Bea Pristley e Emi Sakura, sendo que foi Baker que conseguiu o pin, o que lhe valeu uma oportunidade pelo título Mundial Feminino na semana seguinte contra a sua parceira nesta noite.

Tivemos também o regresso à televisão de Jon Moxley, anteriormente conhecido como Dean Ambrose na WWE, que derrotou Shawn Spears, anteriormente conhecido como Tye Dillinger na WWE. E depois deste combate, Moxley e Omega tiveram um pequeno “face-off” com armas, que acabou com Omega a ser atacado pelas costas por PAC. As carreiras realmente podem evoluir após a WWE…


Por fim, tivemos o main event, Sammy Guevara e Chris Jericho, dois dos 5 membros da fação chamada “Inner Circle” apresentada por Jericho no início da noite, que derrotaram “Hangman” Adam Page e Dustin Rhodes, anteriormente conhecido como Goldust na WWE.

Após a vitória, todos os 5 membros do “Inner Circle” tentaram atacar não só os derrotados, como também a ajuda, na forma de Cody, os Young Bucks e Darby Allin, que veio a reclamar para si os louros de ter ficado por cima de Jericho nesta troca de galhardetes.

Na terceira edição, voltamos a ter bons combates, entre os quais, 2 combates por títulos e 2 combates no torneio para coroar os primeiros campeões de Tag-Team. Ou seja, uma edição em que tivemos muitas coisas em jogo.


Em primeiro lugar, os SoCal Uncensored derrotaram os Best Friends num combate em que Christopher Daniels foi impedido de combater depois de um ataque vicioso dos Lucha Brothers”, no entanto Scorpio Sky ocupou o lugar do lesionado Daniels e conseguiu fazer com que os SCU saíssem vitoriosos.

Depois num combate inconsequente, Santana e Ortiz, membros do “Inner Circle” de Chris Jericho, ganham a John Silver e Alex Reynolds.

Voltando aos combates a sério, tivemos Riho a defender com sucesso o seu Título Mundial Feminino contra a sua parceira na semana anterior, a Dra. Britt Baker DMD, num combate que voltou a confirmar a real ascensão e qualidade do Wrestling Feminino. Um combate bastante melhor do que o que aconteceu duas semanas antes, diga-se de passagem.


Depois, na segunda aparição dos Lucha Brothers da noite, tivemos mais um belíssimo combate na primeira ronda do torneio para coroar os primeiros campeões de Tag-Team da AEW. Os já mencionados Lucha Brothers derrotaram um Jurassic Express sem Luchassaurus, que estava lesionado. Ou seja, uma versão light dos Jurassic Express composta por Jungle Boy e Marko Stunt, que juntos quase que não pesam 100kgs.

Depois, mais um combate de Tag-Team sem nada em jogo, mas desta vez com um twist interessante: Jon Moxley e PAC fizeram equipa contra Kenny Omega e “Hangman” Adam Page. Quem traiu primeiro o seu parceiro foi Moxley, que atacou PAC e o deixou à mercê de Omega e Page, que conseguiram as suas primeiras vitórias no AEW: Dynamite.

Por fim, combate pelo título mundial: Chris Jericho defende contra Darby Allin, numa Street Fight. E oh… Que combate! Só de pensar nesse combate, dá-me arrepios. Uma grande demonstração que Darby Allin é realmente o futuro da AEW, porque se ele aos 21 anos faz isto a este nível, que será dele daqui a 10 ou 15 anos.


Teve grandes spots, teve Allin com as mãos amarradas atrás das costas a fazer “Quebradas” e um “Whisper in the Wind”… E no fim teve um ataque pelas costas de Jake Hager que permitiu a Jericho continuar campeão e celebrar com “A Little Bit Of The Bubbly” no ringue.

Então, agora que o artigo já vai longo, o que dizer destas primeiras 3 semanas de AEW? Será que é esta a companhia que vai finalmente destronar a WWE do topo da cadeia alimentar?

Na minha modesta opinião, a AEW é bastante melhor, mais consistente e tem melhores combates do que qualquer episódio da Raw e da Smackdown dos últimos meses. Mas ainda não é melhor que o NXT. Apesar de que aquilo que eu digo não ser comprovado pelos ratings, o NXT continua a ser o melhor programa de Wrestling da atualidade.


Foi este o artigo desta semana, em que fiz um breve resumo sobre o início da AEW dei a minha opinião sobre se eram ou não verdadeiramente competição à WWE. Deixem os vossos comentários na caixa em baixo, no Facebook ou no Twitter.

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