Forgotten Superstars #71 | De Ferradura a Guarda Costas
Bem-vindos ao regresso do Forgotten Superstars, daqui escreve Pedro Sousa e serei aquele que daqui em diante irá continuar o artigo que era feito pelo Pablo Luna.
Este artigo têm como objectivo contar o percurso de Wrestlers que estão esquecidos na memória dos fãs. Sendo alguns bons outros nem tanto, todos participaram na história naquilo que nós chamamos de Sports Entertainment (wrestling) e por essa razão merecem ser mencionados aqui.
Nesta edição, falarei de um wrestler que muitos de certeza que já se esqueceram, com passagens na WCW, AWA e mais notavelmente na WWE.
Quem é? - Matthew Robert Wiese, nascido em New York City, New York. Conhecido fora da WWE por Horshu (Horseshoe), teve uma carreira bastante curta, mas com alguns combates interessantes ao longo da carreira.
Foi treinado na famosa Power Plant da WCW e após ter completado esse treino, assinou pela mesma como um talento em desenvolvimento com o nome de Horshu em 1997 devido ao facto de ter o cabelo em forma de uma ferradura (horseshoe).
Foi um dos talentos que se voluntariou para fazer parte de uma facção anti-New World Order, a chamada Piper’s Family, no dia 3 de março de 1997, mas falhou após perder para Piper em 30 segundos via Sleeper Hold, enquanto tentava usar as suas artimanhas para o derrotar.
Após ter saído da WCW, Matthew foi para a Ultimate Pro Wrestling (UPW) para ter mais treino, foi aí onde Wiese impôs a sua mais célebre catchphrase - "Ain't no Business like 'shu Business baby!".
Durante o seu tempo na companhia, Horshu tornou-se no AWA World Heavyweight Champion, após derrotar Evan Karagias, e assim o foi durante nove meses até que o título lhe foi retirado após falhar defesas obrigatórias do título e por ter assinado pela WWE num contrato de desenvolvimento.
Em 2003, juntou-se à equipa da Ohio Valley Wrestling (OVW) sob o nome de Inspector Impact.
Depois de uns combates Dark (fora das câmeras) antes do Raw em 2003 e em 2004, Wiese foi promovido à WWE com um novo nome “Luther Reigns” e foi o assistente de Kurt Angle, que era o General Manager do SmackDown! em 2004.
Percurso na WWE- Luther Reigns estreou-se num ringue da WWE no The Great American Bash, onde venceu Charlie Haas, que era um antigo membro da Team Angle e que estava numa rivalidade com o GM do SmackDown! na altura.
Em Setembro desse ano, Kurt Angle e Luther introduziram na Team Angle o novo membro do SmackDown!, Mark Jindrak, durante o seu combate de tag team frente a Big Show e Eddie Guerrero. Isto transformou-se numa rivalidade com Big Show durante 4 meses.
Luther e Jindrak formaram a nova Team Angle com Kurt sendo o líder. De setembro de 2004 até meados de fevereiro de 2005, a Team Angle ajudou Kurt a ganhar mais de metade dos seus combates assim como o ajudava a lidar com os seus inimigos.
A equipa separou-se de Angle em fevereiro de 2005, para irem tratar de Undertaker sozinhos.
Na edição do dia 17 de fevereiro de 2005 do SmackDown!, Undertaker derrotou Mark Jindrak e após o combate, Luther Reigns atacou o vencedor acertando-lhe com uma câmera de televisão na cabeça.
No dia 20 de fevereiro, no No Way Out, Reigns enfrentou Undertaker num singles match. Antes do combate começar, Mark foi expulso das imediações do ringue, e apesar de Luther ter mantido o seu terreno frente a Taker, acabou por sair derrotado do combate.
No episódio seguinte do SmackDown!, após o No Way Out, Jindrak e Reigns enfrentaram Undertaker no famoso combate Double Jeopardy, onde saíram derrotados após Jindrak ter desistido.
Após isto, a equipa começou a mostrar sinais de separação, pois Luther não gostou do facto de Jindrak ter desistido no combate frente ao Deadman e até tiveram de ser separados por oficiais após sua discussão ter-se tornado acesa.
Após a derrota no combate pelos títulos de Tag Team frente a Eddie Guerrero e Rey Mysterio (campeões na altura), Reigns e Jindrak se separaram, com o último a nocautear o seu parceiro após esse o ter atacado depois do combate.
Para culminar definitivamente a sua rivalidade, Luther Reigns o enfrentou num combate na edição do dia 10 de março de 2005 do SmackDown!, onde saiu derrotado após ter sido nocauteado da mesma forma que teria sido, na semana anterior.
Wiese participou na Battle Royal no pre-show da WrestleMania 21, representando o SmackDown!, onde não conseguiu a vitória. Resumiu a sua rivalidade com Big Show após este ter sido derrotado por Akibono no famoso combate de Sumo da WrestleMania 21, dizendo que Show era uma vergonha para o SmackDown!
A rivalidade era sobre quem teria mais força, onde Luther saiu por baixo porque não conseguiu virar um jipe. Reigns na semana a seguir a esse acontecimento, defrontou Big Show, onde foi derrotado.
Foi relegado para o Velocity, ganhando a maioria dos seus combates até ter pedido a sua demissão em maio de 2005. A razão? Diferenças criativas com Paul Heyman.
Heyman queria que Matt fizesse uma parceria com René Dupree no RAW, enquanto Reigns queria formar uma facção com Christian e Tyson Tomko com o primeiro sendo o líder do grupo. Paul recusou variadas vezes e Luther saiu da companhia.
Será que podia ter feito mais na WWE? - Bem, na minha opinião, creio que sim, se a sua ideia tivesse ido para a frente, poderia ter sido uma facção mais interessante do que foi Christian e Tomko que acabou por enterrar Tyson.
Seu booking, foi algo demolidor no início, um lutador perigoso às ordens de um dono que poderia contar com ele para fazer o seu trabalho sujo, contudo, era quase sempre derrotado em todos os combates onde ele fazia parte, exceto no Velocity.
Talvez com mais trabalho poderia ter sido algo maior do que apenas um jobber perigoso. A sua velocidade e o seu poderio físico, foram características que fizeram com que a WWE o assinasse para o desenvolver, contudo já foi visto que não conseguiram capitalizar naquilo que era o seu ganha pão na altura, homens com grande físico e atléticos.
Deixo a questão para vocês, poderia Luther Reigns ter sido melhor aproveitado na WWE? Ou isto foi o melhor que nos foi dado? Tirem as vossas conclusões. Volto daqui a duas semanas, para a próxima rubrica do Forgotten Superstars. Rock On!