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Lucas Headquarters #161 – MARIGOLD Dream Star GP 2024: Bozilla cresce e Utami floresce


Ora então boas tardes, comadres e compadres!! Bem-vindos sejam a mais uma edição de “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias!! Antes de passarmos ao assunto propriamente dito, tenho uma proposta a fazer que sei que vai agradar a muitos de vós: Feriados que calhem ao fim-de-semana passavam para o dia útil seguinte. Digam lá se isto não era de valor? Eu sabia que iam concordar comigo!!


Começamos a entrar naquela que é uma das minhas alturas favoritas do ano em termos de wrestling (bem sei que pareço um disco riscado, porque todos os anos eu faço esse destaque): O último terço do ano. E isto não tem apenas a ver com uma questão de conforto, se bem que não há nada que pague a sensação de vermos um bom combate de wrestling com uma chávena de chocolate quente a fumegar na nossa mão, enquanto ouvimos a chuva a bater na janela e as chamas na lareira a crepitar num aprazível frenesim. (e sim, dei numa de José Saramago, aguentem-se).


O facto do último terço do ano ser uma das minhas alturas favoritas para disfrutar deste desporto também não tem tanto a ver com as decisões que são tomadas, ou pelo menos, as decisões per se, porque há decisões cujo impacto se encerra na noite em que são tomadas e depois rapidamente se parte para outros assuntos.


O encanto que este último terço do ano traz até mim em termos de wrestling tem a ver, isso sim, com as consequências dessas decisões. E mais uma vez, não falo tanto nessas consequências pelo seu conteúdo, mas sim pela razão pela qual elas são tomadas, melhor dizendo, pelo impacto futuro que podem vir a ter.


Isto porque, no que toca a wrestling, a maior parte das decisões que são tomadas entre 1 de Outubro e 31 de Dezembro de todos os anos já têm em vista aquilo que vai acontecer no primeiro trimestre de 2025. Por exemplo, na WWE, é por esta altura que se começam a traçar as primeiras linhas daquilo que serão quer o Royal Rumble, quer a Road To WrestleMania – e a própria WrestleMania, vá. 


Não quer dizer que fique tudo resolvido lá para o Halloween, até porque o wrestling também tem o seu não sei quê de imprevisível, e fechar um PLE que só vai acontecer, regra geral, em Janeiro (no caso de 2025, será em Fevereiro) seria dar o passo maior que a perna, morder mais do que o que se consegue roer, por a carroça à frente… bom, agora que é arriscado pôr os bois a puxar carroças por causa das leis de proteção dos animais, pomos a carroça à frente do quê?


No caso da MARIGOLD, o panorama não é diferente. Faz hoje uma semana que terminou a primeira edição daquilo que será o principal torneio da empresa – o Dream Star GP – e, a julgar pela altura do ano em que tem lugar, não se pode dizer que não tenha sido planeado já com intenções de começar 2025 em grande, até porque a vencedora irá ter direito a um combate pelo Marigold World Championship já no evento de 3 de Janeiro de 2025, Marigold First Dream.


Esta edição do Dream Star GP ficará sempre gravada na História do wrestling como uma edição especial, por várias razões: A primeira e a mais óbvia porque foi a edição inaugural, ou seja, a excitação é maior, a novidade é maior, e há sempre uma maior vontade em fazer parte dos livros de História, porque, a não ser que se trate de alguém com uma capacidade tremenda de agregar o público em seu redor – e acreditem, há muitos wrestlers com essa capacidade, ao mesmo tempo que há cada vez menos – ninguém se vai lembrar do 69º vencedor do Dream Star GP, a não ser que tenham a memória de um elefante.


A segunda razão é puramente estrutural/contextual. Como disse quando fiz a antevisão a este torneio (estávamos no final de Agosto), o Dream STAR GP marca o início de uma era em que a MARIGOLD vai começar a estabilizar-se à séria no mercado do wrestling, depois de três meses que serviram, se é justo dizê-lo, de “período experimental”: Organizaram-se os primeiros eventos, deram-se a conhecer algumas caras novas (e outras “caras velhas” também), coroaram-se as primeiras porta-estandartes, deu para uma participação especial da IYO SKY e para que os fãs tivessem o último gostinho de Giulia antes desta aterrar na WWE.



Agora, meus amigos, é a sério. Campeãs coroadas, primeiros PPV feitos, Giulia já fechou esse capítulo, estamos prontos para começar. O Dream Star GP é, assim, e recuperando o título desse artigo, o início da chamada “era pós-Giulia”: Rossy Ogawa já não tinha uma das suas principais caras (a outra sendo Utami Hayashishita, Sareee não conta por ser freelancer) e a principal missão passa por criar novos talentos, talentos tão grandes que possam colmatar essa ausência que, apesar de tudo, ainda será sentida nestes primeiros tempos.


Se Rossy Ogawa conseguiu fazê-lo? Sim e não. Sim, conseguiu colocar em posição de destaque nomes como Bozilla e NØRI, sem retirar o protagonismo das suas três atuais campeãs (singles): Sareee, Miku Aono e Natsumi Showzuki. O problema aqui é que esses nomes que Rossy conseguiu pôr na ribalta… são freelancers e/ou pertencem a outras empresas. 


Quer isto dizer que quando o GP acabasse (ou, na melhor das hipóteses, daqui a um par de meses) iria cada uma a sua vida e iria fazer mais um punhado de datas para a empresa que lhes pagar mais durante uns tempos. Isto não significa, claro, que elas não tenham surpreendido (já lá vamos), mas também é importante percebermos que, para já, Rossy Ogawa ainda trabalha com um roster relativamente curto, pelo que essa dificuldade em lançar novos nomes até se compreende.




Posto isto, vamos aos pontos positivos e pontos negativos desta primeira edição de Dream Star. Positivamente, há a destacar uma maior organização de calendário por parte de Rossy Ogawa. Vocês lembram-se da atípica edição do 5-STAR GP do ano passado, certo? (A última que Ogawa organizou na STARDOM, por sinal). 


Para os que não se lembram, vale a pena recordar que a edição do ano passado do 5-STAR GP foi, no mínimo, estranha, por nenhum outro motivo que não uma anormal crise de lesões, que inclusive obrigou Rossy a mudar de planos quanto à vencedora. Saya Kamitani, Starlight Kid, Utami Hayashishita e, mais tarde, Tam Nakano. Quatro wrestlers que não aguentaram a exigência física do torneio, e nos casos de Kamitani e Nakano a coisa até teve outras consequências: Rossy foi obrigado a encontrar uma nova vencedora (Kamitani estava bookada para ganhar, mas, fruto das circunstâncias, Suzu Suzuki foi a alternativa) e Tam Nakano foi obrigada a abdicar do World of STARDOM Championship.





Para evitar novos dissabores, Rossy Ogawa parece, agora, ter tomado duas medidas: Reduzir o número de participantes e diminuir quase para um terço as noites do torneio. No 5-STAR GP do ano passado tivemos 21 noites em cerca de dois meses de competição, este ano tivemos apenas oito em sensivelmente um mês, não havendo eventos entre ambas. E fez toda a diferença: Toda a gente saiu do torneio em forma e preparada para os compromissos agendados até ao final de ano.


De negativo, talvez a não-participação de Nao Ishikawa. Ishikawa é uma “Marigold Original”, isto é, foi um dos nomes que foi anunciados por Rossy Ogawa aquando da criação da nova empresa. Tudo bem que ela sofreu uma lesão pouco tempo antes do torneio começar, mas deixar um dos membros do roster fundador de fora daquele que é suposto ser o principal torneio da empresa (e o principal meio de criação de novas estrelas, algo que a MARIGOLD necessita fazer) não deixa assim muito boa imagem…



Feita que está esta primeira abordagem, é altura de recordarmos as participantes desta histórica edição inaugural do Dream Star GP:

Dream League: Utami Hayashishita, MIRAI, Natsumi Showzuki, Kouki Amarei, Chika Goto, Nagisa Nozaki, Victoria Yuzuki e NØRI;


Star League: Sareee (c), Miku Aono, Nanae Takahashi, Bozilla, Mai Sakurai, Misa Matsui, CHIAKI e Kizuna Tanaka.


(c) – Representa a Marigold World Champion à data do início do torneio (31/08).



Passemos, então, ao rescaldo mais específico do torneio. Este ano, a análise far-se-á da seguinte forma: No verde, no vermelho, combate(s) do torneio, sobreviver a Sareee, a evolução e, por fim, a vencedora.


No verde


Mai Sakurai (STAR League, 10 pontos)



Admito, nunca fui grande fã da Mai Sakurai. Na STARDOM, não a achava mais do que uma lutadora mediana, boa para participar naqueles exhibition matches que ou abrem as noites dos torneios ou servem para tirar um pouco o pé do acelerador durante os PPV’s. Mas, ao mesmo tempo, sou obrigado a confessar que nunca pensei que ela fosse capaz de me fazer engolir estas palavras, mas foi.


Mai Sakurai parece ter-se transfigurado desde a chegada da MARIGOLD. Mais agressiva, mais técnica, mais completa em todos os aspetos. O combate contra Nanae Takahashi no show diurno do primeiro dia foi um excelente cartão de apresentação da sua evolução, e o facto de ter discutido a vitória no torneio com Utami Hayashishita prova, mais do que nunca, que o trabalho compensa. Fez dez pontos no seu bloco, perdeu a final, mas finalmente ganhou o coração dos fãs.


NØRI (Dream League, 8 pontos)



Bem sabemos que Rossy Ogawa gosta sempre de trazer outsiders de outras empresas para dar a conhecer ao público em geral. Este ano trouxe-nos apenas NØRI, da LLPW-X, uma wrestler conhecida por muito poucos, mas rapidamente adorada por quase todos.


Com uma mistura explosiva de agilidade e artes marciais, NØRI destacou-se pela forma simples, mas eficaz com que se apresentou, abraçando o seu estatuto de outsider, mas aproveitando o torneio para marcar uma posição. Deu uma trabalheira a MIRAI logo no primeiro dia, venceu uma das três singles champions (Natsumi Showzuki, a Superfly Champion) e Victoria Yuzuki foi das poucas que conseguiu colocar os seus ombros no chão por três segundos, isto já no último dia. O que é que o futuro reserva para NØRI? Não sabemos. Mas uma coisa é certa: Ninguém se vai esquecer desta performance tão cedo. Oito pontos que sabem a algo mais.


Kouki Amarei (Dream League, 8 pontos)





Kouki Amarei é o exemplo da velha máxima “não é como começa, é como acaba”. E se por um lado, é irónico estar a trazer este chavão para cima da mesa (uma vez que a Amethyst Butterfly nada mais fez do que oito pontos), o facto é que se adequa perfeitamente à sua participação neste primeiro Dream Star.


Amarei começou mal (perdeu para NØRI) mas, a partir daí, foi recuperando progressivamente, e acaba por terminar este primeiro torneio com um registo bastante satisfatório: Quatro vitórias e três derrotas. Se, a nível do rácio vitória-derrota, este registo não parece animador, vale lembrar que Kouki Amarei arrancou vitórias à Superfly Champion Natsumi Showzuki e à veterana Nagisa Nozaki. Se dava para mais? Talvez, sim. Mas não deixa de ser uma prestação que abre espaço ao estatuto de favorita daqui a uns anos.


Nanae Takahashi (STAR League, 10 pontos)



Nanae Takahashi não é um nome qualquer. Mãe-fundadora da STARDOM e SEAdLINNNG, fora todos os títulos e honrarias que ganhou em quase trinta anos. Mas, mesmo com todas estas conquistas, muita gente, ao começar o torneio, arriscaria dizer que 45 anos de idade já pesam e fazem toda a diferença num contexto bem menos limitado em termos de move-set como é o do joshi.


28 de Setembro terá sido o dia em que a esmagadora maioria desse pessoal mudou de opinião. Nanae Takahashi está já no crepúsculo de uma carreira magnífica e isso é inegável, mas não é menos verdade que, quando está em ringue, ela transforma os seus 45 anos em apenas um número. Bateu-se com Mai Sakurai durante quase 14 minutos logo no primeiro dia, e na penúltima noite protagonizou aquele que, na opinião de muitos, foi o melhor combate do torneio, fazendo suar a Campeã Mundial Sareee, que nem assim lhe conseguiu ganhar. Em sete combates, o outro empate conquistado foi frente a Miku Aono, a United National Champion. Derrotas? O que é isso?


Dez merecidíssimos pontos feitos por alguém que não tem nada a provar, mas que mesmo assim não se cansa de entregar performance atrás de performance. A palavra “lenda” já começa a ser pequena para aquilo que Nanae continua a fazer pelo wrestling.


No vermelho


Chika Goto (Dream League, 2 pontos)



Ao olhar para os resultados finais do torneio, a malta apercebe-se que sim senhor, alguém tinha de ficar para trás para que outros pudessem sobressair. Do ponto de vista do carisma/ligação com o público, custa acreditar que Chika Goto seja esse alguém, mas tendo em conta o pouco tempo que tem em ringue, percebe-se porquê.


Chika Goto é uma wrestler que, em dois anos de carreira já fez metade do seu trabalho na metade de fora, mas que ainda tem muito a melhorar na metade que mais importa: A que é feita dentro do ringue. Chika não é propriamente uma wrestler de baixa estatura (1,73 m, a mesma altura que Kouki Amarei, com quem faz parceria nas tWin toWers), no entanto parece apresentar-se como uma powerhouse quando tem deficiências claras a nível da sua força postural – que é essencial para manter o equilíbrio e executar bem as moves próprias desse estilo. O facto de ser uma wrestler alta não a impediria de adotar um estilo mais rápido e ágil, já que Kouki, sendo fisicamente robusta, apresenta movimentos dentro desse enquadramento.


Resultado? Apenas uma vitória, contra a sua parceira das tWin toWers, na penúltima noite. Chika Goto tem muito a melhorar, e se o fizer, o vermelho passa a verde num instante. Mas fora do ringue, o trabalho está mais que feito.


Misa Matsui (STAR League, 2 pontos)


Não se pode dizer que o que leva Misa Matsui a fazer apenas dois pontos seja o mesmo problema que acabou de ser apontado a Chika Goto, até porque Misa é mais experiente. Mas este é outro caso que custa a aceitar, quer dizer… Misa Matsui protagonizou um dos combates do ano ao lado de Natsumi Showzuki no Summer Destiny, fez toda a gente acreditar que uma vitória era possível quando já estava fisicamente a arrastar-se… e agora faz dois pontos em sete combates!!


Chamem-me maluco, mas eu acho que vamos ter aqui um redemption arc dos bons. Misa Matsui é uma das wrestlers mais capazes do plantel, desperdiçá-la assim seria um exagero. Vamos ver o que acontece nos próximos capítulos.


CHIAKI (STAR League, 2 pontos)




Um caso semelhante ao de Chika Goto, no sentido em que dois anos no ringue não dão para grandes performances em torneios como este. Tal como Gochika, há um aspeto que Chiaki tem de trabalhar, que não é necessariamente o mesmo, mas é igualmente importante: O seu trabalho como heel.


A Dark Wolf of the Ring ainda está muito verde nesse aspeto, isto porque, apesar de dentro do ringue possuir níveis decentes de intensidade (e isso viu-se no combate contra MIRAI, logo no PPV inaugural) os seus maneirismos não passam de cadeirada na cabeça e claws.


Mas, se há positivos a destacar, são pequenos grandes detalhes que podem fazer com que, no próximo ano, o seu resultado final noutra edição do torneio possa ser diferente. Tal como Gochika, CHIAKI tem o look e o carisma necessários para fazer com que o público se reveja nela. Só lhe falta mesmo limar aquelas arestas…


Combate(s) do Torneio


Mai Sakurai vs Nanae Takahashi (Dia 1, show diurno – 31 de Agosto)




Não mintam, quando viram este combate também pensaram que Takahashi ganhava fácil, tendo em conta que Sakurai não tinha, até aqui, grandes atributos a mostrar que a pudessem levar a discutir a final dali a um mês.


Este combate merece destaque porque demonstra bem a evolução de Sakurai, que ao longo do torneio se foi tornando uma wrestler cada vez mais completa. Desde a forma como soube aguentar a agressividade de Takahashi, até ao ponto em que vai, lentamente, virando o combate a seu favor até conseguir subjugar Takahashi com recurso a uma subjugação mais técnica. Ver Nanae Takahashi “jogar à defesa” não é algo que estejamos habituados a ver, e o facto de ter sido Sakurai a fazê-lo pela primeira vez no torneio já deixava antever a completa transformação a que estávamos prestes a assistir. 


MIRAI vs NØRI (Dia 1, show noturno – 31 de Agosto)



Se por acaso algum de vocês que está a ler isto é treinador numa academia de wrestling e procura um exemplo perfeito sobre como construir um combate, ponham os vossos treinandos a ver este.


Tudo neste combate foi extremamente bem planeado e executado. Este é um daqueles casos em que não interessa tanto o resultado final (um empate ao fim de 15 minutos) mas que vale a pena ter em conta por duas razões: Primeiro, pela forma extremamente bem estruturada como se desenrolou a ação e pela forma como esta vai subindo de intensidade à medida que o tempo vai passando; depois, pela forma como este combate atesta a evolução de MIRAI, que deixou de ser exclusivamente uma wrestler cujo estilo assenta exclusivamente no power game para incorporar também noções de técnica, bebendo do trabalho de wrestlers como, por exemplo, Zack Sabre Jr..


Este combate merece ser catalogado como um dos combates do torneio porque, em última análise, foi para além da excelência no ringue e beneficiou toda a gente: Mostrou ao mundo o quão boa NØRI consegue ser num torneio onde não tem nada a perder, e mostrou uma face de MIRAI que até agora não tínhamos visto, comprovando o seu amadurecimento. Sublime.


Nanae Takahashi vs Sareee (Dia 7 – 23 de Setembro)




Na opinião de muitos, o melhor combate de todo o torneio, e com toda a razão.


E atenção, seria muito fácil dizê-lo ou rotulá-lo desta forma apenas porque o emparelhamento, nalgum dia mais inspirado, colocou frente a frente a melhor wrestler de 2024 com aquela que é uma das grandes lendas do joshi. E mesmo que se dissesse que foi o melhor combate do torneio só porque sim, não tenho dúvidas que a malta assinava por baixo.


Neste combate houve uma completa inversão de papéis, já não se sabia quem era quem. Takahashi entrou agressiva e decidida a mostrar a Sareee que lá por ser campeã, não quer dizer que se empine o nariz perante uma lenda como ela. E esta foi a toada durante quase todo o combate: Takahashi a pisar o risco e Sareee a remeter-se a um anormal papel defensivo, quase como quem reconhece que ainda há uma grande diferença de estatuto entre ela e a número 7 da Marigold.


Obviamente que, à medida que o combate foi progredindo, fomos conseguindo ver a Sareee que temos visto ao longo de todo este ano. Mas este não deixa de ser um combate que rompeu com aquela que tem sido a norma, mesmo que, no fim, só uma wrestler tenha conseguido sobreviver à Sun Goddess – e não, não foi Nanae Takahashi…


Sobreviver a Sareee


Bozilla (STAR League, 10 pontos)



Este era, basicamente, o mote desta primeira edição do Dream Star. Sareee estava no topo: Era a Marigold World Champion, já tinha organizado, à data, quatro eventos em nome próprio, e quando lhe apetecesse ensinar uma lição a alguém, chegava lá e fazia-o. Sareee quase que olhava com desprezo para todas as outras wrestlers da Marigold, mas no meio delas, houve uma que se impôs: Bozilla.


E para ela nem sequer era difícil, quer dizer… fisicamente, a vantagem que Bozilla leva para Sareee era considerável. Mas estamos a falar de uma wrestler de apenas 21 anos, com dois anos de experiência (se tanto) por comparação a alguém que aos 28, já cruzou mares, já venceu títulos e lutou na maior empresa de wrestling a nível mundial, logo… o físico pode não querer dizer nada. Mas quis.


Bozilla dominou o combate quase todo e Sareee viu-se obrigada a adotar quase a mesma postura que adotou frente a Nanae Takahashi, com uma exceção ou outra. A vitória de Bozilla não se encerrou em si mesma: Impediu Sareee de ir à final e continuar a esfregar a superioridade na cara do resto da malta, e comprovou que a jovem wrestler alemã é das mais brilhantes promessas do wrestling e não demorará muito até chegar a voos mais altos.


Dez pontos e uma vitória frente à Campeã Mundial. Size does matter.


A VENCEDORA: UTAMI HAYASHISHITA!!




À entrada para este torneio, Utami era a grande favorita à vitória, mas estava numa fase em que ainda se procurava reencontrar, depois de, nos últimos tempos, ter somado mais derrotas que vitórias.


No entanto, já devíamos saber que há wrestlers que se agigantam quando são empurrados com uma parede, e dentro da MARIGOLD só há duas que personificam isto: MIRAI e… a própria Utami (dos dois combates que perdeu, um deles foi contra a própria MIRAI).


A MARIGOLD está numa fase em que precisa de alguém minimamente experiente para carregar a tocha nestes seus primeiros tempos. Mas também é verdade que o roster é curto, e entre a inexperiência e a sapiência de quem já tudo fez, entre aquelas que começam agora a dar os primeiros passos e aquelas que ajudam, também, a que a MARIGOLD comece a caminhar sozinha (Aono, Showzuki…), a vitória da cool, royal and beautiful é a decisão mais acertada e cai-lhe que nem uma luva. Parabéns, Utami!!



E vocês, que análise fazem ao primeiro Dream Star GP de sempre? A vitória de Utami Hayashishita é merecida? Quem surpreendeu? Quem deixou a desejar?


E assim termina mais uma edição de “Lucas Headquarters”, com as devidas desculpas pela lonjura ( :P  )!! Não se esqueçam de passar pelo nosso site, redes sociais, deixem a vossa opinião aí em baixo… as macacadas do costume. Para a semana cá estarei com mais um artigo!!


Peace and love, até ao meu regresso!! Antes que me esqueça... que seja uma noite com muito Bad Blood!!

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